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sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Uma em cada dez jovens atendidas pelo SUS em São Paulo tem clamídia, diz pesquisa

Segundo estudo divulgado nesta quinta-feira pela Secretaria Estadual da Saúde do Estado de São Paulo, quase 10% das jovens brasileiras atendidas pelo SUS tem clamídia, uma séria doença sexualmente transmissível. A pesquisa foi feita pelo Centro de Referência e Treinamento em DST/AIDS e sua versão completa foi publicada no Sexually Transmitted Diseases, periódico da Associação Americana de Doenças Sexualmente Transmissíveis.

O estudo analisou 2.071 mulheres de 15 a 24 anos atendidas pelo SUS em 2009. Delas, 9,8% estavam infectadas pela bactéria Chlamydia trachomatis, responsável por provocar a doença. Além disso, 4% das jovens com clamídia também apresentavam gonorreia, outra doença sexualmente transmissível causada por bactéria.

Segundo a pesquisa, a incidência de clamídia está associada a idades menores, já que a maioria da doença acometeu meninas de 15 a 19 anos, e àquelas cuja primeira relação sexual aconteceu antes dos 15 anos. Ter tido mais de um parceiro sexual durante a vida também foi um fator relacionado à presença da infecção.

Para Abner Lobão, ginecologista e obstetra da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), essa porcentagem provavelmente é maior do que se fosse comparada com a incidência de clamídia em toda a população brasileira. "Esse número elevado pode ser explicado pelo fato de se tratar somente das mulheres atendidas pelo SUS, que talvez apresentem menos condições financeiras e informações do que aquelas que utilizam o sistema privado de saúde. Embora provável, pode ser que isso não se aplique na prática, mas não há como saber por falta de dados concretos no Brasil", completa. Lobão ainda lembra que as estatísticas dos Estados Unidos mostram que a incidência de clamídia no país não chega a 5%, ou seja, metade dos números apresentados no estudo.

Doença comum – A clamídia, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), é a doença sexualmente transmissível mais disseminada no mundo. É perigosa pois pode provocar doenças inflamatórias pélvicas, gravidez fora do útero e infertilidade. "Os problemas da doença não se resumem nela mesma, mas também no tipo de prejuízo que causará no futuro. A infertilidade, por exemplo, pode provocar grande impacto na vida de uma pessoa que sempre planejou ter filhos e até no sistema de saúde que terá que lidar com esse tipo de problema", explica o ginecologista Lobão.

Ainda não há uma vacina para prevenir a clamídia, embora um estudo divulgado neste mês tenha dado um importante passo nas pesquisas em volta do assunto. A única maneira de prevenir a infecção é praticar sexo seguro. O tratamento da doença é feito por meio de antibióticos.

A infecção ainda tem outro agravante: seus sintomas podem ser silenciosos e retardar a procura por um médico. O doutor Abner Lobão, porém, afirma que há sinais que merecem atenção e valem uma visita ao médico, como corrimentos vaginais, alterações do ciclo menstrual, dor na região pélvica e mal estar. "Exame regulares uma vez ao ano também ajudam na prevenção e no diagnóstico precoce", aconselha o médico, que lembra que o diagnóstico da clamídia é feito por meio de exames específicos, geralmente com coleta de secreção vaginal.

Saiba mais

CLAMÍDIA
É uma infecção causada pela bactéria Chlamydia trachomatis e pode atingir órgãos genitais masculinos e femininos. É muito comum entre adolescentes e jovens adultos. Se não tratada, pode causar problemas como infertilidade, dor durante as relações sexuais e gravidez nas trompas. É comum não ter sintoma algum ou então apresentar dores ao urinar, corrimento, sangramento fora de época da menstruação e dor nos testículos. Pode ser diagnosticada por médicos em consultas clínicas, exames específicos e coletas se secreções genitais, e tratada com antibióticos. Não existe vacina para prevenir a doença, que pode ser evitada somente com o uso de preservativos.

GONORREIA
A gonorreia é uma doença sexualmente transmissível causada pela bactéria Neisseria gonorrheae, que provoca infecção no revestimento mucoso da uretra, do colo uterino, do reto, da garganta ou da membrana ocular. Apesar de a doença poder se propagar pelo resto do corpo, causando problemas reprodutivos, as lesões costumam ser provocadas no local da infecção.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Vacinas contra gripe são menos eficazes em obesos

A vacina contra a gripe pode ser menos eficaz em pessoas obesas, aponta um novo estudo desenvolvido na University of North Carolina (EUA). O estudo pode explicar um fenômeno visto durante a vacinação contra a gripe suína em 2009. De acordo com pesquisadores, obesos mostraram respostas imunológicas piores às vacinas.

Os cientistas analisaram pessoas que foram vacinadas em 2009 com a vacina contra o vírus comum da gripe para o inverno daquele ano. Os resultados mostraram que pessoas obesas, acima do peso e de peso saudável desenvolveram anticorpos contra a gripe no primeiro mês após a vacinação. Porém, o número de anticorpos caiu mais rapidamente nos pacientes que não tinham um peso saudável.

“Esses resultados sugerem que pessoas acima do peso ou obesas estariam mais propensas do que pessoas de peso saudável a terem gripe após a exposição ao vírus”, explica a pesquisadora Melinda Beck. “Estudos anteriores indicaram a possibilidade de que a obesidade possa prejudicar a habilidade do corpo humano de lutar contra vírus da gripe. Esses novos resultados parecem nos dar uma razão por que pessoas obesas estavam mais suscetíveis à influenza durante a pandemia do H1N1 quando comparados à pessoas de peso saudável”.

Essa diferença pode ser causada porque os níveis de anticorpos da vacina contra influenza diminuem significativamente em pessoas obesas. Além disso, um tipo de células brancas, os leucócitos, é defeituoso em pessoas acima do peso. A pesquisa foi publicada no periódico International Journal of Obesity.
Fonte: UPI

Prevenção da obesidade deve começar em casa

Para garantir bons resultados, a prevenção da obesidade deve começar em casa e ser feita desde criança. Segundo a Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso), essa prática é mais eficaz e ajuda a impedir o desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis, como o diabetes.

"Se a gente começa a educar desde criança é lógico que teremos mais resultados no futuro. Quando uma criança aprende na escola e aprende a gostar do que é saudável, esse quadro muda, mas é preciso também envolver os pais para que o resultado seja melhor em toda a família", argumenta Maria Edna de Melo, representante da Abeso.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a obesidade é um dos maiores problemas de saúde pública no mundo, atingindo cerca de um bilhão de pessoas, e responde como a quinta causa de morte. Uma pessoa pode ser considerada obesa quando o Índice de Massa Corporal é igual ou superior a 30, e com sobrepeso, com índice igual ou superior a 25. Para calcular é preciso dividir o peso (em quilos) pelo dobro da altura (em metros).
Fonte: Prontuário de Notícias

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Consumo de refrigerantes está associado à agressividade

O consumo exagerado de refrigerantes pode estar ligado ao aumento de comportamento agressivo em adolescentes, de acordo com um novo estudo americano.

Pesquisadores da Universidade de Vermont desenvolveram um estudo que avaliou como os refrigerantes podem afetar a agressividade em adolescentes. Os cientistas analisaram questionários respondidos por 1878 jovens de 22 escolas públicas da cidade de Boston. O questionário incluía perguntas sobre quantidade de refrigerante consumido e histórico de violência (agressões contra familiares ou amigos e porte de armas).

De acordo com as suas respostas, os participantes foram divididos em dois grupos: os que tomaram até quatro latas de refrigerante na semana anterior ao estudo (baixo consumo), e os que tomaram cinco ou mais (alto consumo). 30% dos jovens puderam ser classificados na categoria de alto consumo.

Os questionários mostraram que quanto mais refrigerantes os adolescentes ingeriam, maiores eram as chances de eles mostrarem comportamento agressivo em suas respostas. Para aqueles com alto consumo de refrigerantes, as probabilidades de comportamento agressivo eram entre 9% e 15% maiores do que para as pessoas com baixo consumo. Cerca de 23% dos jovens que tomavam até uma lata de refrigerante por semana andavam com armas, enquanto 43% dos jovens que tomavam mais de 14 latas faziam o mesmo.

Os pesquisadores acreditam que é possível que a cafeína e o açúcar presentes nos refrigerantes sejam responsáveis pela alteração de comportamento nos jovens. Porém, existe também a possibilidade de que pessoas violentas tenham preferência pelo consumo de refrigerantes. Mais estudos são necessários para que a relação entre a agressividade e essas bebidas possa ser compreendida. A pesquisa foi publicada no periódico Injury Prevention.
Fonte: Live Science

Aumento de sonolência está relacionado ao peso da pessoa

De acordo com pesquisa realizada na Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (FSP- USP), o consumo de carboidratos por trabalhadores noturnos esta relacionado com seu grau de sonolência. A pesquisa sugere que pessoas com sobrepeso e obesidade são mais propensas a sentirem mais sono na mesma medida em que consomem alimentos ricos em carboidratos.

Para realização da pesquisa, a nutricionista Patrícia Nehme promoveu ma intervenção alimentar em um grupo de 24 funcionários da escala noturna de uma empresa da Baixada Santista, controlando alguns fatores da alimentação desses.

A interferência alimentar ocorreu apenas dentro do ambiente de trabalho e tendo como base a própria alimentação já servida pela empresa, sendo que fatores como a ingestão de café foram limitados para eu não interferissem nos resultados.

Em uma etapa de estudo, a pesquisadora aumentou a quantidade de carboidratos ingeridos, e, em uma segunda, a quantidade de proteínas. No início e no final de cada etapa, foi medida a sonolência do s voluntários.

Da série de observações, Patrícia concluiu que o aumento da sonolência é mediado pelo Índice de Massa Corporal (IMC), ou seja, quanto maior o IMC, maior a influência da alimentação em sua sonolência. Observou-se também que os carboidratos favorecem a sonolência nos obesos.
Fonte: Agência USP

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Seminário discute enfrentamento da Feminização da AIDS entre mulheres em Iguatu

Foto: Luis Vasconcelos

Focado no objetivo de melhorar a rede de assistência e atendimento às mulheres vítimas de doenças sexualmente transmissíveis, a Secretaria de Saúde do Município de Iguatu, está realizando durante todo o dia de hoje (segunda-feira 24/10) o Seminário de Enfrentamento à Feminização da AIDS", com o tema "Sua Atitude faz a Diferença na Luta Contra a AIDS".

O evento é coordenado pela Secretaria de Saúde do Município, por intermedio da Coordenadoria Municipal de Doenças Sexualmente Transmissíveis - DST/AIDS e Hepatites Virais, que tem à frente o médico e secretário de Saúde do município, Dr. Joab Soares de Lima(foto). "A proposta é melhorar acessibilidade das mulheres vítimas das doenças sexualmente transmissíveis aos serviços de saúde, mas para isto é preciso trabalhar uma infraestrutura adequada e qualificada, com profissionais voltados aos serviços especializados, e que tenham a consciência dos problemas enfrentados pelo cidadão iguatuense, principalmente no enfrentamento à proliferação de infecções pelo vírus HIV e de outras doenças sexualmente transmissíveis (DST) relacionadas à mulher.", disse Joab Soares.

Durante o encontro, os participantes vão atuar na elaboração de estratégias de prevenção. Além de discutir diagnóstico e tratamento da infecção pelo HIV e de outras DST. “O objetivo é melhorar a rede de assistência e atendimento às mulheres vítimas de doenças sexualmente transmissíveis, e para isso faz-se necessário o engajamento de todos na causa do enfrentamento à Feminização da Aids em Iguatu" ”, disse a enfermeira e coordenadora do SAE, Edjalma Araújo.

A abertura do evento foi realizada no Cine Teatro Pedro Lima Verde, e contou a presença do vereador e presidente da Câmara, Ednaldo Lavor, que representou o prefeito municipal; do secretário de Saúde, Joab Soares; da coordenadora do SAE, enfermeira Edjalma Araújo; representantes do HRI, PSFs, NASF e ESPI, além de profissionais da saúde e público em geral.
Fonte: Iguatu Noticias

Protozoário causador da doença de Chagas pode gerar remédio para cardíacos, indica pesquisa

O mesmo protozoário que causa a doença de Chagas pode ser também um agente decisivo no combate a outras doenças cardíacas. Uma pesquisa do Instituto do Coração da Universidade de São Paulo (Incor-USP) aponta o Trypanosoma cruzi como o gerador natural do que pode vir a ser um novo remédio contra o acúmulo de colesterol em veias e artérias.

O Trypanosoma cruzi é produtor de uma enzima chamada transialidase. Estudos feitos ao longo de quase dez anos pelo Incor-USP já comprovaram que, em animais, essa enzima faz com que placas de colesterol fixadas nas artérias se desmanchem, reduzindo assim o risco de enfartes.

As pesquisas sobre a enzima são coordenadas pela diretora do Laboratório de Inflamação e Infecção do Incor-USP, Maria de Lourdes Higuchi, que se dedica, desde o início de sua carreira como pesquisadora, a estudar a doença de Chagas.

Ao longo de anos de trabalho, Maria de Lourdes percebeu que os doentes de Chagas tinham uma vantagem em relação a outras pessoas e isso chamou sua atenção. “Nenhum doente tinha histórico de aterosclerose [acúmulo de colesterol nas veias]”, disse ela. “Resolvemos então começar a estudar os motivos disso.”

Nesses estudos, a pesquisadora descobriu que a enzima transialidase, produzida pelo Trypanosoma cruzi, “rouba” das células humanas ácido siálico. Esse ácido ajudam as bactérias a se unir ao colesterol e se prender nas paredes arteriais, formando blocos de gordura. Sem ácido siálico nas células, porém, as placas de gordura se desmancham.

Segundo Maria de Lourdes, a ação da enzima no combate ao acúmulo de colesterol já foi testada e confirmada em coelhos. A pesquisadora, agora, busca recursos para iniciar estudos sobre seus efeitos em pessoas com problemas cardíacos.

“Se tivéssemos uma condição ideal de trabalho e o apoio de uma grande empresa, poderíamos terminar as pesquisas em três ou quatro anos”, contou. “Estamos atrás do financiamento.”

O cardiologista José Antônio Ramires, diretor da Divisão de Cardiologia Clínica do Incor-USP, disse que espera que esse financiamento venha em breve pois o tratamento a partir da transialidase pode ser “uma mudança de paradigma”. “Seria um grande benefício para os pacientes”, afirmou.

De acordo com Ramires, cerca de um terço das mortes registradas no Brasil são causadas por doenças cardíacas. Dessas mortes, metade se deve à aterosclerose.

Estimativas da Organização Mundial de Saúde (OMS) apontam ainda que esses números tendem a aumentar no país. Segundo Ramires, com isso, o Brasil deve ser a nação com maior número de mortes por doenças cardíacas até 2030.
Vinicius Konchinski da Agência Brasil(em São Paulo)

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

CONVITE - SEMINARIO DE ENFRENTAMENTO À FEMINIZAÇÃO DA AIDS

Método canguru alivia sensações de dor em prematuros

É fato que o contato entre mãe e recém-nascido faz bem a ambos. Agora, estudo realizado na Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP) da Universidade de São Paulo (USP), mostra que bebês prematuros podem se beneficiar da chamada posição canguru. Segundo a enfermeira Thaíla Corrêa Castral, esse contato reduz a dor do bebê.

“A posição canguru permite o contato pele a pele. Isso, na prática, significa que o bebê está só de fralda, em uma posição vertical, entre os seios da mãe. Esta fica só de avental, deixando o colo livre para o contato com a criança”, explica Thaíla sobre o funcionamento do método.

Para o estudo, Thaíla observou as expressões faciais e o choro do recém-nascido, e realizou uma análise psicológica do quadro da mãe que permitiram constatar que o estresse materno é capaz de influenciar na regulação da dor e do estresse do próprio bebê, o que, por sua vez, interfere no desenvolvimento da criança.

“Foi uma surpresa perceber que, quanto maior o cortisol da mãe, menor a frequência cardíaca do bebê. Pensamos que seria o contrário: quanto mais estressada estivesse a mãe, mais acelerado ficasse o coração do bebê”, aponta Thaíla.

A pesquisa foi realizada com 42 mães e seus bebês, recrutadas no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (HCFMRP), também da USP. O momento de dor analisado foi o Teste do Pezinho, feito entre três e sete dias depois do parto e repetido após um mês no caso dos prematuros. Todos os bebês foram colocados na posição canguru por 15 minutos antes da realização da coleta de sangue do calcanhar, permaneceram na posição durante o exame e por mais 15 minutos depois de seu término. Esse procedimento era gravado, o que permitia a análise detalha das expressões.

A medição dos níveis de cortisol foi realizada através de amostras de saliva, e refletiam o estado de estresse durante o procedimento doloroso. Isso acontece porque o cortisol demora cerca de vinte minutos para responder ao organismo. Sua variação foi influenciada apenas pelo estresse da mãe.

Segundo a pesquisadora, é importante que mãe e bebê fiquem mais próximos, porque estudos já mostraram os benefícios disso para ambos. Contudo, ela alerta para o fato de que é importante que a mãe com perfil de estresse receba cuidados, pois pode influenciar negativamente na saúde da criança.
Fonte: Agência USP

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Vegetais verdes aumentam a imunidade

Segundo pesquisadores da Universidade de Cambridge, na Inglaterra, os vegetais verdes ajudam a fortalecer o sistema imunológico, pois garantem que as células imunes do intestino e da pele, conhecidas como intra-epiteliais, funcionem corretamente.

O estudo foi realizado com camundongos, que tiveram sua dieta alterada para uma pobre em vegetais. Após duas ou três semanas, as células protetoras haviam diminuído em 70% a 80%.

Os protetores intra-epiteliais linfócitos existem como uma rede debaixo da barreira de células epiteliais que cobrem superfícies do corpo interior e exterior, onde são importantes como uma primeira linha de defesa e no reparo de feridas.

A equipe de pesquisadores descobriu que o número de linfócitos intra-epiteliais depende dos níveis de uma proteína da superfície celular chamada de receptor de hidrocarboneto aromático, que pode ser regulada por ingredientes dietéticos encontrada principalmente em vegetais crucíferos, como brócolis, couve de bruxelas, repolho ou couve-flor.
Fonte: UPI

terça-feira, 18 de outubro de 2011

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Gravidez precoce aumenta risco de cegueira infantil

Mesmo diminuindo, os índices de gravidez na adolescência ainda merecem atenção da saúde pública. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 18,2% das mães brasileiras têm entre 15 e 19 anos. O oftalmologista Leôncio Queiroz Neto explica que a gravidez precoce, ou seja, em menores de 18 anos, é um fator de risco para o parto prematuro.

Para Queiroz Neto, a gravidez nessa faixa estaria esta associada à sobrevida de 80% dos bebês prematuros e esta fazendo a retinopatia da prematuridade crescer no país.

A doença, caracterizada pelo desenvolvimento desordenado dos vasos da retina que pode provocar falhas na circulação, hemorragia e o descolamento da retina, representa a segunda causa de cegueira entre as crianças brasileiras. A estimativa do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) é de que no Brasil ocorrem 30 mil novos casos ao ano. Entre bebês prematuros, 30% são atingidos pela retinopatia e 8% desses ficam cegos.

Segundo o médico, isso acontece porque nos bebês prematuros a retina não se encontra completamente vascularizada e pronta para entrar em contato com o ambiente externo. Crianças com peso inferior a 1,5 quilo ou nascidos antes da 36ª semana de gestação.

Para evitar a perda da visão, ele destaca que deve ser feito um exame de fundo de olho, no máximo, até a sexta semana do nascimento, ou seja, ainda na UTI neonatal. A doença ainda pode causar alterações nos olhos que podem exigir o uso de correção visual e procedimentos cirúrgicos. As principais são: alto grau de vício refrativo (miopia, hipermetropia ou astigmatismo), estrabismo, ambliopia e visão subnormal.
Fonte: Press-release LDC Comunicação

sábado, 15 de outubro de 2011

Suplementos vitamínicos podem aumentar risco de morte

O consumo de suplementos de vitaminas pode oferecer riscos à saúde. Quem dá o alerta são pesquisadores da Universidade de Minnesota (EUA). Cientistas desenvolveram uma pesquisa que mostra que esses suplementos podem ser mais prejudiciais do que benéficos.

Os estudiosos analisaram dados de mais de 38 mil mulheres (em uma média de idade de 62 anos) que participavam de um estudo sobre saúde feminina desde 1986. Foram coletados dados sobre o consumo de vitaminas dessas mulheres dos anos de 1986, 1997 e 2004.

De acordo com a análise feita pelo estudo, as mulheres que consumiam os suplementos de vitaminas tinham chances 2,4% maiores de morrerem no período de 19 anos durante o qual o estudo foi feito, quando comparadas a mulheres que não tomavam suplementos. Os pesquisadores ajustaram seus resultados a fatores como idade da mulher e dieta.

Uma possível explicação para esse fato seria que o uso prolongado de quantidades altas da maioria dos compostos poderia prejudicar o organismo, podendo até mesmo se acumular no corpo.

“O nosso estudo, assim como outros estudos semelhantes, dá muito pouca evidência de que os suplementos alimentares comumente utilizados poderiam ajudar na prevenção de doenças crônicas”, explica o pesquisador Jaakko Mursu. “Nós aconselharíamos as pessoas a reconsiderarem se elas precisam tomar os suplementos, e ao invés disso colocar mais ênfase em uma dieta saúdavel”, completa.

A pesquisa foi publicada no periódico Journal of Internal Medicine.
Fonte: Live Science

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Bom colesterol reduz risco de ataque cardíaco e diabetes

Lipoproteínas de alta densidade, conhecidas como HDL ou “bom colesterol”, podem ajudar na redução do risco de ataque cardíaco e de diabetes, dizem pesquisadores da Kaiser Permanente Center for Health Research, nos Estados Unidos.

A equipe liderada por Gregory Nichols analisarou pacientes com diabetes – que são os mais propensos a desenvolverem doenças cardiovasculares – com fatores de risco a 87%.

O estudo envolveu 30.067 pacientes que se trataram no Kaiser Permanente Center entre 2001 e 2006. Os pacientes tiveram pelo menos duas medições HDL entre seis e 24 meses de intervalo. Os resultados mostraram que 61% deles não apresentaram alterações significativas nos níveis de HDL. Em 22% esses aumentaram em 6,5 miligramas por decilitro de sangue, e em 17% dos pacientes os níveis de HDL diminuíram.

Publicado no The American Journal of Cardiology, o estudo mostrou que nos pacientes em que os níveis de HDL aumentaram 8% o risco de ataques cardíacos e acidentes vasculares cerebrais (AVC) eram menores. Já em pacientes cujos níveis de HDL diminuíram, o risco para esses problemas foi 11% maior. Os pesquisadores acompanharam os pacientes por até oito anos.
Fonte: UPI

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Alzheimer pode ser uma doença transmissível

O Alzheimer pode ser uma doença transmissível? De acordo com um novo estudo, sim. Pesquisadores da Universidade do Texas afirmam que em alguns casos do Mal de Alzheimer, a condição pode ter se desenvolvido a partir de um processo infeccioso, de forma parecida com o desenvolvimento da encefalopatia espongiforme bovina, conhecida como a doença da vaca louca.

Os pesquisadores injetaram tecido de cérebro humano de pacientes sofrendo de Alzheimer em ratos de laboratório. Esses animais acabaram desenvolvendo danos cerebrais semelhantes aos causados pela doença. Com o tempo, esse dano se espalhou por todo o cérebro dos ratos. Os animais que receberam injeções de tecidos saudáveis não apresentaram os mesmos problemas.

“O mecanismo subjacente do Mal de Alzheimer é muito semelhante ao das doenças do príon”, explica o pesquisador Claudio Soto. Os príons são agentes que pode se tornar patogênicos, causando doenças crônicas que levam à degeneração do sistema nervoso central. “(O mecanismo) envolve um proteína normal que se deformou, e é capaz de se espalhar ao transformar proteínas boas em ruins. As proteínas ruins se acumulam no cérebro, formando depósitos de placas que acredita-se que matam neurônios no Alzheimer”, completa o cientista.

Os resultados encontrados na pesquisa ainda são muito preliminares, e os pesquisadores não sabem se o que aconteceu com os ratos aconteceria da mesma forma em humanos. Além disso, a contaminação dos animais aconteceu em um ambiente controlado e em condições artificiais, que provavelmente não aconteceriam na realidade. O próximo passo para os pesquisadores é descobrir se a transmissão poderia ocorrer em situações mais naturais. A pesquisa foi publicada no dia 4 de outubro no periódico Molecular Psychiatry.
Fonte: Live Science

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Seres humanos ainda estão em processo evolutivo

De acordo com uma nova pesquisa, os seres humanos, assim como outros organismos vivendo no planeta Terra, ainda estão em processo de evolução, se transformando para se adaptarem melhor às mudanças ambientais.

Pesquisadores da Universidade de Quebec (Canadá) analisaram dados de 30 famílias que se mudaram para uma ilha perto da cidade entre os anos de 1720 e 1773. Os cientistas recolheram dados guardados por uma igreja local e avaliaram informações sobre mulheres que haviam se casado entre os anos de 1799 e 1940, comparando suas características culturais, econômicas, sociais e vendo também quando elas tinham gerado o primeiro filho.

Os resultados da análise mostraram que durante um período de 140 anos, a idade em que as mulheres tiveram seus primogênitos caiu de 26 para 22 anos. De acordo com os cientistas, esse fato pode ser explicado por variações genéticas na população da ilha, e não por fatores como mudanças no comportamento social dos habitantes.

“Nós pensamos, tradicionalmente, que as mudanças na população humana são principalmente culturais, o que é o porquê de uma hipótese não genética receber prioridade sobre uma hipótese genética ou evolutiva, havendo ou não dados para suportá-la”, afirma o pesquisador Emmanuel Milot. “Nós temos dados que nós analisamos do ponto de vista genético e do não genético, e nós descobrimos que os fatores genéticos são mais fortes”, completa.

Os pesquisadores afirmam que a menor idade da mulher no nascimento do primogênito seria um sinal da ação da seleção natural. A mudança de idade pode incluir diferenças de fertilidade, idade da menarca e até mesmo traços de personalidade hereditários que incentivariam a mulher a engravidar mais cedo.
Períodico:Proceedings of the National Academy of Sciences.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Asma: um desafio para a saúde pública

A asma é uma doença grave que, se não tratada corretamente, leva à redução da qualidade de vida e pode acarretar em morte. Estudo publicado no European Respiratory Journal, a revista cientifica da Sociedade Europeia de Doenças Respiratórias (ERS), questiona os motivos da doença ainda matar tantas pessoas, e levar outras tantas à hospitalização, sendo que existem inúmeras possibilidades de tratamento para ela.

Doenças crônicas, grupo no qual se encaixa a asma, além de provocarem sofrimento para os pacientes, representam um ônus econômico significativo para as sociedades e sistemas de saúde, especialmente em países em desenvolvimento.

No Brasil, a asma é a terceira maior causa de hospitalização pelo Sistema Único de Saúde (SUS), com quase 400 mil internações ao ano. De acordo com o dr. Paulo Camargos, membro do Comitê Executivo da Desafio de Asma GINA (GINA Asthma Challenge) no Brasil, o GINA tem o objetivo de reduzir as internações por asma em 50% nos próximos cinco anos.

Apesar de parecer um objetivo de pouca probabilidade de alcance, o médico explica que ele é baseado em experiências realizadas em alguns municípios brasileiros, cujos resultados dos programas de manejo da asma demonstraram ser possível alcançá-lo no SUS.

Para tal, Camargos prevê a necessidade de planejamento coordenado e implantação de medidas simples, porém eficazes, para reduzir os números da asma. “Já está comprovado que a melhor maneira de conseguir o controle da asma, ao lado da terapia medicamentosa, é a educação. Este, portanto, é o ponto de partida para alcançarmos este objetivo no tempo proposto, no Brasil”, explica dr. Rafael Stelmach, presidente-eleito da GINA Brasil.
Fonte: Press- release, Acontece Comunicação

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Batatas roxas ajudam a controlar pressão arterial

A batata-roxa, por vezes desprezada nos supermercados, pode ser uma arma contra pressão alta. Segundo pesquisadores da Universidade de Scranton, nos Estados Unidos, pessoas que comem duas porções diárias de batata roxa cozida podem ter sua pressão arterial diminuída em até 4% em um mês.

Joe Vinson, um dos autores da pesquisa, explica que a redução da pressão arterial é provavelmente devido à alta concentração de antioxidantes batatas. Os antioxidantes protegem o corpo de "radicais livres", moléculas que podem danificar as células saudáveis.

“Ao ouvir a palavra batata, as pessoas logo a associam a outras, como carboidratos, calorias vazias e ganho de peso. Na realidade, quando não é frita e é preparada sem alimentos gordurosos, como manteiga ou margarina, uma batata tem apenas 110 calorias e dezenas de fitoquímicos saudáveis, além de vitaminas”, diz Vinson.

O estudo envolveu 18 pessoas com sobrepeso e pressão arterial elevada, que foram divididos em dois grupos: um que comeu de seis a oito batatas roxas do tamanho de bolas de golfe cozidas com pele e outro que não comeu as batatas. Os resultados mostraram que, ao fim de quatro semanas, os participantes do grupo que ingeriu a batata roxa tiveram a pressão arterial diminuída em até 4%.

“Esperamos que nossa pesquisa ajude a desmistificar a batata como sendo um alimento que contribui apenas para o ganho de peso e que essa passe a ser vista como um alimento rico em valor nutricional", finaliza o pesquisador.
Fonte: UPI

Ministério da Saúde lança diretrizes para o controle de doenças cardiovasculares

No dia 30 de setembro é comemorado o Dia Mundial do Coração, e médicos utilizam a data para conscientizar a população quanto às diversas condições que podem prejudicar o coração e o bem estar do organismo.

No Brasil, doenças coronárias são a segunda maior causa de mortes, sendo que o infarte tem o maior índice de mortalidade. Esse problema causou a morte de 76.359 brasileiros em 2009. Em 2009, os infartos causaram 6.371 mortes apenas em Minas Gerais.

Devido às estatísticas alarmantes e ao risco que as doenças coronárias oferecem, o Ministério da Saúde lançou em setembro um pacote de medidas que ficará disponível para consula pública até o dia 18 de outubro. O objetivo é que as mortes de infarto no Sistema Único de Saúde (SUS) sejam reduzidas de 15% para 5%. Outras medidas que serão tomadas pelo governo são a melhoria de atendimento nas regiões onde existe uma maior ocorrência de doenças coronárias, criação de novos leitos, oferta gratuita de dois medicamentos, mais verba para a realização de angioplastia primária e a instalação de tele-eletrocardiogramas nas ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

Mesmo com os esforços do Ministério da Saúde, a prevenção continua sendo a melhor forma de combate contra as doenças do coração. É preciso que ocorram mudanças de hábito dentro da casa do brasileiro, que deve evitar o sedentarismo e tentar se manter ativo ao longo do dia, reduzindo o tempo que passa sentado em frente à televisão ou o computador. Outro ponto importante é a alimentação. A pessoa deve reduzir ao máximo a quantidade de gordura ingerida e controlar o peso. Para os fumantes, a prática de exercícios e uma alimentação balanceada não oferecem os mesmos benefícios. Para lutar contra os males do coração, é absolutamente necessário que a pessoa abandone o tabagismo.

Mesmo para quem segue as diretrizes do Ministério da Saúde, o controle médico é imprescindível. As pessoas não devem esperar pelo surgimento de sintomas para procurar um cardiologista. O ideal é que o profissional seja consultado regularmente.
Fonte: Estado de Minas

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Qualidade de vida e saúde bucal na terceira idade

Já é sabido por toda a sociedade que está ocorrendo o aumento da população idosa. Nos últimos 50 anos ocorreu um grande avanço tecnológico e novas descobertas que buscam desesperadamente maneiras de prolongar a vida das pessoas e propiciar uma melhor qualidade de vida.

O crescimento da população idosa no Brasil, tem acarretado um grande impacto, devido à falta de planejamento, de medidas assistenciais, de formação e capacitação do material humano necessário. Somado a esses fatores, grande parte de nossos idosos apresenta, além dos problemas de saúde, problemas sócio-econômicos.

Mas o que tem a ver tudo isto com a saúde bucal ? Tem tudo a ver, pois a saúde bucal depende de vários fatores, como por exemplo de políticas públicas adequadas, de investimentos em programas de saúde direcionados à terceira idade, etc.

E investir na saúde na terceira idade, assim como em outras fases da vida, é de extrema importância, pois a saúde bucal melhora a saúde geral, assim como a estética agradável mantém a auto-estima e o bom desempenho social.

Dentro de políticas sociais, a prevenção deve ser um direito de todos e na terceira idade é fundamental no que se refere a qualidade de vida. E qualidade de vida significa, além de ter uma qualidade de saúde bucal, ter também qualidade de saúde geral, qualidade de vida social, qualidade de relacionamentos, qualidade material, qualidade espiritual, e outras, até chegarmos à qualidade total, como o objetivo maior de toda a sociedade na modernidade.

O principal objetivo da prevenção em todas as áreas ligadas à medicina é melhorar a qualidade de vida e proporcionar um envelhecimento saudável. E envelhecer com saúde, disposição e qualidade de vida, estão envolvidos aspectos não só biológicos, mas também psicológicos, econômicos, sociais. A boca é um dos elementos que merecem atenção no processo de envelhecimento, porque é por meio dela que podemos expressar, através do sorriso, nossos sentimentos de alegria, de sedução. Os dentes irão representar um papel fundamental nesse aspecto. Um idoso que tem bons dentes, que tem uma boa mastigação, tem uma melhor qualidade de vida do que um idoso que apresenta muitas cáries, devido ter uma higienização incorreta, e acaba comprometendo sua saúde como todo.

A promoção, prevenção e recuperação da saúde bucal, devem estar inseridas na rotina de todas as instituições, e em especial naquelas dos indivíduos da terceira idade, uma vez que a condição bucal em última instância influencia diretamente a qualidade de vida, por definir sua capacidade de mastigação, nutrição, fonética e de socialização. E por isto, é importante que o idoso seja orientado em relação a vários aspectos de sua saúde, como por exemplo, saber qual a melhor dieta, saber cuidar dos dentes e gengivas, saber realizar um auto-exame na boca para ver se tem anormalidades, etc. Enfim, realizar a prevenção na terceira idade é fundamental para ter saúde bucal e qualidade de vida em todos os sentidos.
Fonte; Marco Tulio P. Pereira (Cirurgião-dentista)
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