A possível relação entre o uso do celular e o desenvolvimento do câncer é polêmica. Há muito tempo que a comunidade científica mundial debate a possibilidade de os campos magnéticos emitidos pelos celulares causarem danos ao corpo, mas os estudos da área ainda são inconclusivos.
Esses aparelhos podem danificar o organismo devido à sua proximidade com o cérebro, que absorve a energia eletromagnética emitida pelo telefone durante uma chamada. A intensidade da energia varia de acordo com o modelo do celular, qualidade do sinal, antena do aparelho e Estação Rádio-Base. Crianças correm mais riscos de serem afetadas por terem o osso craniano menos espesso, estando mais expostas à radiação.
Um estudo recente chamado Interphone (publicado na revista International Journal of Epidemiology) avaliou mais de 10 mil pacientes portadores de câncer cerebral - glioma ou meningioma - em 13 países. Os pesquisadores analisaram a relação entre o surgimento da doença entre os participantes, que usavam o celular em diferentes intensidades. Desde esporadicamente até frequentemente (uma ligação por semana desde ao uso diário).
Os resultados do estudo mostraram que em usuários que não utilizam celulares frequentemente, o risco de câncer neural é mais baixo. Porém, os resultados mostraram também que ouve uma tendência de aumento de glioma em pacientes que usaram o celular por mais do que 1640 horas. Porém, os autores do estudo afirmam que existe a possibilidade de haverem falhas nas análises dos dados.
Outros estudos que já foram feitos sobre o tema também não apresentam conclusões definitivas. Pesquisas de avaliação biológica entre irradiação eletromagnética não ionizante e câncer não foram conclusivas, e estudos epidemiológicos que avaliam os riscos do uso do celular para a saúde também não têm resultados claros. Assim, não se sabe se o uso de telefones celulares realmente pode prejudicar a saúde.
Como não existem evidências de que os riscos sejam reais, o Dr. Leandro Ramos, da Oncomed BH, aconselha que as pessoas sigam o “Princípio da Precaução, ou seja, reduzir o contato das crianças com os telefones celulares e nos adultos, além de reduzir a frequência da utilização destes aparelhos, utilizar sempre que possível os fones de ouvidos para as chamadas telefônicas mantendo o aparelho celular afastado do corpo”. Aproximadamente 4,6 bilhões de pessoas em todo o mundo utilizam telefones celulares.
Fonte: Link Comunicação Empresarial