Estatinas, uma classe popular de medicamentos usados para baixar o colesterol, parecem manter o câncer de mama sob controle em alguns pacientes. Agora, pesquisadores da Universidade de Columbia, em artigo publicado na edição de 20 de janeiro da revista Cell, fornecem pistas sobre como as estatinas poderiam produzir os benefícios inesperados. As descobertas também sugerem que as mutações em um único gene poderiam ser usadas para identificar tumores com probabilidade de responder ao tratamento com estatinas.
A pesquisa envolveu o supressor de tumor p53, o qual age para regular muitos aspectos da proliferação celular, geralmente colocando um “freio” no crescimento descontrolado. Mais da metade de todos os cânceres humanos apresentam mutações no gene p53. Muitas destas mutações não simplesmente interrompem a função normal de p53, dotando o p53 com novas funções que promovam, em vez de inibir, a formação de câncer.
Segundo os autores do experimento, ao estudar as células cancerosas cultivadas em um sistema artificial que se assemelha a estruturas tridimensionais no tórax humano, os pesquisadores descobriram que as células carregando o p53 mutante crescem de forma desordenada e invasiva, característica do câncer de mama humano. Quando os pesquisadores baixaram os níveis do p53 mutante, as culturas de células tiveram evolução mais normal.
Quando as células p53 mutantes foram tratados com estatinas, elas pararam o seu crescimento desorganizado invasivo, e, em alguns casos, até mesmo morreram.
Conforme os próprios autores declaram, este é um trabalho ainda experimental, e mais estudos, inclusiveclínicos, seriam necessários para se chegar a uma conclusão definitiva.
Fonte: Bibliomed
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