sexta-feira, 29 de julho de 2011
Sábado, 30, Secretaria da Saúde do Estado vacina contra hepatite e sarampo
Dados da Coordenadoria de Promoção e Proteção da Sesa mostram os benefícios da vacinação e que prevenir é mesmo melhor do que remediar. O tratamento da hepatite B crônica com o medicamento interferon peguilato durante 12 meses, sem considerar conta de hospital, outros medicamentos e salários dos profissionais de saúde, chega a custar, mensalmente, R$ 1.200,00, enquanto que uma dose da vacina não passa de R$ 27,00. A mesma conta vale para a prevenção de outras doenças, como a aids. Os medicamentos antirretrovirais para pacientes com HIV custam R$ 1.100,00 por mês, enquanto que 365 preservativos – um para cada dia do ano – custam R$ 16,00 nas compras em escala.
Os custos de vacinas contra sarampo, rubéula e caxumba (tríplice viral), difteria, tétano e coqueluche (DTP), poliomielite e várias outras ofertadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) custam centenas de vezes menos que o tratamento e recuperação de crianças e adultos acometidos por essas doenças por não se vacinar. As campanhas de vacinação protegem a população, evitando o adoecimento e prevenindo mortes. Junto com a análise da Sesa, essa situação reforça o conhecimento popular, com a conclusão de que prevenir é melhor e mais barato que remediar.
Dia D
A campanha de seguimento contra o sarampo do Ministério da Saúde estabelece como meta a cobertura de 95% das crianças de um ano a menores de sete anos. Até a manhã desta quinta-feira, 28 de julho, o Ceará registrava cobertura de 85,78%, com 678.849 doses aplicadas. Na faixa etária alvo da campanha, a população no Estado é de 791.360 crianças. Participarão do Dia D, no sábado, 19 municípios com menores índices de cobertura. Em todo o Estado, 142 municípios já cumpriram a meta de imunização.
A meta de cobertura de 95% também é estabelecida pelo Ministério da Saúde para a imunização contra hepatite B. No Ceará, a população na faixa etária de até 24 anos é de 3,8 milhões de pessoas. Em 2010, a cobertura foi de 65% para o esquema completo de três doses da vacina. O Ceará confirmou 184 casos de hepatite B em 2007, 187 casos em 2008 e 196 em 2009. O tratamento da doença é realizado pelo Hospital São José de Doenças Infecciosas (HSJ), Hospital Geral de Fortaleza (HGF), unidades da Secretaria da Saúde do Estado, e pelo Hospital Universitário Walter Cantídio. Nesse hospital, de 2002 até o dia 21 de julho deste ano foram realizados 219 transplantes de fígado em pacientes de hepatite B e C que evoluiu para cirrose hepática.
A Organização Mundial de Saúde estima que cerca de dois bilhões de pessoas já tiveram contato com o vírus da hepatite B. No mundo, são cerca de 325 milhões de portadores crônicos da hepatite B e 170 milhões da hepatite C. No Brasil, o Ministério da Saúde estima que pelo menos 70% da população já teve contato com o vírus da hepatite A e 15% com o vírus da hepatite B. Os casos crônicos de hepatite B e C devem corresponder a cerca de 1,0% e 1,5% da população brasileira, respectivamente.
As hepatites B e C são doenças virais caracterizadas pela inflamação no fígado e causadas pelo vírus da hepatite B (VHB) e o vírus da hepatite C (VHC). Ambas ocorrem como infecções que podem ou não apresentar sintomas. Os vírus das hepatites B e C são transmitidos por via sexual, transfusão de sangue, hemodiálise, transmissão vertical (mãe-filho), seringas ou aparelhos perfurocortantes contaminados, como equipamentos odontológicos e materiais utilizados para tatuagem e piercing. Lâminas de barbear e de manicure e pedicure estão entre os materiais que necessitam ter seu uso individualizado.
Sesa abre Semana do Aleitamento Materno e lança Caderneta da Gestante
O leite materno é um dos principais responsáveis pela redução da mortalidade infantil no Ceará. Indicadores da Sesa revelam que na proporção em que o índice de aleitamento aumenta cai a Taxa de Mortalidade Infantil. Em 1999 o índice de aleitamento no Estado era de 55,6% e em 2009 subiu para 71,1%. Isso significa que de cada 100 crianças com até quatro meses de vida 76 são alimentadas somente do leite materno. Nesse mesmo período, de 99 a 2009, a Taxa de Mortalidade Infantil foi reduzida de 28,7 para 15,3. Ou seja, de cada mil nascidas vivas 15,3 morrem antes de completar um ano de vida.
Com a Semana Mundial do Aleitamento Materno, que tem a mobilização do Ministério da Saúde em todo o país, a Sesa quer estimular ainda mais o aleitamento materno no Estado e assim proteger a saúde dos bebês e das mães. Em nível nacional, a campanha tem a participação da atriz Juliana Paes, que teve recentemente o primeiro filho. Ela aparece na campanha publicitária do Ministério com o filho Pedro, no momento da amamentação. No Ceará, a madrinha da semana de incentivo ao aleitamento é a enfermeira Monisa Rocha, mãe do Gabriel, que na próxima sexta-feira completa quatro meses de vida e de alimentação exclusiva do leite materno. O pai, capitão Erle Rocha do Corpo de Bombeiros, como incentivador da amamentação, vai acompanhar Monisa e Gabriel na abertura da Semana Mundial do Aleitamento Materno, no Hospital Albert Sabin.
Auditoria do Ministério da Saúde atinge Hospitais psiquiátricos de 23 estados
A medida foi anunciada depois de o Ministério Público Federal em São Paulo (MPF/SP) decidir investigar o grande número de mortes de pacientes internados em hospitais psiquiátricos paulistas e ter pedido informações ao Ministério da Saúde. Uma reportagem do jornal Folha de S.Paulo noticiou 104 mortes nas instituições paulistas em 2010.
Na vistoria nacional, os técnicos do ministério vão avaliar a estrutura física dos hospitais, a relação dos profissionais com os internados e a eficácia do tratamento dos pacientes.
O trabalho será coordenado pelo Departamento Nacional de Auditoria do SUS (Denasus), que terá 60 dias para apresentar os resultados a partir de 1º de setembro.
quinta-feira, 28 de julho de 2011
Planos de saúde têm novas regras
Ele poderá mudar de um plano de abrangência municipal, por exemplo, para outro com cobertura em todo o Estado ou nacional. O usuário terá quatro meses a partir do mês do aniversário do contrato para fazer a mudança, e não mais dois meses como era anteriormente. “É importante pesquisar e saber o custo da mudança. Se decidir trocar de plano, a dica é ter o contrato em mãos e verificar o prazo”, diz Maria Inês Dolci, coordenadora institucional da Proteste.
Foi criada também uma portabilidade especial para o plano que está sob intervenção da agência ou em processo de falência e para quem perdeu direito ao plano por causa da morte do titular. Nesses casos, a portabilidade não está limitada ao mês de aniversário do contrato nem é exigida uma permanência mínima no plano. A nova norma não vale para planos empresariais.
O que muda?
- A abrangência geográfica do plano (área em que a operadora se compromete a garantir todas as coberturas contratadas pelo beneficiário) deixa de ser exigida como critério para a compatibilidade entre produtos.
- O prazo para o exercício da portabilidade passa de 2 para 4 meses, a partir do mês de aniversário do contrato.
- A permanência mínima no plano é reduzida de 2 para 1 ano a partir da segunda portabilidade.
- A operadora do plano de origem deverá comunicar a todos os beneficiários no boleto de pagamento a data inicial e final do período estabelecido para a solicitação da portabilidade de carências.
- A portabilidade especial é instituída em dois casos:
1) Para beneficiário de operadora que não tiver efetuado a transferência de carteira após decretação de alienação compulsória pela ANS.
2) Para beneficiário de plano de saúde extinto por morte do titular.
quarta-feira, 27 de julho de 2011
De janeiro a julho, Ceará faz mais transplantes do que no mesmo período de 2010
A superação dos números é registrada em diferentes órgãos transplantados. As 20 equipes transplantadoras existentes no Ceará realizaram, este ano, 146 transplantes de rim (138 no mesmo período de 2010), 358 de córnea (269 no ano passado), 12 de coração (11), 85 de fígado (64), 5 de pâncreas (4) e, ainda, 1 de esclera (12), 8 de medula óssea (10) e 3 de valva cardíaca (8). Assim, a quantidade de alguns procedimentos já se aproxima do total realizado em 2010, quando foram contabilizados 6 transplantes de pâncreas e 16 de coração.
Desde 2007 o Ceará acumula recordes de transplantes ano após ano. Enquanto em 2006 o número de transplantes ficou em 446 procedimentos, no ano seguinte aumentou para 654, em 2008 para 739, em 2009 foi a 767 e, em 2010, o recorde foi de 872 transplantes, um salto de 96% em apenas quatro anos. No primeiro ano de funcionamento da Central de Transplantes, em 1998, esse número era bem menor: 173 transplantes.
Os recordes sucessivos vêm acompanhados de inovações na área de transplantes. O Estado passou a realizar transplante autólogo de medula óssea em setembro de 2008. Já são 31 pessoas transplantadas e vivendo saudavelmente. Em 2009, o Hospital Geral de Fortaleza (HGF), o maior hospital público do Ceará, passou a fazer transplantes de pâncreas. No país, somente São Paulo, Paraná e Minas Gerais realizam esse tipo de transplante.
Ranking nacional
O Ceará ocupa boas posições no ranking nacional de transplantes. Em 2010, segundo a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), foi o primeiro Estado do Nordeste e terceiro do país em transplantes de coração, com 16 procedimentos realizados. Ficou também em primeiro lugar no Nordeste e em segundo lugar no país em transplantes de fígado, realizando no ano passado 113 transplantes. Com o seis transplantes de pâncreas realizados em 2010, o Ceará ficou em primeiro lugar na região e em terceiro no Brasil. Os 232 transplantes de rim colocaram o Ceará mais uma vez em primeiro do Nordeste e em quinto do país.
Os números crescentes são resultados de diferentes ações, que vão dos investimentos na estrutura de funcionamento e de pessoal da Central de Transplantes, passando pela qualificação dos profissionais, até a mobilização das famílias. A Secretaria da Saúde do Estado investiu na compra de quatro novos aparelhos de eletroencefalogramas, necessários ao diagnóstico de morte encefálica de possíveis doadores de órgãos e tecidos. Nos últimos quatro anos, o número de médicos da Central aumentou de dois para nove.
Governo pode dobrar repasses para UBSs, diz ministro da Saúde
Segundo Padilha, 80% dos casos podem ser resolvidos nas UBS, sem a necessidade de atendimento em hospitais. Ele disse que já foram definidas verbas para a construção de 810 novas unidades no País.
A declaração do ministro foi dada durante o anúncio do repasse de R$ 32,4 milhões para investimento em 84 novas UBS em 19 cidades da região metropolitana de São Paulo. Esses recursos fazem parte do Programa de Aceleração do Crescimento 2 (PAC 2) e ações do Programa Brasil Sem Miséria.
O anúncio ocorreu durante a 22ª edição da Feira do Caminhoneiro, em Guarulhos, onde foi lançada a campanha de testes rápidos para o diagnóstico precoce de doenças como HIV e hepatites C e B.
Brasil é o país com maior número de pessoas em depressão, diz pesquisa
A depressão é uma doença caracterizada por um conjunto de sintomas psicológicos e físicos, associada a altos índices de comorbidades médicas, incapacitação e mortalidade prematura.
Os países foram divididos em dois grupos: alta renda (Bélgica, França, Alemanha, Israel, Itália, Japão, Holanda, Nova Zelândia, Espanha e Estados Unidos) e baixa e média renda (Brasil – com dados exclusivamente de São Paulo –, Colômbia, Índia, China, Líbano, México, África do Sul e Ucrânia).
De acordo com o relatório, nos dez países de alta renda incluídos na pesquisa, 14,6% das pessoas, em média, já tiveram depressão. Nos 12 meses anteriores, a prevalência foi de 5,5%. Já nos oito países de baixa ou média renda, 11,1% da população teve episódio alguma vez na vida, em comparação a 5,9% nos 12 meses anteriores. A maior prevalência nos últimos 12 meses foi registrada no Brasil, com 10,4%. A menor foi a do Japão, com 2,2%.
“No artigo internacional, foram incluídos exclusivamente os dados sobre depressão maior, mas a nossa pesquisa avalia diversos outros transtornos mentais, entre eles os de ansiedade – como pânico, fobias específicas, fobia social e transtorno obsessivo compulsivo – e transtornos de humor, como o transtorno bipolar, distimia e a própria depressão maior”, informou Maria Carmen Viana, professor do Departamento de Medicina Social da Universidade Federal do Espírito Santo, que participou da pesquisa.
Também foram publicados recentemente resultados sobre transtorno bipolar, suicídio e tabagismo. “No estudo São Paulo Megacity estimamos que 44,8% da população já apresentou pelo menos uma vez na vida algum transtorno mental. Nos 12 meses anteriores à entrevista, a prevalência foi de 29,6%”, acrescentou.
O trabalho faz parte da Pesquisa Mundial sobre Saúde Mental, iniciativa da Organização Mundial da Saúde (OMS) que integra e analisa pesquisas epidemiológicas sobre abuso de substâncias e distúrbios mentais e comportamentais. O estudo é coordenado globalmente por Ronald Kessler, da Universidade de Harvard (Estados Unidos).
Assistência mental no Brasil "deixa a desejar", diz pesquisadora
Segundo o levantamento, a depressão é uma das principais causas de incapacidade em todo o mundo. “Os dados epidemiológicos, no entanto, não estão disponíveis em muitos países, em especial os de baixa e média renda, como o Brasil. Por isso é tão importante termos esse tipo de estudo de base populacional”, afirmou Viana.
A assistência à saúde mental no Brasil, segundo Viana, deixa a desejar do ponto de vista da Saúde Pública. "Acredito que a divulgação de dados como esses devem servir de alerta e de embasamento para políticas públicas de prevenção e assistência à saúde mental. É preciso que essas políticas possam ser traçadas e implementadas levando em consideração as necessidades que identificamos na nossa população", afirmou Viana.
Prevalência maior em mulheres
Os resultados do estudo mostraram que, nos países de alta renda, a idade média de início dos episódios de depressão maior foi de 25,7 anos, contra 24 anos nos países de baixa e média renda. Incapacitação funcional mostrou-se associada a manifestações recentes de MDE.
O estudo também revelou que a prevalência é duas vezes maior entre as mulheres em relação aos homens. Nos países de alta renda, a juventude está associada com uma prevalência mais alta de depressão nos 12 meses anteriores à entrevista. Por outro lado, em vários dos países de baixa renda, as faixas etárias mais altas mostraram ter maior probabilidade de episódios depressivos.
A condição de separação de um parceiro apresentou a correlação demográfica mais forte com o MDE nos países de alta renda. Nos países de baixa e média renda, os fatores mais importantes foram as condições de divórcio e viuvez.
Fonte: Agência Fapesp
sábado, 23 de julho de 2011
Conselho Federal de Medicina não aprova cirurgia contra diabetes
O órgão emitiu nota nesta sexta-feira afirmando que "na avaliação da entidade, técnicas recentes - como a gastrectomia vertical com interposição de íleo - ainda precisam de mais estudos e pesquisas que comprovem sua eficácia e sua segurança para os pacientes para serem autorizadas."
A técnica foi criada pelo médico Áureo Ludovico de Paula, com a pretensão de controlar a diabetes.
A operação conta com o grampeamento para redução do estômago, e um reposicionamento do íleo (parte final do intestino). Essa área controla a produção da insulina ( hormônio que controla a taxa de açúcar no sangue) e, com isso, a diabetes.
Um pedaço do final do intestino é retirado e colocado entre a parte inicial (o duodeno) e a do meio (o jejuno). A ideia é que este reposicionamento do íleo aumente a produção de insulina.
Os médicos se dividem quando o assunto é a eficácia e segurança destes procedimentos.
Fonte: Redação SRZD
quarta-feira, 20 de julho de 2011
Sesa-CE entrega kits de informática para hospitais polos do interior
O número de hospitais com sistema padronizado de contabilização de custos é um dos 14 indicadores de desempenho previstos na Operação SWAp II – Projeto de Apoio à Inclusão Social e Crescimento Econômico, que o Governo do Ceará mantém com o Banco Mundial (BIRD), com a finalidade de ampliar e consolidar os avanços sociais e a modernização institucional do Estado. O SWAp II é uma modalidade de empréstimo multissetorial e inovador, condicionado a indicadores de desempenho, que contempla os setores de gestão do setor público, educação, saúde, gestão dos recursos hídricos, abastecimento de água e saneamento, e meio empresarial e inovação, além de 10 Programas de Gastos Elegíveis, escolhidos do Plano Plurianual (PPA).
A Secretaria da Saúde do Estado financia o funcionamento de 33 hospitais polos nas 22 microrregiões de saúde, com repasse mensal de recursos que superam os R$ 5 milhões. A implantação do sistema de contabilização de custos vai modernizar a gestão de 15 hospitais polos e facilitar o monitoramento e avaliação da aplicação dos recursos pelos gestores municipais, regionais, estaduais e órgãos de fiscalização.
Para o diretor de um dos 15 HPs contemplados com a Tecnologia da Informação (TI), José Luis Rocha da Mota, do Hospital e maternidade Jesus Maria José, em Quixadá, “a implantação do sistema de custos é fundamental para trabalharmos de forma correta e diminuirmos nossas despesas”. E acrescenta: “com o mais equilíbrio das despesas, poderemos investir na melhoria dos serviços e tudo vai se refletir em benefício do paciente”, projeta. Com os hospitais polos a Sesa mantém convênio, repassando recursos todos os meses para aumentar a capacidade de assistência à saúde nas diferentes regionais do Estado.
Fonte: Iguatu Diário