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quarta-feira, 28 de março de 2012

Alergia a Mofo

Os fungos são um dos alérgenos mais comuns e podem causar diversas doenças em seres humanos – especialmente no aparelho respiratório.

Alguns tipos de fungos, como a Alternaria e o Cladosporium, são comuns ao ar livre, especialmente no outono, quanto o material em decomposição das folhas oferece um excelente meio de proliferação. Em ambientes fechados, predominam os fungos da espécie Aspergillus e Penicillium.

Quais são os sintomas da alergia a mofo?

A alergia a mofo pode se manifestar de 4 maneiras: como um quadro de rinite ou conjuntivite alérgica, como uma crise asma, como sinusite ou na forma de uma micose nos brônquios.

Rinite e Conjuntivite Alérgica

Uma vez que os fungos podem crescer em ambientes fechados (p.ex.: dentro de casa), muitas crianças são expostas a estes alérgenos desde o nascimento.

Ainda não está claro a partir de que idade se desenvolve a alergia ao mofo, mas estima-se que este problema seja a causa de 40% dos casos de rinite alérgica em crianças.

Os principais sintomas da rinite alérgica incluem coriza, sensação de coceira no nariz e nos olhos, espirros, dores de cabeça, desânimo, congestão nasal e tosse.

Os sintomas costumam ser mais severos nas estações mais úmidas e quentes do ano, mas alguns fungos apresentam alta prevalência durante todo o ano.

Não é raro observar crianças que sofrem alergia a mofo e que desenvolvem problemas nas adenóides ou infecções respiratórias recorrentes, como sinusites e otites.

Asma

Os sintomas da asma causada por alergia a mofo se assemelham aos sintomas da asma comum e incluem tosse, chieira e falta de ar. Estas manifestações podem se instalar rápida ou lentamente.

Micose Broncopulmonar Alérgica (MBA)

Esta forma de alergia a mofo se parece com uma pneumonia comum, com tosse com expectoração, falta de ar, chieira, febre baixa (menor que 38.5ºC), dores no corpo e falta de ânimo.

Sinusite Fúngica

A sinusite causada por fungo é mais comum em áreas de clima quente e úmido. Os sintomas incluem dor na face ou na cabeça, sensação de congestão nasal, redução da capacidade olfatória, coriza purulenta, tosse, queimação na garganta, hálito ruim e falta de ânimo.

Que outras doenças podem simular uma alergia a mofo?

Se você leu atentamente o que foi descrito até aqui, pôde perceber que a alergia a mofo possui sintomas pouco específicos e que podem ser relacionados a uma ampla variedade de doenças.

Havendo suspeita de alergia a mofo, seu médico poderá solicitar alguns exames para avaliar a possibilidade de você estar sofrendo de algum outro distúrbio, e não de alergia a mofo.

As principais doenças que podem produzir manifestações semelhantes à alergia a mofo incluem:

Síndromes aspirativas
Asma
Bronquiolite
Bronquite aguda ou crônica
Fibrose Cística
Refluxo gastroesofágico
Pólipos nasais
Infecções virais
Tabagismo passivo
Pneumonia bacteriana
Enfisema Pulmonar
Sarcoidose
Tuberculose
Câncer pulmonar

É preciso realizar algum tipo de exame?

A principal ferramenta para detectar a alergia ao mofo é o exame clínico realizado pelo seu médico. Para complementar este exame, o médico poderá solicitar um Teste Cutâneo com Alérgenos Fúngicos, que consiste em pequenas punções na pele para administração de reagentes fúngicos.

Outros exames, tais como exames de sangue, radiografias, tomografias, rinoscopia, broncoscopia, etc, poderão ser solicitados de acordo com a necessidade.

Como é feito o tratamento?

O mais importante é a educação: o sucesso do tratamento dependerá da compreensão da natureza (quase sempre crônica) da doença e mudança em certos hábitos.

Dependendo da intensidade dos sintomas, pode, ser empregados antihistamínicos e descongestionantes.

Em pessoas com asma alérgica, bombinhas de broncodilatadores, sprays de corticosteróides e outros medicamentos teofilina podem ser indicados.

O que você pode fazer para ajudar?

Além das recomendações do seu médico, existem algumas medidas que você pode tomar por conta própria para reduzir o risco ou os sintomas da alergia a mofo:

- Mantenha a casa seca, arejada e livre de cigarros.

- Conserte vazamentos hidráulicos, evitando a proliferação de fungos.

- Se possível, elimine áreas de vegetação densa em torno da casa.

- O Aspergillus prolifera na matéria em decomposição (p.ex: grama cortada, cercas de madeira, terra de plantas domésticas, folhas caídas, fezes de passarinhos, etc). Mantenha os ambientes livres desse tipo de material.

- Oriente a criança a não brincar com folhas secas, sofás de tecido e tapetes.

- Faça a manutenção preventiva de aparelhos de ar-condicionado (inclusive do seu automóvel), umidificadores e vaporizadores segundo as orientações do fabricante.

- Remover o mofo das superfícies visíveis (p.ex.: banheiro) utilizando agentes fungicidas.
- Remover o mofo das superfícies visíveis (p.ex.: banheiro)
Fonte: Bibliomed

quinta-feira, 15 de março de 2012

Poucos suplementos alimentares funcionam para emagrecer

Pesquisa da Universidade de Oregon, nos Estados Unidos, analisou evidencias cientificas sobre os suplementos alimentares para a perda de peso, e concluíram que a grande maioria deles não funciona.

A pesquisadora Melinda Manore realizou uma revisão de dados experimentais de centenas de suplementos para perda e peso, e os resultados mostraram que não existem evidencias científicas de que qualquer um deles tomado sozinho leve a uma perda de peso significativa. A pesquisa apontou, ainda, que alguns deles podem causar danos à saúde.

Isso não quer dizer que se deve abolir os suplementos, mas, como o próprio nome já diz, eles devem complementar o programa de perda de peso, e não ser apenas o foco desse. Alguns produtos, como o chá verde, as fibras e os suplementos lácteos debaixo teor de gordura, podem levar a uma perda de peso modesta, cerca de dois quilos.

O mais importante é ter em mente que os testes aos quais esses produtos foram submetidos envolvia uma dieta hipocalórica. "Para a maioria das pessoas, a menos que você altere a sua dieta e faça exercícios diariamente, nenhum suplemento terá um grande impacto", disse Manore.

Manore estudou quatro categorias de suplementos: os produtos que bloqueiam a absorção de gordura ou carboidratos (como a quitosana); os estimulantes (que aumentam o metabolismo, como a cafeína e a efedrina); os que alteram a composição corporal diminuindo a gordura (como aqueles a base de ácido linoléico conjugado); e os supressores de apetite (como as fibras solúveis).

Os dados mostraram que alguns desses produtos nunca foram submetidos a ensaios clínicos que examinassem sua eficácia, e aqueles que foram testados levaram a uma perda de peso de menos de 900 gramas em comparação com os grupos que receberam placebos.

“Não existe fórmula milagrosa para perder peso. A combinação atividade física e dieta balanceada é o que funciona. Adicionar fibras, proteínas, cálcio e beber chá verde pode ajudar, mas nenhum deles terá muito efeito a menos que você se exercite e coma frutas e legumes”, finaliza Manore.
Fonte: Diário da Saúde

segunda-feira, 12 de março de 2012

Disfunção Erétil

O que é?

Disfunção erétil é o termo médico para definir a incapacidade de obter uma ereção com rigidez suficiente para a penetração e/ou mantê-la por um período de tempo adequado para a satisfação de ambos os parceiros no ato sexual. É importante entender que ela pode ocorrer mesmo com desejo e orgasmo (ejaculação) presentes.

A disfunção erétil (DE) afeta cerca de dois terços dos homens após os 50 anos de idade, correspondendo entre 10 a 20 milhões de brasileiros.

A maioria dos homens, em algum momento de suas vidas, já experimentou episódios de disfunção erétil, geralmente decorrentes de cansaço, stress ou abuso de álcool. Falhas ocasionais não devem ser supervalorizadas. Porém, se o problema persistir, um urologista deve ser procurado.

Causas

A capacidade de ereção é apenas um dos vários aspectos da função sexual masculina. O ciclo de resposta sexual do homem possui quatro fases principais o desejo, a ereção, o orgasmo e o relaxamento. Cada uma delas pode sofrer alterações distintas.

As causas da DE são divididas em orgânicas, psicogênicas e mistas, podendo ser encontradas com fatores combinados. Problemas orgânicos, como diabetes, câncer, arteriosclerose e lesões neurológicas podem freqüentemente levar a complicações de ordem psicológica, por exemplo. Ela pode ainda ser secundária, e aparecer como a primeira manifestação de diversos distúrbios como hipertensão arterial, diabetes, doenças cardiovasculares e insuficiência renal.

A DE de origem psicológica pode se manifestar de várias maneiras, como ejaculação precoce ou retardada, dor ao ejacular e a própria impotência. Pode haver ainda perda da libido (desejo sexual), falta de orgasmo e fobias (medos) sexuais; tudo isso por ansiedade, depressão ou culpa. Um indivíduo que tem uma experiência desagradável, como a perda da ereção ao fazer sexo ou uma ejaculação muito precoce, tende a, na próxima relação, relembrar tais "fracassos", tornando-se ansioso. Isso propicia a uma nova falha, criando um círculo vicioso.

As causas orgânicas são subdivididas de acordo com a etiologia. As vasculogênicas são as mais prevalentes, especialmente as alterações de fluxo arterial, arteriosclerose e trauma (levando a lesões nos vasos sanguíneos). Anormalidades do fluxo venoso são menos comuns. As causas neurogênicas são a neuropatia diabética, esclerose múltipla, abuso de álcool, trauma medular e lesão de nervos por prostatectomia radical (cirurgia de retirada da próstata). Já as causas hormonais são o hipoandrogenismo primário ou secundário (distúrbios dos hormônios masculinos).

A DE pode ocorrer ainda, por uso e abuso de drogas como maconha, álcool, heroína, cocaína, barbitúricos, antidepressivos.

Distúrbios associados

A DE apresenta vários fatores de risco como: idade avançada; diabetes; hipertensão arterial; doenças vasculares periféricas; doenças neurológicas; doenças endócrinas; traumatismos da medula espinhal; cirurgias pélvicas radicais; radioterapia; alcoolismo; tabagismo; consumo de maconha e/ou cocaína; uso de anti-hipertensivos, tranqüilizantes e psicotrópicos; problemas de relacionamento com a parceira; stress; ansiedade e medo de falhar; depressão; personalidade obsessivo-compulsiva; desvios sexuais.

Diagnóstico

Os objetivos da avaliação inicial do paciente são determinar a causa provável da DE e identificar fatores orgânicos ou psicológicos associados que possam influenciar a conduta terapêutica.

A entrevista médica detalhada é o fator mais importante na avaliação do paciente com este problema. A anamnese deve identificar a duração, progressão e gravidade da DE, bem como fatores associados.

Uma vez identificado um problema no desempenho sexual do paciente, o passo seguinte é diferenciá-la de outros problemas sexuais, tais como perda da libido e distúrbios ejaculatórios.

O exame físico visa avaliar a saúde do paciente, com particular atenção aos sistemas cardiovascular, neurológico e geniturinário, devido à sua contribuição na ereção. A avaliação neurológica deve incluir uma percepção do estado de ansiedade ou depressão do paciente. Já a avaliação genital é direcionada para detecção de anormalidades locais.

Alguns exames laboratoriais são básicos para identificar distúrbios que podem resultar em DE.

Tratamento

Nos casos de DE psicogênica, a psicoterapia é indicada. Vários fatores devem ser avaliados pelo urologista e se possível, por especialista na área de psicologia ou psiquiatria. Fatores como problemas físicos, psiquiátricos, psicológicos, relacionamento conflituoso com a parceira e inadequação sexual devem ser abordados com o casal.

Injeções penianas foram o primeiro método eficiente e objetivo, com pouco ou nenhum efeito colateral, com melhora significante da ereção, mesmo nas DE graves e orgânicas. Tinham como principal complicação, as ereções dolorosas. Apresentavam também a desvantagem de limitação do tempo das ereções e limitação de freqüência das aplicações (3 vezes por semana). Este método tende a ser abandonado com o avanço da tecnologia.

Com o avanço do tratamento, alguns medicamentos orais encontram-se disponíveis no mercado. São eles:

- Viagra (Sildenafil), do laboratório Pfizer: age no pênis, relaxando a musculatura e aumentando o aporte de sangue para a região. Eficiente em casos de impotência parcial, propiciando ereção de 40 a 60 minutos depois da ingestão do medicamento, com estimulação do pênis. Seu efeito pode durar até seis horas.Tem como reações colaterais dores de cabeça, congestão nasal, dispepsia e rubor facial. Pacientes cardíacos, principalmente em tratamento com drogas à base de nitratos (Sustrate, Monocordil, Isordil, Nitradisc, Nitroderm TTS, Isocord, Isossorbida, Tridil) não podem tomar este medicamento.

- Uprima (Apomorfina), do laboratório Abbott: age no sistema nervoso central, facilitando a condução dos estímulos sexuais do cérebro até o pênis. Gera ereção 10 a 20 minutos depois da administração oral sublingual. Pode causar dor de cabeça, náuseas, tonteiras, desmaio e rubor facial, mas pode ser utilizado por pacientes cardíacos.

- Cialis (Tadalafila), fabricado pelo laboratório Eli Lilly: age diretamente no pênis, inibindo a enzima fosfodiesterase. Leva à ereção em 30 minutos, e a mantém por até 36 horas. Pode provocar dor de cabeça, intolerância gástrica, congestão nasal, dor nas costas, dor muscular, tonteira e rubor facial. Assim como o Viagra, não pode ser utilizado por cardíacos em uso de nitratos.

- Levitra (Vardenafil), da Bayer e Glaxo: também atua direta e seletivamente no pênis, inibindo a enzima fosfodiesterase, com menos efeitos colaterais (dor de cabeça, rubor facial e coriza). Leva à ereção em 15 minutos, e a mantém por até 8 horas. Assim como o Viagra e o Cialis, não pode ser utilizado por cardíacos em uso de nitratos. Uma das principais vantagens é o preço mais acessível e o fato de ser comercializado em embalagens unitárias.

Apesar dos tratamentos medicamentosos citados, alguns pacientes podem não se adaptar e necessitar de tratamento com dispositivos mecânicos, como dispositivos de ereção a vácuo ou próteses penianas infláveis ou maleáveis. Outros podem necessitar de cirurgia vascular para reparar as artérias que abastecem o pênis de sangue, em casos específicos.

Como a disfunção erétil pode ter várias causas, tem vários tratamentos que agem por diferentes mecanismos, com contra-indicações específicas, um urologista deve ser sempre consultado.

Fonte: Bibliomed, Inc.
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