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terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Assaduras em bebês

A dermatite das fraldas ou assadura é a dermatite mais comum da infância, com prevalência de até 35% nos primeiros 2 anos de vida, triplicando em bebês com diarréia. Bebês em fase de aleitamento apresentam uma incidência ligeiramente menor, possivelmente devido à natureza menos ácida de sua urina e fezes. Alguns estudos calculam que a dermatite das fraldas seja responsável por cerca de 20% das consultas ao Pediatra".

Introdução

O termo dermatite das fraldas (DF) é utilizado para descrever diversas alterações inflamatórias da pele que podem ocorrer na área coberta pelas fraldas. As assaduras se caracterizam por vermelhidões nas nádegas, coxas e região genital do bebê e já tiraram o sono de muitas mães. Podem se relacionar direta ou indiretamente às fraldas em si, alergia ao sabão usado para lava -las, sapinho (ou miliária), ou infecção bacteriana da pele.
Em boa parte das crianças, não é possível determinar a exata etiologia das assaduras. A alteração pode resultar de uma combinação de fatores que têm inicio com a exposição prolongada às secreções (fezes e urina) contidas nas fraldas.

Exame da criança

O diagnóstico é essencialmente clínico. É importante registrar o início, a duração e os sintomas associados às assaduras. Antecedentes recentes como diarréia e uso de antibióticos assim como o tipo de fralda mais utilizado, também devem ser pesquisados.

A assadura comum, a miliária (aparece quando o bebê é agasalhado em excesso) e o intertrigo (ocorre quando as dobrinhas do bebê não são secas com cuidado, desenvolvendo uma irritação local, principalmente em pescoço, dobras de braços e dobras das coxas) em geral ocorrem após um episódio de diarréia e são exacerbados pelo uso de sabonetes. As margens da vermelhidão são pouco definidas. Algumas crianças podem apresentar elevações da pele e até mesmo bolhas superficiais. O quadro em geral desaparece cerca de 3 dias após o início de cuidados higiênicos mais diligentes.

Deve-se suspeitar de dermatite por Candida ou monilíase (conhecido popularmente como sapinho, que também pode acometer os genitais) naqueles pacientes cuja vermelhidão dura mais de 3 dias, apesar dos cuidados apropriados. Além disso, o rash da Candida é mais doloroso, provocando choro quando a criança urina, defeca e à troca das fraldas. Em alguns pacientes, existe relato de antibioticoterapia prévia recente. A assadura, embora irrite muito a pele e deixe toda a região avermelhada, é facilmente distinguível, para o médico, da monilíase, já que está última também apresenta lesões chamadas de "satélites" que são pontinhos separadas da grande região avermelhada central.

Quando concomitantemente o bebê apresenta sapinho na mucosa da boca, torna-se mais fácil o diagnóstico de monilíase, já que estes dois tipos de acometimento geralmente aparecem associados.

A assadura, secundária à infecção bacteriana, costuma estar associada à febre, drenagem purulenta e ínguas. É pouco freqüente e se instala sempre depois de um quadro muito prolongado de assadura, sem nenhum tratamento e também naquelas crianças que têm baixa de resistência

A dermatite atópica costuma apresentar coceira intensa. Ao exame físico, observa-se lesão avermelhada e de limites pouco definidos. A pele pode ser apresentar muito ressecada nos casos mais crônicos.

O diagnóstico clínico de escabiose ou sarna, freqüentemente não representa um desafio. As lesões vesiculares típicas possuem inicio abrupto, coçam muito e em geral existe uma história de contato com pessoas contaminadas.

Tratamento

Inicialmente deve-se intensificar os cuidados higiênicos (p.ex: aumentar a freqüência da troca de fraldas, manter a região o mais seca possível, preferir fraldas descartáveis superabsorventes e mais folgadas, deixar a região descoberta e exposta o máximo de tempo possível ao longo do dia, etc).

Outro cuidado recomendado é com a lavagem das roupas do bebê, que devem ser enxaguadas diversas vezes para não deixar nada de sabão. O sabão preferido para fraldas e roupas é o sabão de coco, por ser mais neutro. Amaciantes podem ser usados em pequena quantidade, se tiverem pouco perfume e o bebê não apresentar alergia a eles.

Para minimizar o contato da urina e das fezes com a pele, podem ser empregados cremes de barreira (p.ex: pasta de óxido de zinco, aplicada no local pelo menos 4 vezes ao dia). Em alguns poucos casos, pode-se empregar cremes à base de corticóides, mas nunca por mais de duas semanas e sempre com indicação médica.

Havendo suspeita de candidíase, indica-se pomadas à base de nistatina, miconazol ou cetoconazol. Estas pomadas devem ser aplicadas na área de dermatite, a cada troca de fraldas. Caso o bebê apresente também sapinho na boca, este deve ser concomitantemente tratado com nistatina ou outros antifúngicos locais.

Para infecções bacterianas leves, indica-se agentes tópicos (p.ex: bacitracina). Infecções mais severas podem ser tratados com antibióticos de amplo espectro

Conclusão

A dermatite das fraldas em geral é fácil de ser diagnosticada e tratada, mas deve-se sempre ter em mente alguns diagnósticos diferenciais importantes para não incorrer em equívocos. A maioria dos casos resolve completamente após alguns dias, com a melhora da higiene local. A candidíase pode consumir várias semanas de tratamento, para observar algum progresso nos pacientes com candidíase.
Fonte: Bibliomed

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Obesos sentem mais dor

Um novo estudo pode indicar mais um efeito negativo para a obesidade. Pesquisadores acompanharam mais de um milhão de pessoas e descobriram que quem está acima do peso tem sensações mais intensas de dor.

O estudo avaliou os participantes de acordo com seus índices de massa corporal, dividindo-os em grupos: peso normal, sobre preso e três grupos de diferentes níveis de obesidade.

Quando comparados aos participantes de peso normal, pessoas com sobrepeso tinham chances 20% maiores de reportarem terem sentido dores no dia anterior, sendo que obesos de nível um tinham chances 68% maiores, de nível dois 136% e de nível três 254%.

Os pesquisadores observaram condições crônicas que poderiam causar dores aos participantes, mas elas não foram as únicas responsáveis pela relação estabelecida no estudo entre obesidade e dor. De acordo com os pesquisadores, a obesidade pode causar processos fisiológicos que resultem em inflamações, causando dor. Outra possibilidade é a depressão, uma doença que também é associada à dor.

“Nossos resultados confirmam e estendem estudos anteriores (feitos) sobre a ligação entre obesidade e dor”, diz o pesquisador Arthur Stone.

O estudo foi publicado online na edição de janeiro do periódico Obesity.
Fonte: Live Science

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

ESPI: Curso de Aperfeiçoamento em Atenção à Saúde da Mulher no Ciclo Gravídico Puerperal

A Escola de Saúde Pública de Iguatu em cooperação Técnica com a Escola de Saúde Pública do Ceará iniciou no último dia 04 de fevereiro o "Curso de Aperfeiçoamento em Atenção à Saúde da Mulher no Ciclo Gravídico Puerperal para Auxiliares e Técnicos de Enfermagem que atuam em Maternidades da Região Centro Sul".

O objetivo deste curso é contribuir para a redução da mortalidade materna e neonatal como consequencias dos agravos que acometem a saúde da mulher e da criança no ciclo gravídico puerperal, por meio da capacitação da equipe de enfermagem.A previsão para a conclusão deste curso será dia 28 de julho do corrente ano. As aulas são ministradas nos dias de sábado, aqui na ESPI. A turma é composta por trinta alunos, com aulas teóricas e carga horária total de 180 horas.

Novos cursos ainda estão previstos para este ano. Em breve disponibila-se calendário.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Clareamento Dental: Saiba Como Perder o Sorriso Amarelo

"Com o passar dos anos, os nossos dentes vão escurecendo e cada vez mais ficamos com aquele sorriso amarelo. Um problema que tem solução. Com o clareamento dental o paciente pode perder o sorriso amarelo recuperando a cor natural dos dentes."

Introdução

Mais do que uma limpeza profunda dos canalículos do dente, ele pode ser realizado em consultório ou em casa com um gel, normalmente produtos a base de carbamida. O dentista faz uma moldeira que cobre somente a superfície dental com o gel oxidante que penetra no dente e após algum tempo retira toda a sujeira acumulada.

Com o passar dos anos, os nossos dentes vão escurecendo e cada vez mais ficamos com aquele sorriso amarelo. Um problema que agora já tem uma solução – o clareamento dental.

Mais do que uma limpeza profunda dos canalículos do dente, ele pode ser realizado em consultório ou em casa com um gel, normalmente produtos a base de carbamida. O dentista faz uma moldeira que cobre somente a superfície dental com o gel oxidante que penetra no dente e após algum tempo retira toda a sujeira acumulada.

O tempo de permanência da moldeira nos dentes, dependerá de cada caso. Em consultório, usa-se geralmente de 30 a 40 minutos e são realizadas de três a quatro sessões com intervalo de cinco dias. Em casa, utiliza-se durante toda noite e algumas horas durante o dia.

O tratamento dura de sete a dez dias, podendo variar dependendo do grau do escurecimento. A duração do resultado final depende dos hábitos alimentares e de higiene de cada pessoa. Geralmente, o clareamento deve ser feito uma vez por ano. Os dentes podem voltar a escurecer novamente, porém nunca como eram antes do tratamento.

Escurecimento

Vários fatores podem provocar o escurecimento dos dentes. As causas mais comuns são os tratamentos de canal ou endodônticos, a ingestão de alimentos muito corantes como refrigerantes, café, vinho tinto, chocolate, legumes e verduras e ainda, o cigarro.

Os dentes possuem vários canalículos que são prolongamentos do próprio nervo; como eles são vazios, tudo o que você come se acumula neles. Por causa dos corantes, os dentes escurecem gradativamente.

Para amenizar o efeito de produtos corantes nos dentes é preciso evitar a ingestão em excesso de alguns alimentos como o café, chocolate e o refrigerante.

Prefira os produtos naturais aos industrializados e faça uma boa escovação dos dentes logo após as refeições. Além disso, é preciso lembrar que a limpeza é muito importante e deve ser regular, pois através dela se retira o tártaro, a placa bacteriana e as manchas de nicotina do esmalte.

Já o clareamento só faz a limpeza interna dos dentes. A recomendação dos dentistas é que se faça primeiro a limpeza, para que os dentes fiquem em condições de proporcionar um clareamento mais eficaz.

Outro ponto que deve ser lembrado é que o clareamento não funciona nos dentes com restaurações e próteses. Geralmente após o clareamento, é possível que o paciente necessite trocar algumas restaurações estéticas ou próteses que podem ficar mais escuras que os dentes sadios.

Alerta

Como o clareamento dental é um processo químico, os odontologistas não recomendam fazer sem a orientação de um profissional. O uso indiscriminado de produtos vendidos por telefone pode trazer problemas como hipersensibilidade e enfraquecimento dos dentes e ainda danos à gengiva, já que as moldeiras que acompanham os produtos são comerciais (isto é, não são completamente adequadas ao formato de sua arcada dentária).

Os especialistas ratificam que este tipo de tratamento só deve ser feito quando recomendado por um profissional experiente. Para que o tratamento seja seguro e efetivo, é preciso usar somente os produtos indicados pelo seu dentista, que normalmente têm a aprovação da Food and Drug Administration (FDA) e da American Dental Association (ADA).

Por isso, é muito importante respeitar as orientações dos fabricantes e do seu dentista.

Para ter uma durabilidade maior do tratamento, o paciente deve tomar uma série de medidas fundamentais, como evitar fumar durante o tratamento, alimentos e bebidas que provoquem o escurecimento dos dentes; manter uma boa escovação; durante o tratamento; aguardar pelo menos uma hora antes de fazer as refeições e seguir corretamente as orientações do seu dentista.
Fonte: Bibliomed

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Toxina pode aumentar infecções do trato urinário

Pesquisa realizada na Universidade de Utah, nos Estados Unidos, identificou um processo através do qual os tipos mais comuns de bactérias do trato urinário causam a infecção em células da bexiga.

Publicado na revista Cell Host & Microbe, o estudo mostrou que a alfa-hemolisina, uma toxina secretada por muitas cepas de E. coli, pode desempenhar um papel importante e inesperado durante o estabelecimento e persistência das infecções do trato urinário.

A equipe de pesquisa foi coordenada pelo professor associado de patologia Matthew Mulvey, que explica que ele e seus colegas encontraram uma associação entre infecção de células da bexiga por uropathogenic E. coli, bactérias que causam infecções agudas e crônicas no trato urinário, que levou à degradação de uma proteína chamada paxilin, que ajuda na adesão celular.

É justamente a degradação da paxillin, estimulada pela alfa-hemolisina, que causa o aumento da ativação da proteína de degradação pela enzima mesotrypsin. Mulvey ressalta que a alfa-hemolisina em si não age para quebrar a paxillin, mas aumenta a degradação por mesotrypsin.
Fonte: UPI
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