Páginas

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Exercícios físicos causam mudanças genéticas

De acordo com pesquisadores, exercícios físicos causam mudanças genéticas que podem ser vistas até mesmo poucos minutos após o início da atividade.

Um estudo avaliou os genes de músculos de homens e mulheres antes e depois de eles passarem 20 minutos se exercitando. A análise dos resultados mostrou que haviam acontecido mudanças químicas dentro das células dos músculos, cujos genes tinham aumentado em expressão. O exercício teria ativado esses genes.

As mudanças parecem ocorrer logo após o início da prática esportiva, reprogramando as células para que os músculos se tornem mais fortes e tenham maior resistência.

Os músculos são capazes de se adaptarem ao que o corpo precisa. “Se você não os usa, eles se perdem, e esse é um dos mecanismos que permite que isso aconteça”, explica a pesquisadora Juleen Zierath, do Instituto Karolisnka, onde o estudo foi desenvolvido.

Fonte: My Health News Daily

Furúnculo

"O furúnculo faz parte do grupo das infecções de pele e de seus anexos. Caracteriza-se por uma infecção do folículo pilossebáceo (cavidade onde nasce o pêlo), geralmente causada por uma bactéria chamada Staphylococcus aureus. Como a maioria das infecções de pele, o furúnculo não é um problema grave, porém é fonte de grandes transtornos e angústia para os indivíduos acometidos."

Como se apresenta o furúnculo?
O furúnculo pode ocorrer em qualquer parte da superfície corporal, exceto a palma da mão e a planta do pé. Entretanto, tem preferência por regiões ricas em pêlos e submetidas à fricção e alta transpiração, como a região do pescoço, face, axilas e nádegas. Acomete mais os homens que as mulheres, principalmente após a puberdade. O aparecimento pode ser favorecido pelo uso de substâncias gordurosas na pele, que fecham o folículo e propiciam a infecção, e também pelo uso de roupas justas, que levam à fricção.

A bactéria penetra no folículo e causa inicialmente uma infecção superficial na pele. Posteriormente, ela se dissemina e acaba formando a lesão característica, com uma região amarelada no centro e um contorno avermelhado e endurecido. Há um aumento importante do volume, e a lesão é bastante dolorosa e sensível à compressão. O tamanho do furúnculo vai depender da profundidade da infecção ou do folículo infectado: quanto mais profunda maior é o furúnculo. Com o tempo, ocorre a destruição da pele que recobre a região central, que rompe espontaneamente e leva à eliminação do material amarelado do centro (tecido necrótico) juntamente com pus. Após o rompimento, a dor melhora e a ferida tende a cicatrizar e deixar uma marca escura no local.

Há risco de complicações?
Geralmente, a evolução é favorável, sem maiores problemas. As complicações ocorrem quando há uma ruptura da barreira de proteção (formada pelo sistema imune) e, consequentemente, uma disseminação das bactérias. A causa mais importante disso é o hábito comum entre as pessoas de espremer os furúnculos. Isso pode fazer com que as bactérias caiam na corrente sanguínea e vão infectar outros locais no corpo. Exemplos são as infecções dos ossos (ou osteomielite) e da parede interna do coração (endocardite).

Outra complicação importante tem a ver com a chamada "zona perigosa". Essa região é importante no caso de qualquer infecção de pele, inclusive a acne ("espinhas"). Essa região é localizada na face, entre o lábio superior e o nariz. Nesse local, os vasos sanguíneos comunicam-se com os vasos do cérebro. Assim, caso as bactérias atinjam a corrente sanguínea, podem causar trombose dos vasos cerebrais e infecções graves, como a meningite. Por isso, nas infecções de face deve-se evitar a drenagem, inclusive o ato de espremer espinhas (agora você já sabe porque isso é tão perigoso!).

Outra complicação é a furunculose. Esse nome refere-se à ocorrência de vários furúnculos, ou de sua recorrência. O que acontece, geralmente, é que ao coçar a lesão o indivíduo ‘machuca’ o furúnculo fazendo com que seja eliminado pus que vai infectar outros folículos próximos. As roupas também podem ser veículos de transmissão. Algumas vezes ocorre uma disseminação da infecção, sob a pele, de forma que o furúnculo adquire enorme tamanho. Nesse caso, passa a ser chamado de carbúnculo. O carbúnculo ocorre mais comumente na região da nuca. Os casos de furunculose e carbúnculo ocorrem em pessoas mais predispostas à infecção, como: desnutridos, diabéticos, portadores do HIV e outras doenças.

Como é feito o tratamento?
A grande maioria dos casos não necessita de drenagem. O tratamento é baseado no uso de antibiótico e aplicação de calor local, por meio do uso de compressas quentes. Nos casos mais leves, apenas o calor local pode ser recomendado. O calor local aumenta a quantidade de sangue na lesão, ajudando o sistema imune a combater a infecção. Além dessas medidas, os médicos recomendam que o membro acometido fique imobilizado e, quando se trata do membro inferior, ele pode ser mantido elevado.

A drenagem cirúrgica, como já foi dito, não é necessária na grande maioria dos indivíduos. Além disso, carrega o risco de favorecer a disseminação das bactérias. Entretanto, quando as lesões são grandes, esse tratamento é indicado.

Como é feita a prevenção?
A prevenção só é indicada para aquelas pessoas que apresentam furúnculos recorrentes. As medidas indicadas são as seguintes:

• Uso de antibiótico para tratar todos os episódios que ocorram;
• Limpeza da pele com substâncias anti-sépticas;
• Lavagem freqüente das mãos;
• Uso de toalhas limpas;
• Trocas freqüentes de fronhas e roupas íntimas;
• Erradicação do estado de portador assintomático da bactéria Staphylococcus aureus, na flora nasal (algumas pessoas abrigam essa bactéria, na flora nasal, sem apresentar qualquer problema).

Fonte:Bibliomed

quarta-feira, 28 de março de 2012

Alergia a Mofo

Os fungos são um dos alérgenos mais comuns e podem causar diversas doenças em seres humanos – especialmente no aparelho respiratório.

Alguns tipos de fungos, como a Alternaria e o Cladosporium, são comuns ao ar livre, especialmente no outono, quanto o material em decomposição das folhas oferece um excelente meio de proliferação. Em ambientes fechados, predominam os fungos da espécie Aspergillus e Penicillium.

Quais são os sintomas da alergia a mofo?

A alergia a mofo pode se manifestar de 4 maneiras: como um quadro de rinite ou conjuntivite alérgica, como uma crise asma, como sinusite ou na forma de uma micose nos brônquios.

Rinite e Conjuntivite Alérgica

Uma vez que os fungos podem crescer em ambientes fechados (p.ex.: dentro de casa), muitas crianças são expostas a estes alérgenos desde o nascimento.

Ainda não está claro a partir de que idade se desenvolve a alergia ao mofo, mas estima-se que este problema seja a causa de 40% dos casos de rinite alérgica em crianças.

Os principais sintomas da rinite alérgica incluem coriza, sensação de coceira no nariz e nos olhos, espirros, dores de cabeça, desânimo, congestão nasal e tosse.

Os sintomas costumam ser mais severos nas estações mais úmidas e quentes do ano, mas alguns fungos apresentam alta prevalência durante todo o ano.

Não é raro observar crianças que sofrem alergia a mofo e que desenvolvem problemas nas adenóides ou infecções respiratórias recorrentes, como sinusites e otites.

Asma

Os sintomas da asma causada por alergia a mofo se assemelham aos sintomas da asma comum e incluem tosse, chieira e falta de ar. Estas manifestações podem se instalar rápida ou lentamente.

Micose Broncopulmonar Alérgica (MBA)

Esta forma de alergia a mofo se parece com uma pneumonia comum, com tosse com expectoração, falta de ar, chieira, febre baixa (menor que 38.5ºC), dores no corpo e falta de ânimo.

Sinusite Fúngica

A sinusite causada por fungo é mais comum em áreas de clima quente e úmido. Os sintomas incluem dor na face ou na cabeça, sensação de congestão nasal, redução da capacidade olfatória, coriza purulenta, tosse, queimação na garganta, hálito ruim e falta de ânimo.

Que outras doenças podem simular uma alergia a mofo?

Se você leu atentamente o que foi descrito até aqui, pôde perceber que a alergia a mofo possui sintomas pouco específicos e que podem ser relacionados a uma ampla variedade de doenças.

Havendo suspeita de alergia a mofo, seu médico poderá solicitar alguns exames para avaliar a possibilidade de você estar sofrendo de algum outro distúrbio, e não de alergia a mofo.

As principais doenças que podem produzir manifestações semelhantes à alergia a mofo incluem:

Síndromes aspirativas
Asma
Bronquiolite
Bronquite aguda ou crônica
Fibrose Cística
Refluxo gastroesofágico
Pólipos nasais
Infecções virais
Tabagismo passivo
Pneumonia bacteriana
Enfisema Pulmonar
Sarcoidose
Tuberculose
Câncer pulmonar

É preciso realizar algum tipo de exame?

A principal ferramenta para detectar a alergia ao mofo é o exame clínico realizado pelo seu médico. Para complementar este exame, o médico poderá solicitar um Teste Cutâneo com Alérgenos Fúngicos, que consiste em pequenas punções na pele para administração de reagentes fúngicos.

Outros exames, tais como exames de sangue, radiografias, tomografias, rinoscopia, broncoscopia, etc, poderão ser solicitados de acordo com a necessidade.

Como é feito o tratamento?

O mais importante é a educação: o sucesso do tratamento dependerá da compreensão da natureza (quase sempre crônica) da doença e mudança em certos hábitos.

Dependendo da intensidade dos sintomas, pode, ser empregados antihistamínicos e descongestionantes.

Em pessoas com asma alérgica, bombinhas de broncodilatadores, sprays de corticosteróides e outros medicamentos teofilina podem ser indicados.

O que você pode fazer para ajudar?

Além das recomendações do seu médico, existem algumas medidas que você pode tomar por conta própria para reduzir o risco ou os sintomas da alergia a mofo:

- Mantenha a casa seca, arejada e livre de cigarros.

- Conserte vazamentos hidráulicos, evitando a proliferação de fungos.

- Se possível, elimine áreas de vegetação densa em torno da casa.

- O Aspergillus prolifera na matéria em decomposição (p.ex: grama cortada, cercas de madeira, terra de plantas domésticas, folhas caídas, fezes de passarinhos, etc). Mantenha os ambientes livres desse tipo de material.

- Oriente a criança a não brincar com folhas secas, sofás de tecido e tapetes.

- Faça a manutenção preventiva de aparelhos de ar-condicionado (inclusive do seu automóvel), umidificadores e vaporizadores segundo as orientações do fabricante.

- Remover o mofo das superfícies visíveis (p.ex.: banheiro) utilizando agentes fungicidas.
- Remover o mofo das superfícies visíveis (p.ex.: banheiro)
Fonte: Bibliomed

quinta-feira, 15 de março de 2012

Poucos suplementos alimentares funcionam para emagrecer

Pesquisa da Universidade de Oregon, nos Estados Unidos, analisou evidencias cientificas sobre os suplementos alimentares para a perda de peso, e concluíram que a grande maioria deles não funciona.

A pesquisadora Melinda Manore realizou uma revisão de dados experimentais de centenas de suplementos para perda e peso, e os resultados mostraram que não existem evidencias científicas de que qualquer um deles tomado sozinho leve a uma perda de peso significativa. A pesquisa apontou, ainda, que alguns deles podem causar danos à saúde.

Isso não quer dizer que se deve abolir os suplementos, mas, como o próprio nome já diz, eles devem complementar o programa de perda de peso, e não ser apenas o foco desse. Alguns produtos, como o chá verde, as fibras e os suplementos lácteos debaixo teor de gordura, podem levar a uma perda de peso modesta, cerca de dois quilos.

O mais importante é ter em mente que os testes aos quais esses produtos foram submetidos envolvia uma dieta hipocalórica. "Para a maioria das pessoas, a menos que você altere a sua dieta e faça exercícios diariamente, nenhum suplemento terá um grande impacto", disse Manore.

Manore estudou quatro categorias de suplementos: os produtos que bloqueiam a absorção de gordura ou carboidratos (como a quitosana); os estimulantes (que aumentam o metabolismo, como a cafeína e a efedrina); os que alteram a composição corporal diminuindo a gordura (como aqueles a base de ácido linoléico conjugado); e os supressores de apetite (como as fibras solúveis).

Os dados mostraram que alguns desses produtos nunca foram submetidos a ensaios clínicos que examinassem sua eficácia, e aqueles que foram testados levaram a uma perda de peso de menos de 900 gramas em comparação com os grupos que receberam placebos.

“Não existe fórmula milagrosa para perder peso. A combinação atividade física e dieta balanceada é o que funciona. Adicionar fibras, proteínas, cálcio e beber chá verde pode ajudar, mas nenhum deles terá muito efeito a menos que você se exercite e coma frutas e legumes”, finaliza Manore.
Fonte: Diário da Saúde

segunda-feira, 12 de março de 2012

Disfunção Erétil

O que é?

Disfunção erétil é o termo médico para definir a incapacidade de obter uma ereção com rigidez suficiente para a penetração e/ou mantê-la por um período de tempo adequado para a satisfação de ambos os parceiros no ato sexual. É importante entender que ela pode ocorrer mesmo com desejo e orgasmo (ejaculação) presentes.

A disfunção erétil (DE) afeta cerca de dois terços dos homens após os 50 anos de idade, correspondendo entre 10 a 20 milhões de brasileiros.

A maioria dos homens, em algum momento de suas vidas, já experimentou episódios de disfunção erétil, geralmente decorrentes de cansaço, stress ou abuso de álcool. Falhas ocasionais não devem ser supervalorizadas. Porém, se o problema persistir, um urologista deve ser procurado.

Causas

A capacidade de ereção é apenas um dos vários aspectos da função sexual masculina. O ciclo de resposta sexual do homem possui quatro fases principais o desejo, a ereção, o orgasmo e o relaxamento. Cada uma delas pode sofrer alterações distintas.

As causas da DE são divididas em orgânicas, psicogênicas e mistas, podendo ser encontradas com fatores combinados. Problemas orgânicos, como diabetes, câncer, arteriosclerose e lesões neurológicas podem freqüentemente levar a complicações de ordem psicológica, por exemplo. Ela pode ainda ser secundária, e aparecer como a primeira manifestação de diversos distúrbios como hipertensão arterial, diabetes, doenças cardiovasculares e insuficiência renal.

A DE de origem psicológica pode se manifestar de várias maneiras, como ejaculação precoce ou retardada, dor ao ejacular e a própria impotência. Pode haver ainda perda da libido (desejo sexual), falta de orgasmo e fobias (medos) sexuais; tudo isso por ansiedade, depressão ou culpa. Um indivíduo que tem uma experiência desagradável, como a perda da ereção ao fazer sexo ou uma ejaculação muito precoce, tende a, na próxima relação, relembrar tais "fracassos", tornando-se ansioso. Isso propicia a uma nova falha, criando um círculo vicioso.

As causas orgânicas são subdivididas de acordo com a etiologia. As vasculogênicas são as mais prevalentes, especialmente as alterações de fluxo arterial, arteriosclerose e trauma (levando a lesões nos vasos sanguíneos). Anormalidades do fluxo venoso são menos comuns. As causas neurogênicas são a neuropatia diabética, esclerose múltipla, abuso de álcool, trauma medular e lesão de nervos por prostatectomia radical (cirurgia de retirada da próstata). Já as causas hormonais são o hipoandrogenismo primário ou secundário (distúrbios dos hormônios masculinos).

A DE pode ocorrer ainda, por uso e abuso de drogas como maconha, álcool, heroína, cocaína, barbitúricos, antidepressivos.

Distúrbios associados

A DE apresenta vários fatores de risco como: idade avançada; diabetes; hipertensão arterial; doenças vasculares periféricas; doenças neurológicas; doenças endócrinas; traumatismos da medula espinhal; cirurgias pélvicas radicais; radioterapia; alcoolismo; tabagismo; consumo de maconha e/ou cocaína; uso de anti-hipertensivos, tranqüilizantes e psicotrópicos; problemas de relacionamento com a parceira; stress; ansiedade e medo de falhar; depressão; personalidade obsessivo-compulsiva; desvios sexuais.

Diagnóstico

Os objetivos da avaliação inicial do paciente são determinar a causa provável da DE e identificar fatores orgânicos ou psicológicos associados que possam influenciar a conduta terapêutica.

A entrevista médica detalhada é o fator mais importante na avaliação do paciente com este problema. A anamnese deve identificar a duração, progressão e gravidade da DE, bem como fatores associados.

Uma vez identificado um problema no desempenho sexual do paciente, o passo seguinte é diferenciá-la de outros problemas sexuais, tais como perda da libido e distúrbios ejaculatórios.

O exame físico visa avaliar a saúde do paciente, com particular atenção aos sistemas cardiovascular, neurológico e geniturinário, devido à sua contribuição na ereção. A avaliação neurológica deve incluir uma percepção do estado de ansiedade ou depressão do paciente. Já a avaliação genital é direcionada para detecção de anormalidades locais.

Alguns exames laboratoriais são básicos para identificar distúrbios que podem resultar em DE.

Tratamento

Nos casos de DE psicogênica, a psicoterapia é indicada. Vários fatores devem ser avaliados pelo urologista e se possível, por especialista na área de psicologia ou psiquiatria. Fatores como problemas físicos, psiquiátricos, psicológicos, relacionamento conflituoso com a parceira e inadequação sexual devem ser abordados com o casal.

Injeções penianas foram o primeiro método eficiente e objetivo, com pouco ou nenhum efeito colateral, com melhora significante da ereção, mesmo nas DE graves e orgânicas. Tinham como principal complicação, as ereções dolorosas. Apresentavam também a desvantagem de limitação do tempo das ereções e limitação de freqüência das aplicações (3 vezes por semana). Este método tende a ser abandonado com o avanço da tecnologia.

Com o avanço do tratamento, alguns medicamentos orais encontram-se disponíveis no mercado. São eles:

- Viagra (Sildenafil), do laboratório Pfizer: age no pênis, relaxando a musculatura e aumentando o aporte de sangue para a região. Eficiente em casos de impotência parcial, propiciando ereção de 40 a 60 minutos depois da ingestão do medicamento, com estimulação do pênis. Seu efeito pode durar até seis horas.Tem como reações colaterais dores de cabeça, congestão nasal, dispepsia e rubor facial. Pacientes cardíacos, principalmente em tratamento com drogas à base de nitratos (Sustrate, Monocordil, Isordil, Nitradisc, Nitroderm TTS, Isocord, Isossorbida, Tridil) não podem tomar este medicamento.

- Uprima (Apomorfina), do laboratório Abbott: age no sistema nervoso central, facilitando a condução dos estímulos sexuais do cérebro até o pênis. Gera ereção 10 a 20 minutos depois da administração oral sublingual. Pode causar dor de cabeça, náuseas, tonteiras, desmaio e rubor facial, mas pode ser utilizado por pacientes cardíacos.

- Cialis (Tadalafila), fabricado pelo laboratório Eli Lilly: age diretamente no pênis, inibindo a enzima fosfodiesterase. Leva à ereção em 30 minutos, e a mantém por até 36 horas. Pode provocar dor de cabeça, intolerância gástrica, congestão nasal, dor nas costas, dor muscular, tonteira e rubor facial. Assim como o Viagra, não pode ser utilizado por cardíacos em uso de nitratos.

- Levitra (Vardenafil), da Bayer e Glaxo: também atua direta e seletivamente no pênis, inibindo a enzima fosfodiesterase, com menos efeitos colaterais (dor de cabeça, rubor facial e coriza). Leva à ereção em 15 minutos, e a mantém por até 8 horas. Assim como o Viagra e o Cialis, não pode ser utilizado por cardíacos em uso de nitratos. Uma das principais vantagens é o preço mais acessível e o fato de ser comercializado em embalagens unitárias.

Apesar dos tratamentos medicamentosos citados, alguns pacientes podem não se adaptar e necessitar de tratamento com dispositivos mecânicos, como dispositivos de ereção a vácuo ou próteses penianas infláveis ou maleáveis. Outros podem necessitar de cirurgia vascular para reparar as artérias que abastecem o pênis de sangue, em casos específicos.

Como a disfunção erétil pode ter várias causas, tem vários tratamentos que agem por diferentes mecanismos, com contra-indicações específicas, um urologista deve ser sempre consultado.

Fonte: Bibliomed, Inc.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Assaduras em bebês

A dermatite das fraldas ou assadura é a dermatite mais comum da infância, com prevalência de até 35% nos primeiros 2 anos de vida, triplicando em bebês com diarréia. Bebês em fase de aleitamento apresentam uma incidência ligeiramente menor, possivelmente devido à natureza menos ácida de sua urina e fezes. Alguns estudos calculam que a dermatite das fraldas seja responsável por cerca de 20% das consultas ao Pediatra".

Introdução

O termo dermatite das fraldas (DF) é utilizado para descrever diversas alterações inflamatórias da pele que podem ocorrer na área coberta pelas fraldas. As assaduras se caracterizam por vermelhidões nas nádegas, coxas e região genital do bebê e já tiraram o sono de muitas mães. Podem se relacionar direta ou indiretamente às fraldas em si, alergia ao sabão usado para lava -las, sapinho (ou miliária), ou infecção bacteriana da pele.
Em boa parte das crianças, não é possível determinar a exata etiologia das assaduras. A alteração pode resultar de uma combinação de fatores que têm inicio com a exposição prolongada às secreções (fezes e urina) contidas nas fraldas.

Exame da criança

O diagnóstico é essencialmente clínico. É importante registrar o início, a duração e os sintomas associados às assaduras. Antecedentes recentes como diarréia e uso de antibióticos assim como o tipo de fralda mais utilizado, também devem ser pesquisados.

A assadura comum, a miliária (aparece quando o bebê é agasalhado em excesso) e o intertrigo (ocorre quando as dobrinhas do bebê não são secas com cuidado, desenvolvendo uma irritação local, principalmente em pescoço, dobras de braços e dobras das coxas) em geral ocorrem após um episódio de diarréia e são exacerbados pelo uso de sabonetes. As margens da vermelhidão são pouco definidas. Algumas crianças podem apresentar elevações da pele e até mesmo bolhas superficiais. O quadro em geral desaparece cerca de 3 dias após o início de cuidados higiênicos mais diligentes.

Deve-se suspeitar de dermatite por Candida ou monilíase (conhecido popularmente como sapinho, que também pode acometer os genitais) naqueles pacientes cuja vermelhidão dura mais de 3 dias, apesar dos cuidados apropriados. Além disso, o rash da Candida é mais doloroso, provocando choro quando a criança urina, defeca e à troca das fraldas. Em alguns pacientes, existe relato de antibioticoterapia prévia recente. A assadura, embora irrite muito a pele e deixe toda a região avermelhada, é facilmente distinguível, para o médico, da monilíase, já que está última também apresenta lesões chamadas de "satélites" que são pontinhos separadas da grande região avermelhada central.

Quando concomitantemente o bebê apresenta sapinho na mucosa da boca, torna-se mais fácil o diagnóstico de monilíase, já que estes dois tipos de acometimento geralmente aparecem associados.

A assadura, secundária à infecção bacteriana, costuma estar associada à febre, drenagem purulenta e ínguas. É pouco freqüente e se instala sempre depois de um quadro muito prolongado de assadura, sem nenhum tratamento e também naquelas crianças que têm baixa de resistência

A dermatite atópica costuma apresentar coceira intensa. Ao exame físico, observa-se lesão avermelhada e de limites pouco definidos. A pele pode ser apresentar muito ressecada nos casos mais crônicos.

O diagnóstico clínico de escabiose ou sarna, freqüentemente não representa um desafio. As lesões vesiculares típicas possuem inicio abrupto, coçam muito e em geral existe uma história de contato com pessoas contaminadas.

Tratamento

Inicialmente deve-se intensificar os cuidados higiênicos (p.ex: aumentar a freqüência da troca de fraldas, manter a região o mais seca possível, preferir fraldas descartáveis superabsorventes e mais folgadas, deixar a região descoberta e exposta o máximo de tempo possível ao longo do dia, etc).

Outro cuidado recomendado é com a lavagem das roupas do bebê, que devem ser enxaguadas diversas vezes para não deixar nada de sabão. O sabão preferido para fraldas e roupas é o sabão de coco, por ser mais neutro. Amaciantes podem ser usados em pequena quantidade, se tiverem pouco perfume e o bebê não apresentar alergia a eles.

Para minimizar o contato da urina e das fezes com a pele, podem ser empregados cremes de barreira (p.ex: pasta de óxido de zinco, aplicada no local pelo menos 4 vezes ao dia). Em alguns poucos casos, pode-se empregar cremes à base de corticóides, mas nunca por mais de duas semanas e sempre com indicação médica.

Havendo suspeita de candidíase, indica-se pomadas à base de nistatina, miconazol ou cetoconazol. Estas pomadas devem ser aplicadas na área de dermatite, a cada troca de fraldas. Caso o bebê apresente também sapinho na boca, este deve ser concomitantemente tratado com nistatina ou outros antifúngicos locais.

Para infecções bacterianas leves, indica-se agentes tópicos (p.ex: bacitracina). Infecções mais severas podem ser tratados com antibióticos de amplo espectro

Conclusão

A dermatite das fraldas em geral é fácil de ser diagnosticada e tratada, mas deve-se sempre ter em mente alguns diagnósticos diferenciais importantes para não incorrer em equívocos. A maioria dos casos resolve completamente após alguns dias, com a melhora da higiene local. A candidíase pode consumir várias semanas de tratamento, para observar algum progresso nos pacientes com candidíase.
Fonte: Bibliomed

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Obesos sentem mais dor

Um novo estudo pode indicar mais um efeito negativo para a obesidade. Pesquisadores acompanharam mais de um milhão de pessoas e descobriram que quem está acima do peso tem sensações mais intensas de dor.

O estudo avaliou os participantes de acordo com seus índices de massa corporal, dividindo-os em grupos: peso normal, sobre preso e três grupos de diferentes níveis de obesidade.

Quando comparados aos participantes de peso normal, pessoas com sobrepeso tinham chances 20% maiores de reportarem terem sentido dores no dia anterior, sendo que obesos de nível um tinham chances 68% maiores, de nível dois 136% e de nível três 254%.

Os pesquisadores observaram condições crônicas que poderiam causar dores aos participantes, mas elas não foram as únicas responsáveis pela relação estabelecida no estudo entre obesidade e dor. De acordo com os pesquisadores, a obesidade pode causar processos fisiológicos que resultem em inflamações, causando dor. Outra possibilidade é a depressão, uma doença que também é associada à dor.

“Nossos resultados confirmam e estendem estudos anteriores (feitos) sobre a ligação entre obesidade e dor”, diz o pesquisador Arthur Stone.

O estudo foi publicado online na edição de janeiro do periódico Obesity.
Fonte: Live Science

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

ESPI: Curso de Aperfeiçoamento em Atenção à Saúde da Mulher no Ciclo Gravídico Puerperal

A Escola de Saúde Pública de Iguatu em cooperação Técnica com a Escola de Saúde Pública do Ceará iniciou no último dia 04 de fevereiro o "Curso de Aperfeiçoamento em Atenção à Saúde da Mulher no Ciclo Gravídico Puerperal para Auxiliares e Técnicos de Enfermagem que atuam em Maternidades da Região Centro Sul".

O objetivo deste curso é contribuir para a redução da mortalidade materna e neonatal como consequencias dos agravos que acometem a saúde da mulher e da criança no ciclo gravídico puerperal, por meio da capacitação da equipe de enfermagem.A previsão para a conclusão deste curso será dia 28 de julho do corrente ano. As aulas são ministradas nos dias de sábado, aqui na ESPI. A turma é composta por trinta alunos, com aulas teóricas e carga horária total de 180 horas.

Novos cursos ainda estão previstos para este ano. Em breve disponibila-se calendário.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Clareamento Dental: Saiba Como Perder o Sorriso Amarelo

"Com o passar dos anos, os nossos dentes vão escurecendo e cada vez mais ficamos com aquele sorriso amarelo. Um problema que tem solução. Com o clareamento dental o paciente pode perder o sorriso amarelo recuperando a cor natural dos dentes."

Introdução

Mais do que uma limpeza profunda dos canalículos do dente, ele pode ser realizado em consultório ou em casa com um gel, normalmente produtos a base de carbamida. O dentista faz uma moldeira que cobre somente a superfície dental com o gel oxidante que penetra no dente e após algum tempo retira toda a sujeira acumulada.

Com o passar dos anos, os nossos dentes vão escurecendo e cada vez mais ficamos com aquele sorriso amarelo. Um problema que agora já tem uma solução – o clareamento dental.

Mais do que uma limpeza profunda dos canalículos do dente, ele pode ser realizado em consultório ou em casa com um gel, normalmente produtos a base de carbamida. O dentista faz uma moldeira que cobre somente a superfície dental com o gel oxidante que penetra no dente e após algum tempo retira toda a sujeira acumulada.

O tempo de permanência da moldeira nos dentes, dependerá de cada caso. Em consultório, usa-se geralmente de 30 a 40 minutos e são realizadas de três a quatro sessões com intervalo de cinco dias. Em casa, utiliza-se durante toda noite e algumas horas durante o dia.

O tratamento dura de sete a dez dias, podendo variar dependendo do grau do escurecimento. A duração do resultado final depende dos hábitos alimentares e de higiene de cada pessoa. Geralmente, o clareamento deve ser feito uma vez por ano. Os dentes podem voltar a escurecer novamente, porém nunca como eram antes do tratamento.

Escurecimento

Vários fatores podem provocar o escurecimento dos dentes. As causas mais comuns são os tratamentos de canal ou endodônticos, a ingestão de alimentos muito corantes como refrigerantes, café, vinho tinto, chocolate, legumes e verduras e ainda, o cigarro.

Os dentes possuem vários canalículos que são prolongamentos do próprio nervo; como eles são vazios, tudo o que você come se acumula neles. Por causa dos corantes, os dentes escurecem gradativamente.

Para amenizar o efeito de produtos corantes nos dentes é preciso evitar a ingestão em excesso de alguns alimentos como o café, chocolate e o refrigerante.

Prefira os produtos naturais aos industrializados e faça uma boa escovação dos dentes logo após as refeições. Além disso, é preciso lembrar que a limpeza é muito importante e deve ser regular, pois através dela se retira o tártaro, a placa bacteriana e as manchas de nicotina do esmalte.

Já o clareamento só faz a limpeza interna dos dentes. A recomendação dos dentistas é que se faça primeiro a limpeza, para que os dentes fiquem em condições de proporcionar um clareamento mais eficaz.

Outro ponto que deve ser lembrado é que o clareamento não funciona nos dentes com restaurações e próteses. Geralmente após o clareamento, é possível que o paciente necessite trocar algumas restaurações estéticas ou próteses que podem ficar mais escuras que os dentes sadios.

Alerta

Como o clareamento dental é um processo químico, os odontologistas não recomendam fazer sem a orientação de um profissional. O uso indiscriminado de produtos vendidos por telefone pode trazer problemas como hipersensibilidade e enfraquecimento dos dentes e ainda danos à gengiva, já que as moldeiras que acompanham os produtos são comerciais (isto é, não são completamente adequadas ao formato de sua arcada dentária).

Os especialistas ratificam que este tipo de tratamento só deve ser feito quando recomendado por um profissional experiente. Para que o tratamento seja seguro e efetivo, é preciso usar somente os produtos indicados pelo seu dentista, que normalmente têm a aprovação da Food and Drug Administration (FDA) e da American Dental Association (ADA).

Por isso, é muito importante respeitar as orientações dos fabricantes e do seu dentista.

Para ter uma durabilidade maior do tratamento, o paciente deve tomar uma série de medidas fundamentais, como evitar fumar durante o tratamento, alimentos e bebidas que provoquem o escurecimento dos dentes; manter uma boa escovação; durante o tratamento; aguardar pelo menos uma hora antes de fazer as refeições e seguir corretamente as orientações do seu dentista.
Fonte: Bibliomed

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Toxina pode aumentar infecções do trato urinário

Pesquisa realizada na Universidade de Utah, nos Estados Unidos, identificou um processo através do qual os tipos mais comuns de bactérias do trato urinário causam a infecção em células da bexiga.

Publicado na revista Cell Host & Microbe, o estudo mostrou que a alfa-hemolisina, uma toxina secretada por muitas cepas de E. coli, pode desempenhar um papel importante e inesperado durante o estabelecimento e persistência das infecções do trato urinário.

A equipe de pesquisa foi coordenada pelo professor associado de patologia Matthew Mulvey, que explica que ele e seus colegas encontraram uma associação entre infecção de células da bexiga por uropathogenic E. coli, bactérias que causam infecções agudas e crônicas no trato urinário, que levou à degradação de uma proteína chamada paxilin, que ajuda na adesão celular.

É justamente a degradação da paxillin, estimulada pela alfa-hemolisina, que causa o aumento da ativação da proteína de degradação pela enzima mesotrypsin. Mulvey ressalta que a alfa-hemolisina em si não age para quebrar a paxillin, mas aumenta a degradação por mesotrypsin.
Fonte: UPI

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Sinusite

"A sinusite é uma doença caracterizada por inflamação dos seios da face. Mas o que é isso? Os seios da face são cavidades ósseas presentes nos ossos da face que possuem várias funções, como auxiliar na formação da voz, aquecimento do ar inspirado e diminuição do peso do crânio."

Introdução

As células que revestem essas cavidades produzem muito muco e possuem cílios que são responsáveis por fazer a limpeza das mesmas, evitando que as secreções acumulem no seu interior. Qualquer fator que altere a drenagem dessas secreções e provoca a inflamação da mucosa, facilitando a ocorrência de infecção, representa um fator predisponente à sinusite.

As sinusites podem ser subdivididas em dois grupos: agudas e crônicas.

Sinusite Aguda

A principal causa da sinusite aguda é a infecção viral associada ao resfriado comum, sendo chamada de rinossinusite viral. Apenas em poucos casos ocorre infecção secundária por bactérias. A rinossinusite viral que não apresenta complicações resolve-se sozinha em um período médio de 7 dias. Da mesma forma, a sinusite bacteriana aguda também cura-se espontaneamente na grande maioria dos casos, em até um mês. Porém, a doença bacteriana está associada a maior incômodo e à ocorrência de complicações, como o desenvolvimento de sinusite crônica.

A sinusite aguda começa subitamente e os seus sintomas incluem congestão nasal, secreção nasal com pus, desconforto dentário na arcada superior, redução da sensação do olfato ("cheiros"), dor na face ou sensação de peso que piora quando o rosto é abaixado. Em alguns indivíduos com doença bacteriana, pode ocorrer o desenvolvimento de inchaço e vermelhidão no rosto. Neles, a febre é bastante comum. Outros sintomas são cansaço, coriza, tosse, dores musculares e perda do apetite. Assim, caso esteja presente qualquer um desses sintomas, o médico deverá ser procurado imediatamente.

Geralmente, o médico faz o diagnóstico apenas pelo quadro clínico, não sendo necessária à realização de exames. O exame de raios-X pode não mostrar alterações em alguns casos da doença. O melhor exame é a tomografia computadorizada, mas é caro e demorado, apresentando por isso limitações na sua solicitação. O exame será pedido para aquelas pessoas com quadros mais graves e nos quais o médico suspeita que a doença esteja se espalhando para outros locais além dos seios da face.

O tratamento da rinossinusite viral é direcionado à melhora dos sintomas, como a congestão nasal, a tosse, a dor de cabeça e o mal-estar. Podem ser usados os antialérgicos associados ou não aos antiinflamatórios e os descongestionantes nasais. Caso após 10 dias os sintomas não tenham desaparecido, indica-se o uso de antibióticos, na suspeita de infecção bacteriana.

Sinusite Crônica

A sinusite crônica é uma doença bastante comum, que afeta de maneira importante à qualidade de vida do indivíduo portador. É definida como uma inflamação da mucosa nasal e dos seios paranasais que dura pelo menos 12 semanas consecutivas.

Os sintomas são basicamente os mesmos da sinusite aguda, embora o cansaço seja mais comum na crônica e a febre e os sintomas de mal-estar sejam mais comuns na aguda. Os sintomas mais comuns de sinusite crônica são a sensação de peso na face, a cefaléia, a congestão nasal e a coriza, com eliminação de secreção nasal para a faringe (sensação de secreção escorrendo na garganta).

O diagnóstico é semelhante ao da aguda, porém o uso da tomografia computadorizada é mais indicado. Os exames de laboratório são desnecessários na grande maioria dos casos. Nos casos mais complicados, o paciente deve ser encaminhado a um otorrinolaringologista.

A alergia nasal é um importante fator predisponente para a sinusite crônica, sendo que existem alguns exames disponíveis que podem ser usados nos pacientes em que o médico suspeitar de rinossinusite alérgica.

O tratamento é feito com o uso de antibióticos, descongestionantes nasais, irrigação nasal (com soro fisiológico, por exemplo) e uso local de esteróides. Em alguns casos, podem ser usados os antialérgicos e os agentes mucolíticos (que ajudam a eliminar as secreções). Caso a obstrução à drenagem da secreção não consiga ser revertida pelo uso desses medicamentos, pode-se indicar a cirurgia.

Recomendações

- Como o mais importante é facilitar a eliminação de secreções, evitando a obstrução da drenagem dos seios da face, recomenda-se que, na vigência de gripes, resfriados e alergias, a ingestão de líquidos seja aumentada (pelo menos 2 litros ao dia). Pode-se também gotejar 2 a 3 gotas de solução salina (soro caseiro) nas narinas, várias vezes ao dia.

- A eliminação dessas secreções pode ser facilitada também pela inalação vapor de água quente, solução salina.

- Evitar locais com ar refrigerado. Esses aparelhos favorecem o ressecamento das mucosas, dificultando a drenagem de secreção, e possibilitam a disseminação de microorganismos.

- Caso detecte algum dos sintomas mencionados, procure um médico imediatamente. O tratamento adequado realizado precocemente evita a ocorrência de complicações e a evolução para sinusite crônica.

- Medidas de controle da alergia também ajudam a evitar o desenvolvimento de sinusite.
Fonte: Bibliomed, Inc.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Medicamentos para o colesterol poderiam ser eficazes no tratamento do câncer de mama

Estatinas, uma classe popular de medicamentos usados para baixar o colesterol, parecem manter o câncer de mama sob controle em alguns pacientes. Agora, pesquisadores da Universidade de Columbia, em artigo publicado na edição de 20 de janeiro da revista Cell, fornecem pistas sobre como as estatinas poderiam produzir os benefícios inesperados. As descobertas também sugerem que as mutações em um único gene poderiam ser usadas para identificar tumores com probabilidade de responder ao tratamento com estatinas.

A pesquisa envolveu o supressor de tumor p53, o qual age para regular muitos aspectos da proliferação celular, geralmente colocando um “freio” no crescimento descontrolado. Mais da metade de todos os cânceres humanos apresentam mutações no gene p53. Muitas destas mutações não simplesmente interrompem a função normal de p53, dotando o p53 com novas funções que promovam, em vez de inibir, a formação de câncer.

Segundo os autores do experimento, ao estudar as células cancerosas cultivadas em um sistema artificial que se assemelha a estruturas tridimensionais no tórax humano, os pesquisadores descobriram que as células carregando o p53 mutante crescem de forma desordenada e invasiva, característica do câncer de mama humano. Quando os pesquisadores baixaram os níveis do p53 mutante, as culturas de células tiveram evolução mais normal.

Quando as células p53 mutantes foram tratados com estatinas, elas pararam o seu crescimento desorganizado invasivo, e, em alguns casos, até mesmo morreram.

Conforme os próprios autores declaram, este é um trabalho ainda experimental, e mais estudos, inclusiveclínicos, seriam necessários para se chegar a uma conclusão definitiva.
Fonte: Bibliomed

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Sol é Bom, Mas Também Pode Fazer Mal

"Todo muito precisa tomar sol, mas exagerar na dose pode fazer muito mal. O sol pode ter efeito benéfico para os ossos como fonte de vitamina D, e ao mesmo tempo, ser um vilão tendo relação direta com a ocorrência de câncer de pele".

Câncer de Pele e Cuidados Durante Exposição ao Sol

O câncer de pele é bastante encontrado em países tropicais, como o Brasil, e os raios solares em horários inadequados podem trazer um risco maior de câncer, especialmente o mais temível deles, o melanoma. O melanoma é relativamente raro, mas é o mais perigoso entre os tipos de câncer de pele.

A seguir, os principais conselhos para você aproveitar a praia ou piscina de maneira correta:

1. Horário. O melhor horário para exposição ao sol vai até às 10 horas (11 horas no horário de verão), ou após as 4 da tarde (5 horas no horário de verão).

2. Bebês até 6 meses não devem se expor ao sol, ficando sempre na sombra.

3. Crianças com mais de 6 meses devem se proteger com chapéu e usar protetor solar com fator de proteção número 15. Não esquecer de reaplicar o protetor solar a cada 2 horas ou após se molhar.

4. Pessoas de pele clara devem ter ainda mais cuidado - o fator de proteção solar usado deve ser maior do que 15.

5. Mesmo nos dias nublados a pele é atingida pelos raios solares - não deixe de usar o filtro solar.

6. Peles mais morenas tem maior resistência ao sol - um filtro solar com fator mais baixo pode ser usado, mas os horários perigosos devem ser evitados, principalmente nas crianças.

7. Outras atividades ao ar livre tornam também necessário o uso do filtro solar, como andar de bicicleta, caminhar, etc.

Informações sobre Filtro Solar

O fator de proteção solar (FPS) - o número que indica o nível de proteção que um produto oferece contra os raios ultravioletas - tem sido muito útil na orientação da população em geral sobre que tipo de protetor solar utilizar.

Entretanto, a maioria das pessoas acredita que o número do fator de proteção indica quanto tempo mais ela pode se expor ao sol para se queimar quando estão usando o protetor solar, além do tempo possível quando não estão protegidas.

Na verdade, o número indica a divisão entre a menor quantidade de raios ultravioleta que torna a pele protegida levemente avermelhada, e a quantidade de radiação necessária para produzir vermelhidão intensa em pele desprotegida.

Esta diferença entre a expectativa de quanto tempo a pessoa pode se expor ao sol, e a realidade pode ser um fator que contribui para a razão do uso de protetores solares estar ligado como fator de risco para o melanoma. Isto significa que a pessoa, por se considerar totalmente protegida, acaba por se descuidar e ficar mais tempo exposta ao sol. Trabalhos científicos têm ainda demonstrado que as pessoas costumam usar muito menor quantidade de protetor solar do que é recomendado pelos fabricantes, e que nem sempre todas as regiões do corpo recebem o produto, sendo algumas áreas esquecidas.
Fonte: Bibliomed, Inc.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

São necessários mais esforços para vacinação em massa contra o HPV

Desenvolvimentos extraordinários ocorreram desde que ferramentas moleculares e epidemiológicas demonstraram que o papilomavírus humano (HPV) causa praticamente todos os cânceres cervicais uterinos, bem como uma proporção de outros tipos de câncer anogenital (vulva, vagina, anus, pênis) e alguns tipos de câncer de orofaringe. Um novo artigo publicado na revista Sexually Transmitted Infections abordou oassunto.

Os estudos mostraram que as vacinas profiláticas contra o HPV visando as duas causas mais comuns de câncer de colo do útero, HPV 16 e 18, são seguras, imunogênicas e eficazes. Onde a cobertura foi entregue à população-alvo adequada, uma redução nas doenças HPV-relacionadas já foi vista. Verrugas genitais não só carregam um fardo financeiro enorme, mas também causam ônus psicossocial substancial e, em pacientes imunocomprometidos, como aqueles com infecção pelo HIV, podem ser recalcitrantes ao tratamento padrão e difíceis de tratar.

Não há atualmente nenhum governo que dê amparo ou subsídio de seguro de saúde para os homens: por conseguinte, apenas uma proporção muito pequena dos homens recebeu a vacina. No entanto, com a alta cobertura em mulheres jovens, de cerca de 70%, uma redução significativa (28%) em verrugas genitais em homens também tem sido vista devido a imunidade de rebanho.

Segundo os autores, se queremos ver uma redução mundial nos cânceres relacionados ao HPV, é imperativo que muitos grupos trabalhem emconjunto para que as nações mais pobres em todo o mundo tenham acesso a essas vacinas para profilaxia do câncer do colo do útero, para reduzir o fardo da doença e para também prevenir as doenças ligadas ao HPV em homens.
Fonte: Sexually Transmitted Infections

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Câncer no Colo do Útero

O Colo Uterino é a porção do útero que se abre na vagina. O câncer neste local pode ser detectado no preventivo (Esfregaço de Papanicolaou) e curado quando diagnosticado precocemente. O exame preventivo de rotina tem diminuído as mortes causadas pelo câncer de colo uterino, mas a doença continua muito comum.

O que sente uma mulher com câncer no colo do útero ?

Pode não haver sintoma algum. Em muitos casos, o câncer é detectado no exame de Papanicolaou antes de produzir qualquer manifestação. Nos casos mais avançados, o sangramento e dor durante a relação sexual são as queixas mais comuns.

O que é Estadiamento ?

As chances de recuperação (prognóstico) e a escolha do tratamento dependem do estágio do câncer e das condições gerais de saúde da paciente. Uma vez diagnosticado o câncer, são realizados outros testes para descobrir se suas células se espalharam por outras partes do corpo. Estes exames fazem parte de um processo que se chama Estadiamento. Para melhor planejar o tratamento, o médico precisa definir o estágio (estadiar) a doença.

Os estágios do câncer de colo uterino são os seguintes:

Estágio 0 ou Carcinoma In Situ: o carcinoma in situ é o câncer em sua fase mais inicial. As células anormais são encontradas apenas na primeira camada de células no revestimento da cérvice e não invadem tecidos mais profundos.
Estágio I: o câncer envolve toda a cérvice mas não se espalhou pelos arredores. No Estágio IA, o câncer é pequeno, visualizado apenas com microscópico, nas camadas mais profundas da cérvice, enquanto que no Estágio IB o tumor possui um volume um pouco maior
Estágio II: o câncer se espalhou para locais vizinhos mas ainda está confinado à pelve. No Estágio IIA, o câncer se espalhou e já atinge os dois terços superiores da vagina. No Estágio IIB, o câncer se espalhou nos tecidos circunjacentes ao colo uterino.
Estágio III: o câncer se espalhou pela pelve, algumas vezes já comprometendo a porção mais inferior da vagina. As células também podem se espalhar, bloqueando os ureteres (tubos que conectam os rins à bexiga).
Estágio IV: o câncer se espalhou para outras partes do corpo. No Estágio IVA, o câncer pode ser encontrado em órgãos próximos, como bexiga ou reto. No Estágio IVB, observa-se acometimento de órgãos mais distantes, como os pulmões.
Recorrente: significa que o câncer voltou após ter sido tratado. Ele pode recorrer na cérvice ou em outros locais.

Quais são os princípios gerais do tratamento desta doença ?

Os tratamentos aplicáveis ao câncer de colo uterino podem ser divididos em três grandes grupos:

Cirurgia: o médico pode utilizar várias abordagens cirúrgicas, como conização (remoção de um fragmento de tecido em forma de cunha, contendo as células cancerosas), excisão eletrocirúrgica em alça (o câncer é retirado com uma alça conectada a uma fonte de corrente elétrica, que serve como um bisturi elétrico), excisão a laser (obedece mais ou menos ao mesmo princípio da alça), histerectomia (cirurgia onde o útero e a cérvice são retirados com o câncer). Se o útero é retirado através da vagina, a cirurgia é chamada Histerectomia Vaginal. Se ele é retirado através de um corte (incisão) no abdome, a cirurgia é chamada Histerectomia Total Abdominal. Em algumas ocasiões, os ovários e as trompas também são removidos – Salpingo-ooferectomia bilateral.

A Histerectomia Radical é uma operação onde a cérvice, o útero e parte da vagina são removidos, juntamente com os linfonodos da área. Nos casos em que o câncer se espalhou para além do colo uterino ou dos órgãos genitais femininos, pode ser necessário retirar parte do intestino grosso, reto ou bexiga.

Radioterapia: consiste na utilização de raios X ou outras radiações de alta energia para matar células cancerosas e diminuir o tamanho dos tumores. A radiação pode vir de uma máquina (radiação externa) ou de materiais radioativos implantados no corpo (radiação interna). A radioterapia pode ser utilizada isoladamente ou associada à cirurgia.

Quimioterapia: utiliza drogas para matar as células cancerosas. A quimioterapia pode ser administrada na forma de comprimidos ou de injeções na veia. Ela é chamada de tratamento sistêmico pois as drogas ganham a corrente sanguínea e viajam pelo corpo todo, matando células cancerosas fora da cérvice.

Como é realizado o tratamento ?

O tratamento a ser utilizado é definido de acordo com o estágio da doença, o tamanho do tumor, a idade da paciente, suas condições gerais de saúde e seu desejo de ter filhos. Em gestantes, o tratamento pode ser retardado dependendo do estágio do câncer e de quantos meses se encontra a gravidez. As opções de tratamento a partir do estágio da doença são as seguintes:

Estágio 0: as opções são Conização (retirada em cunha do local com o câncer), Cirurgia a Laser, Excisão com alça eletrocirúrgica, Criocirurgia, Histerectomia (vaginal ou abdominal total, indicada para mulheres que não podem mais ou não desejam mais engravidar).
Estágio I: no estágio IA, pode-se utilizar Histerectomia total abdominal com ou sem salpingo-ooferectomia bilateral (aconselha-se histerectomia radical nos casos onde existe invasão mais profunda que 3-5 mm), Conização ou Radioterapia interna. No estágio IB, podem ser recomendados Radioterapia interna e externa, Histerectomia radical, Histerectomia radical + radioterapia e quimioterapia ou Radioterapia + quimioterapia.
Estágio II: nas lesões em estágio IIA, o tratamento consiste em Radioterapia interna e externa, Histerectomia radical, Histerectomia radical + radioterapia + quimioterapia ou Radioterapia + quimioterapia. No câncer em estágio IIB, emprega-se Radioterapia interna e externa + quimioterapia.
Estágio III: radioterapia interna e externa + quimioterapia.
Estágio IV: no estágio IVA, radioterapia interna e externa + quimioterapia. No estágio IV B, o tratamento (radioterapia ou quimioterapia) é direcionado para o alívio dos sintomas causados pelo câncer.
Câncer recorrente: radioterapia + quimioterapia ou quimioterapia isoladamente, para aliviar os sintomas causados pelo câncer.
Fonte: Bibliomed, Inc.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

IMUNIZAÇÃO: Saúde amplia faixa etária para vacinação de Hepatite B

A partir deste ano, pessoas com até 29 anos poderão se vacinar contra essa doença que em 70% dos casos não apresentam os sintomas, mas pode se tornar crônica

O Ministério da Saúde amplia a partir desse ano a faixa etária para vacinação contra a hepatite B. No ano passado, a idade limite para vacinação passou de 19 para 24 anos. Em 2012, o público-alvo será ampliado para pessoas de até 29 anos. A medida vale a partir deste mês. Para isso, em 2011, o Ministério da Saúde ampliou em 163% o quantitativo de vacinas compradas para a hepatite B – 83,2 milhões.

O SUS oferece a vacina para hepatite B para grupos mais vulneráveis, independentes de faixa etária, como gestantes, manicures, pedicures, podólogos, caminhoneiros, bombeiros, policiais civis, militares e rodoviários, doadores de sangue e coletores de lixo domiciliar e hospitalar. A utilização da vacina previne hepatite B, possibilitando eliminá-la como problema de saúde pública.

Em 2009, foram confirmados 14.601 casos da doença, totalizando 94.044 casos acumulados entre 1999 e 2009. De acordo com critérios da Organização Mundial da Saúde (OMS), a frequência de casos encontrados da hepatite B pode ser considerada baixa no Brasil.

Segundo o Inquérito Nacional de Hepatites Virais, finalizado em 2010, os dados mostram que, no conjunto das capitais brasileiras e no Distrito Federal, o percentual da população entre 20 a 69 anos que tem ou já teve hepatite (prevalência) foi de 0,6 % para o vírus B. Mais de 26 mil pessoas participaram da pesquisa – 6.468 fizeram teste para hepatite A e 19.634 realizaram exames para detectar os vírus B e C. Como a população residente no conjunto das capitais representa 23,8% da população total do país – mais de 45 milhões de habitantes - o estudo é um retrato aproximado da prevalência das hepatites virais no Brasil. A estimativa de prevalência a partir do estudo para a população brasileira geral é de 800 mil pelo vírus B.

A Hepatite B é uma infecção do fígado que nem sempre apresenta sintomas e pode tornar-se crônica. Cerca de 70% dos adultos expostos ao vírus da hepatite B não apresentam sintomas. Somente 30% apresentam os sintomas da forma aguda. Dos adultos infectados cerca de 5% a 10% terão hepatite B crônica, daí a importância da extensão da faixa etária dessa vacina no SUS. A transmissão pode ocorrer pela relação sexual desprotegida, pelo compartilhamento de objetos contaminados como: lâminas de barbear e de depilar, escovas de dente, alicates de unha, materiais para colocação de piercing e tatuagens, instrumentos para uso de drogas, acidentes com exposição a material biológico e procedimentos cirúrgicos, odontológicos e de hemodiálise, em que não se aplicam as normas adequadas de biossegurança.
Fonte: Portal da Saude/MS

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Exposição à fumaça do tabaco tem consequências significativas para as crianças e famílias

A exposição involuntária à fumaça de tabaco causa substancial morbidade em crianças. Pesquisadores do Tobacco Research and Treatment Center testaram se crianças expostas à fumaça do tabaco em casa têm maior absenteísmo escolar.

Foram analisados dados sobre saúde e absenteísmo em escolares de 6 a 11 anos. As crianças que vivem com 1 ou = 2 adultos que fumavam em casa tiveram 1,06 e 1,54 mais dias de absenteísmo escolar por ano, respectivamente , do que crianças que vivem com nenhum fumante em casa. Viver com = 2 adultos que fumavam em casa foi associado com um aumento de notificações de ter 3 ou mais infecções de ouvido nos últimos 12 meses e resfriado nas 2 semanas antes da entrevista, mas não com ter vômito / diarreia nas últimas duas semanas

Chegou-se à conclusão que a exposição à fumaça do tabaco tem consequências significativas para as crianças e famílias e além da morbidade infantil, inclui desvantagem acadêmica e encargos financeiros. O novo estudo foi publicado na revista Pediatrics.
Fonte: Pediatrics
Web Analytics