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segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Mulheres não protegem os olhos do sol

Pesquisa realizada pelo IBOPE com 284 mulheres que apresentam problemas de visão mostrou que apenas 8% delas usam óculos escuros com grau quando vão à praia. Esse dado contrasta com o fato de que 97% das entrevistadas acreditam que a radiação ultravioleta (UV) prejudica a visão. A pesquisa também mostra que, apesar da maioria não usar lentes com proteção UV, 95% das entrevistadas acreditam que a radiação provoca o envelhecimento da pele ao redor dos olhos.

A falta de proteção solar pode causar alterações imediatas e em longo prazo nos olhos. Ao se expor ao sol sem a proteção adequada, a pessoa pode sofrer com queimadura na pele periocular, e até mesmo um câncer de pele. Segundo estimativas do Instituto Nacional do Câncer (INCA), esse é o tipo de câncer mais comum entre os brasileiros, e para 2012, espera-se que os casos da doença entre mulheres aumentem 14% a mais do que entre os homens.

“Apesar da metástase da pálpebra para os olhos ser incomum, nos casos de câncer não melanoma que é o tipo mais prevalente, a doença pode causar lesões palpebrais e desencadear cicatrizes na córnea que conduzem à queda visual”, diz o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto.

De acordo com o especialista, a melhor forma de proteger os olhos e a pele da região é usar óculos que tenham lentes com filtro UV, já que o contato dos filtros cosméticos com a mucosa ocular pode provocar conjuntivite tóxica e alérgica. “Os óculos com filtro eliminam este risco e o uso incorreto do protetor solar”, afirma.

Problemas como fotoceratite, inflamação da córnea por queimadura de primeiro grau que acontece, geralmente, após seis horas ininterruptas de exposição ao sol e que pode levar à cegueira se repetida muitas vezes e risco 60% maior de desenvolver catarata são outros problemas que podem ser desencadeados pelo sol.

Escolher os óculos correto é a forma mais adequada de se prevenir. O oftalmologista explica que lentes escuras sem proteção são piores do que a falta de óculos, porque dilatam a pupila e permitem que uma maior quantidade de radiação penetre nos olhos. O ideal é que os óculos filtrem 100% da radiação UV e, para confirmar isso, é preciso verificar o certificado ABNT NBR ISO 15111.
Fonte: Press-release, LDC Comunicação

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Hipertensos devem evitar excessos no fim de ano

O cardápio das festas de fim de ano é extenso: rabanada, panetone, peru, pernil, bacalhoada, nozes, farofa, maionese, frutas secas. Com tantas delícias, o risco de exagerar nas ceias é grande. Abusar de comidas gordurosas e bebidas alcoólicas pode causar danos à saúde. O cuidado deve ser mais rigoroso por quem possui restrições alimentares, como pessoas hipertensas e com problemas cardiovasculares. A redução do consumo de sódio no Brasil é uma das estratégias do governo federal para o enfrentamento às doenças crônicas.

“O bacalhau, por exemplo, é um prato habitual nessas comemorações de final de ano. É importante dessalgá-lo para evitar uma retenção na pressão arterial. Outro aspecto importante são as bebidas alcoólicas. É importante lembrar que o excesso delas contribui para o aumento da pressão arterial também”, observa o cardiologista do Instituto Nacional de Cardiologia (Inca), Marcelo Assad.

A hipertensão arterial atinge 23,3% da população adulta brasileira (maiores de 18 anos), de acordo com o estudo Vigilância de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel/2010). Já as doenças cardiovasculares foram responsáveis por 319 mil óbitos em todo o país, em 2009. No último dia 13, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, juntamente com representantes da indústria alimentícia, assinou, nova fase do acordo que prevê a redução gradual de sódio em 16 categorias de alimentos.

Nesta etapa, serão detalhadas as metas para os alimentos que estão entre os mais consumidos pelo público infanto-juvenil, incluindo sete categorias: batatas fritas e batata palha, pão francês, bolos prontos, misturas para bolos, salgadinhos de milho, maionese e biscoitos (doces ou salgados). O documento define o teor máximo de sódio a cada 100 gramas em alimentos industrializados.

Escolhas Inteligentes – O segredo é fazer escolhas inteligentes para não extrapolar os limites e se arrepender depois. “Comece pela salada, opte por carnes mais magras. Evite massas com molhos gordurosos. Coma devagar. Consuma o suficiente para participar desse processo social, se deliciar com as comidas gostosas, mas, ao mesmo tempo, manter o princípio do autocuidado”, ensina a coordenadora de nutrição do Ministério da Saúde, Patrícia Jaime.

“A verdade é que hoje temos vários momentos de celebração: confraternização do trabalho, amigo oculto com amigos. Antigamente só tinha festejo com a família. Com tantas festas fica difícil não abusar da comida”, avalia a nutricionista. “É necessário exercer o princípio da moderação, saber que vai ter oportunidade de consumir alimentos gostosos vários dias, então não precisa exagerar em nenhum deles”, acrescenta.

Patrícia Jaime lembra que o álcool pode estimular o apetite, o que acaba fazendo a pessoa comer mais. “Sempre peça água para acompanhar a bebida. Opte por alimentação mais leve no dia seguinte, para recuperar o equilíbrio do organismo, também é uma boa dica”, diz.

A coordenadora de nutrição do Ministério da Saúde acredita que pensar nas férias do verão, ajuda a frear o consumo alimentar no mês de dezembro. “Lembrar-se da praia, do clube, do momento de vestir shortinho, camiseta, de querer estar bem com seu corpo e saúde. Pensar nisso pode evitar o excesso”, aposta.

Mas se os excessos foram inevitáveis, Patrícia Jaime dá a dica: aproveite para perder os quilinhos que ganhou praticando atividades físicas ao ar livre durante o verão. “Aproveite as oportunidades de lazer, vá andar de bicicleta, jogar frescobol na praia , nadar e jogar futebol”.
Fonte: Paula Ferraz /Agência Saúde

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Policiais sofrem com distúrbios de sono

Policiais sofrendo com problemas de sono podem estar arriscando a saúde, a segurança e o desempenho como profissionais. Em uma profissão onde é importante estar atento o tempo todo, uma noite ruim de sono pode significar muito.

De acordo com um questionário aplicado em um estudo desenvolvido nos Estados Unidos, aproximadamente 40% dos policiais americanos sofrem de problemas de sono, sendo que 46% desses profissionais também disseram já terem adormecido enquanto dirigiam.

As respostas dadas ao questionário mostram que esses distúrbios não haviam sido diagnosticados previamente. Dentre os 5000 participantes, 40% receberam resultados positivos para pelo menos um distúrbio. Dentre essas condições, a mais comumente diagnosticada foi a apnéia obstrutiva do sono, afetando 1666 policiais. O segundo problema mais comum foi insônia moderada ou severa, presente em 281 profissionais. Problemas derivados do trabalho por turnos também foram frequentes, sendo que dos 269 policias que sofrem com essas condições, 14,5% trabalhavam no turno da noite.


As respostas também indicaram que resultados positivos de exames de distúrbios de sono estavam associados a maiores taxas de problemas de saúde reportados pelo próprio participante. Dentre os policiais que sofriam com problemas de sono, 10,7% disseram ter depressão, sendo que apenas 4,4% dos policiais sem distúrbios de sono disseram o mesmo.

“Policiais frequentemente trabalham em turnos estendidos e semanas longas, o que em outras ocupações está associado a um risco maior de erros, lesões acidentais e acidentes de veículos motorizados”, alerta a pesquisadora Shanta M. W. Rajaratnam.

“Como uma questão de saúde pública, este estudo ilustra que a maior parte (da população) pode estar correndo riscos quando policiais são prejudicados no desempenho de suas tarefas por causa da privação de sono ou um distúrbio de sono não tratado”. O estudo foi publicado no periódico Journal of the American Medical Association.
Fonte: Live Science

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Células-tronco ajudam no tratamento da distrofia muscular

Estudo realizado no Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da Universidade de São Paulo (USP) mostra como as células-tronco podem ajudar no tratamento da Distrofia Muscular de Duchenne. Essa é uma doença genética causada pela deficiência na produção da distrofina (proteína importante para a célula muscular esquelética, pois é responsável por manter a integridade da membrana celular).

O fisioterapeuta Carlos Hermano da Justa Pinheiro estudou camundongos geneticamente modificados para apresentarem a distrofia, e constatou que a aplicação de célula-tronco mesenquimal (um tipo de célula-tronco adulta) influencia diretamente no mecanismo que rege a inflamação no músculo com distrofia, diminuindo a mesma. “Isto parece estar mais associado à melhora no quadro clínico do que a diferenciação das células-tronco em células musculares esqueléticas", revela o pesquisador.

Pacientes com distrofia muscular são suscetíveis a lesões induzidas por atividade contrátil. Ao contrário do que muitos acreditam, essas pessoas nascem sem nenhuma lesão aparente e, à medida que vão se desenvolvendo, a musculatura começa a se degenerar, sendo então preenchida por tecido fibroso, o que resulta na perda da função muscular.

Pinheiro diz que dentre as estratégias promissoras no tratamento da distrofia muscular esta o rejuvenescimento do microambiente muscular por meio da terapia gênica para aumento da formação de novos vasos sanguíneos no músculo afetado. O pesquisador explica, também, que terapia gênica é a inserção de genes no tecido com o objetivo de suprir deficiências.

No estudo, Pinheiro observou o aumento na formação de novos vasos sanguíneos, redução na formação de tecido fibroso, diminuição da inflamação muscular e preservação da massa e da força muscular nos camundongos tratados com células-tronco. O pesquisador acredita que essas descobertas poderão ajudar no tratamento da doença no futuro.
Fonte: Agência USP

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Peso é mais influenciável na infância do que na vida adulta

O quanto alguém pesa pode ser mais influenciável pelas pessoas com quem alguém convive na infância do que nos anos adultos. Um estudo desenvolvido na Newcastle University (Reino Unido) analisou 236 pares de irmãos adolescentes e 838 pares de irmãos adultos que não viviam juntos. Eles perceberam que com o passar do tempo, os índices de massa corporal dos irmãos se tornaram semelhantes.

Fatores familiares como hereditariedade e semelhança de contexto de criação explicam essa semelhança, em irmãos que vivem juntos e separados. Os fatores que se alteraram com o tempo foram os amigos e as oportunidades de se exercitar.

O estudo mostra que o efeito que a vida social de alguém tem no seu peso pode ter sido superestimada. Apesar de círculos sociais não serem irrelevantes, as pessoas que mais podem influenciar comportamentos relacionados à saúde de uma pessoa são com quem esse indivíduo interage mais intimamente, como as pessoas com quem ele vive.

Os resultados encontrados pelos pesquisadores não negam a teoria de que a obesidade pode se tornar “contagiosa” em um grupo de amigos, mas sim que, pelo menos entre irmãos, a obesidade não é tão “contagiosa” na vida adulta como na infância. O estudo foi publicado no periódico Obesity.
Fonte: Live Science

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Deficiência em vitamina D é fator de risco para Diabetes

Geralmente, crianças obesas apresentam menores níveis de vitamina D, o que está associado a fatores de risco pra o diabetes tipo 2. A afirmação é de pesquisadores da University of Texas Southwestern Medical Center, nos Estados Unidos.

Dr. Micah Olson, coordenador da pesquisa, diz que as taxas altas de deficiência de vitamina D foram encontrados em populações de obesos, e estudos anteriores ligaram a níveis baixos dessa vitamina à doenças cardiovasculares e diabetes tipo 2, mas as causas disso não são totalmente conhecidas.

Os pesquisadores mediram os níveis de vitamina D, os níveis de açúcar no sangue, a insulina sérica, índice de massa corporal e pressão arterial em 411 indivíduos obesos e 87 com sobrepeso. Os participantes forneceram informações dietéticas sobre a alimentação diária, o que incluía porções de suco, refrigerante, leite, fruta e hortaliças, e se eles ignoravam o café da manhã.

Os resultados mostraram que crianças obesas com níveis mais baixos de vitamina D tinham maior grau de resistência à insulina. "Embora nosso estudo não possa provar o nexo de causalidade, ele sugere que baixos níveis de vitamina D podem desempenhar um papel no desenvolvimento da diabetes tipo 2", diz Dr. Olson.

O estudo foi publicado no Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism e mostrou que maus hábitos alimentares, como saltar o café da manhã, aumenta o consumo de refrigerante e sucos, o que foi associado com menores níveis de vitamina D em crianças obesas.
Fonte: UPI

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Meningite: entenda melhor essa doença

A notícia de que a cantora Ivete Sangalo esta doente trouxe para mídia enfermidade que estava meio esquecida: a meningite. Essa ocorre quando as meninges (membranas que envolvem o cérebro e a medula) inflamam, o que pode ser causado por vírus ou bactérias.

A meningite viral é menos agressiva e seus sintomas assemelham-se aos da gripe e resfriado. Já a bacteriana é altamente contagiosa e pode ser causada por pneumococos, hemófilos ou meningococos, sendo que a última forma de infecção é a mais grave e pode matar em até 48 horas.

A doença é transmitida pela saliva da pessoa doente, seja por contato direto ou por gotículas que se transmitem pelo ar. A bactéria ou vírus atinge o sistema circulatório aproximadamente cinco dias após o contágio. Os grupos de risco para meningite são as crianças menores de seis anos, os idosos e os imunodeprimidos.

Cerca de 10% dos infectados vão a óbito e muitos ficam com sequelas permanentes, como dificuldades no aprendizado, paralisia cerebral e surdez. Os principais sintomas da doença são febre alta, fortes dores de cabeça, vômitos, rigidez no pescoço, moleza, irritação, fraqueza e manchas vermelhas na pele que se assemelham a picadas de mosquitos e aumentam rapidamente de tamanho.

Existe vacina para a doença, sendo que as mais utilizadas são a bivalente, a tetravalente e a monovalente, em menores de dois anos. Contudo, os cientistas ainda não conseguiram desenvolver vacinas para alguns sorotipos da doença.

A prevenção é a melhor arma contra a meningite. Confira algumas dicas de como evitar essa doença:

* Mantenha o esquema de vacinação em ordem.
* Lave as mãos com frequência, especialmente antes das refeições.
* Siga uma dieta saudável, rica em frutas frescas, legumes, verduras e cereais integrais.
* Beba bastante líquido.
* Ambientes fechados são um terreno fértil para a proliferação dos mais diversos microorganismos, especialmente Meningococos. Mantenha os ambientes arejados.
* Oriente a criança para não espremer espinhas ou qualquer outro machucado na face.
Fonte: Site Boa Saúde

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

AIDS - Informações de Ordem Prática

Uma pessoa portadora do vírus da imunodeficiência humana (HIV) pode se sentir bem e ter uma aparência saudável por muitos anos antes que ocorra o aparecimento da AIDS. Este período é calculado, no momento, como tendo a média de dez anos.

Lentamente o HIV enfraquece as defesas do organismo, atingindo o sistema imune, de tal modo que a pessoa não consiga mais se defender de infecções tais como diarréia, tumores, pneumonias, e outras. Calcula-se também no momento, que a maioria das pessoas venham a falecer dentro dos primeiros três anos após o surgimento dos primeiros sinais da AIDS, a não ser que o paciente seja tratado.

A transmissão da AIDS ainda se dá predominantemente através das relações sexuais, e principalmente naqueles casos em que a relação ocorreu de maneira desprotegida e com um parceiro previamente contaminado. Outras maneiras de transmissão do HIV são através das transfusões de sangue ou de produtos do sangue, pelo uso comum de seringas contaminadas, e durante a gravidez e no momento do parto e amamentação (de uma mãe contaminada para seu filho).

A transmissão do HIV por relação sexual oral é possível. Por outro lado, o vírus não se transmite através do contato diário normal entre as pessoas - não é possível uma pessoa se contaminar pelo HIV pelo toque em uma pessoa doente, ou pelo contato com suas roupas.

Um grande problema com a AIDS é que não é possível se reconhecer uma pessoa infectada pelo vírus na fase inicial - assim, é possível que através de uma relação sexual desprotegida com esta pessoa ocorra a transmissão do HIV.

Pode-se perguntar então: como posso me proteger da AIDS? A resposta se resume a uma só palavra - prevenção. Não existe ainda uma vacina contra a doença. Os medicamentos existentes são capazes de controlar o vírus no organismo, mas requerem um tratamento continuado, tenho vários efeitos colaterais, e não são capazes de oferecer a cura, e sim o controle da doença.

A abstinência sexual (ou ausência de relações sexuais) é o modo mais seguro de todos em relação à prevenção. Por outro lado, existe um bom nível de segurança se os parceiros sexuais têm uma relação estável, monogâmica, sendo ambos HIV negativos. Ainda um outro modo recomendado é o sexo sem penetração - muitos homossexuais passaram a utilizar o sexo oral, mas este mostrou-se recentemente como sendo também perigoso. Resta a utilização de preservativos, que devem ser considerados obrigatórios na maioria das relações sexuais com parceiros não fixos. O chamado "sexo casual" é perigoso; mais perigoso ainda é ter uma relação deste tipo sem o uso de um preservativo. Este é um modo considerado de alto risco para a infecção pelo HIV.

Deve-se chamar a atenção de que o vírus da AIDS normalmente não é encontrado na saliva das pessoas; assim é que um beijo não é considerado como sendo de maior risco. A ocorrência de pequenas lesões na boca pode ser considerada como de risco para a transmissão do HIV; um pequeno sangramento que ocorra por uma lesão oral, havendo a passagem de sangue entre as duas pessoas pode levar à passagem do vírus. Mas não se conseguiu definir até o momento qual a importância do beijo na transmissão do HIV, tendo os parceiros lesões na cavidade oral.

Quanto ao sexo anal, é amplamente conhecido que o HIV se transmite por esse tipo de relação mais facilmente do que com o sexo vaginal.

Existem estudos que demonstram que mesmo com o uso de preservativos durante uma relação anal, pela ausência de secreções naturais lubrificantes no ânus, pode haver uma laceração no preservativo e ocorrer a contaminação viral. Recomenda-se neste tipo de relação que a fricção seja evitada com o uso de lubrificação artificial local.
Fonte: Equipe editorial Bibliomed

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Baixo Peso

O baixo peso ou a perda involuntária de peso em pessoas com Doença de Crohn pode estar relacionada à dificuldade em absorver nutrientes importantes da dieta, devido à inflamação crônica do intestino, ou a uma série de diferentes distúrbios.

Quais as causas?
Além da doença de Crohn, existem outras doenças e alterações que podem se manifestar com perda inexplicável de peso. As principais incluem:

Depressão
Diarréia crônica
Uso de certos medicamentos (p.ex.: tratamento para câncer, uso excessivo de laxantes ou diuréticos, uso de hormônios tireoideanos)
Transtornos alimentares (p.ex.: anorexia nervosa e bulimia)
Hipertireoidismo
Infecções
Perda do apetite
Desnutrição
Aftas e estomatite aftosa
Cigarro
AIDS
Câncer

Como é feito o tratamento?

O tratamento do baixo peso varia de acordo com a causa. Pessoas muito desnutridas devem ser levadas a um pronto-socorro para internação, hidratação endovenosa e outras medidas de suporte de urgência.

Quando é preciso procurar atendimento médico?
Procure seu médico de confiança com um pouco mais de urgência caso:

A pessoa afetada seja um adolescente com sintomas de anorexia nervosa
A perda de peso inexplicável ocorreu em um período de 6-12 meses e correspondeu a mais de 5% do seu peso normal
Você apresentou outros sintomas associados à perda de peso (p.ex.: tosse persistente, febre, ínguas, vômitos ou diarréia)
Fonte: Bibliomed

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Planos de saúde não cobrem despesas de tratamentos caros

Pesquisa realizada na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) avaliou quais são os tratamentos que os planos de saúde mais se recusam a arcar com as despesas e descobriram que os procedimentos mais negados pelas seguradoras são a quimioterapia e a radioterapia, ambos para o tratamento do câncer.

Realizado pelo pesquisador Mário Scheffer, o estudo analisou 782 decisões judiciais relacionadas à exclusão de cobertura de planos de saúde, julgadas em segunda instância pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJSP), em 2009 e 2010.

A análise dos processos mostrou que as negativas dos planos de saúde em arcar com as despesas do tratamento de câncer correspondem a 35,95% das ações judiciais avaliadas. No que se refere aos insumos, as órteses, próteses, exames diagnósticos e medicamentos foram os mais excluídos pelos planos de saúde.

“O que chega à Justiça é apenas a ponta do problema. Antes, muitos já tentaram solução junto ao plano de saúde, Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e Portal do Consumidor (Procon), mas não conseguiram receber o atendimento do plano de saúde”, relata Scheffer.

O pesquisador diz que, diante da negativa das seguradoras e como esses tratamentos não são prescritos para casos de urgência, o mais comum é que as famílias e pacientes arquem com as despesas ou busquem tratamento no Sistema Único de Saúde (SUS), o que sobrecarrega a rede pública.

A boa notícia é que em 88% dos casos analisados a Justiça deu parecer favorável aos usuários, obrigando o plano de saúde a arcar com as despesas do tratamento. Enquanto, em apenas 7,5% das decisões, o juiz foi a favor do plano de saúde e negou a cobertura total ou parcial dos gastos. O pesquisador diz que a maioria das decisões dos processos analisados foi fundamentada no Código de Defesa do Consumidor, seguido da Lei dos Planos de Saúde (Lei 9656/98) e da Constituição Federal.
Fonte: Agência USP

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Autismo Rotavírus

A doença de Crohn é um diagnóstico que deve ser levado em conta até mesmo em crianças com sintomas sugestivos de infecção intestinal. Contudo, a causa mais comum de diarréia em crianças com menos de 5 anos de idade é a contaminação por Rotavirus, um germe altamente contagioso.

A infecção intestinal por Rotavirus pode causar desidratação rápida. A propagação do vírus ocorre a partir do contato com as fezes de uma criança infectada. Os vírus podem sobreviver por vários dias em brinquedos, objetos, berços e outras superfícies, facilitando a contaminação.

Quais os sintomas da infecção por Rotavirus?
Os sintomas se inicial 1-2 dias após a exposição ao vírus. Os vômitos costumam ser a primeira manifestação da doença, seguidos de febre e diarréia. A diarréia tem um aspecto de "água de arroz" e pode parecer volumosa demais para uma criança tão pequena. Na maioria dos casos, a diarréia dura cerca de 4-8 dias, mas nos casos mais graves pode chegar a durar algumas semanas.

A diarréia intensa associada aos vômitos pode levar a criança rapidamente a um estado de grave desidratação – daí a importância da avaliação médica e do tratamento adequado o quanto antes.

Como é feito o diagnóstico?
O médico estabelece o diagnóstico da diarréia por Rotavirus com base nos sinais e sintomas da criança. Se necessário ou em caso de dúvidas, pode-se realizar um exame de fezes para confirmar o diagnóstico.

Como a infecção intestinal por Rotavirus é tratada?
A criança deve ser mantida confortável bem hidratada. Dê o tanto de colo que ela quiser, troque as fraldas e as roupas com freqüência. Devido ao volume da diarréia, a higiene pode ser melhor executada com água corrente (p.ex.: ducha no banheiro). Tome os devidos cuidados para evitar assaduras.

Para evitar a desidratação, o medico poderá recomendar soluções específicas de rehidratação oral. Estes líquidos são melhores que a água, pois a água simples não é capaz de repor todos os nutrientes e sais minerais que a criança precisa naquele momento.

A maioria dos especialistas não recomenda o uso de soluções de rehidratação oral para adultos ou refrigerantes, pois estes líquidos não apresentam uma concentração ideal de nutrientes para crianças pequenas.

Se a desidratação se tornar grave, a criança deve ser levada a um local de atendimento de urgência. Os principais sinais de desidratação grave incluem:

  • Sonolência intensa
  • Falta de interesse nas brincadeiras
  • Boca e língua secas
  • Olhos fundos, sem lágrimas
  • Respiração rápida
  • Aumento do ritmo cardíaco
  • Ausência de urina por mais de 12 horas
É possível evitar a infecção por Rotavirus?
A principal medida preventiva consiste em lavar as mãos de modo minucioso e com freqüência. Contudo, mesmo isto pode não ser suficiente, e os estudos mostram que praticamente todas as crianças sofrem pelo menos 1 episódio de infecção intestinal por Rotavirus até os 5 anos de idade.

A criança pode sofrer vários episódios de infecção por Rotavirus, mas o primeiro costuma ser o pior.

Nos últimos anos, foi aprovado nos EUA uma vacina capaz de proteger contra a infecção por Rotavirus. O esquema vacinal consiste em 3 doses, aplicadas aos 2, 4 e 6 meses.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Riscos de disfunção erétil aumentam com a quantidade de medicamentos ingeridos

Em um estudo, cientistas descobriram que o quanto maior era a quantidade de medicamentos ingeridos pelos homens, maiores eram as suas chances de sofrerem de disfunção erétil. De acordo com os resultados do estudo, homens que tomavam 10 ou mais remédios tinham probabilidades 1,6 vezes mais altas de desenvolverem esse problema quando comparados a homens que tomavam apenas dois medicamentos ou menos.

Os pesquisadores aconselham que médicos devem repensar as terapias atualmente aplicadas a homens sofrendo de disfunção erétil e diminuírem o número de medicamentos receitados, quando possível. Mudanças de estilo de vida, como alterações de dieta e prática de exercícios, também podem ser benéficas, podendo até mesmo substituir algumas medicações.

“Algumas vezes os pacientes podem estar tomando muito mais medicamentos do que o absolutamente necessário. Enquanto médicos e pacientes, nós podemos sempre tentar diminuir o número de medicações ingeridas a cada visita médica. Se nós estamos conscientes disso, eu acho que isso poderia ajudar pacientes que têm disfunção erétil”, explica a pesquisadora Diana C. Londoño.

Não se sabe a causa da relação entre os medicamentos e a condição, mas uma hipótese afirma que interações entre os medicamentos poderiam ser as responsáveis. Alguns dos medicamentos poderiam ter efeitos colaterais de disfunção erétil, mesmo que isso não esteja escrito na caixa. A pesquisa foi publicada no periódico britânico Urology International.
Fonte: Live Science

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Mulheres bissexuais correm mais risco de terem depressão

Mulheres que se definem como bissexuais têm maiores probabilidades de abusarem de álcool, cigarros e de desenvolverem depressão do que homens bissexuais.

Pesquisadores da Universidade George Mason desenvolveram um estudo que abordou essa diferença, e apesar de os estudiosos não saberem a sua causa, eles têm algumas teorias.

“Existe muito preconceito contra elas”, afirma a pesquisadora Lisa Lindley. “(pessoas) dizem a elas ‘você está confusa – escolha um.’ Tem a tendência de que haja uma expectativa ou padrão de que a pessoa escolhe uma identidade sexual e fica com ela. Eu acho que têm muitos desentendimentos quanto a bissexuais. Eu acho que o risco deles têm muito mais a ver com estigma”, afirma.

A pesquisa foi publicada no periódico American Journal of Public Health.
Fonte: UOL

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Padres Camilianos assumirão direção do Hospital Regional de Iguatu

Uma sessão especial aconteceu na Câmara Municipal de Iguatu, nesta terça-feira, 01, onde foi apresentado aos vereadores através do Secretário de Saúde, Joab Soares, o projeto de passar a administração do Hospital Regional de Iguatu para a Ordem dos padres camilianos.

Representando a instituição estiveram presentes na Casa do Povo Iguatuense, o Pe. Francisco Gomes da Silva, o diretor geral da instituição Camiliana Norte/Nordeste; Kalebe de Sousa e Silva – Diretor Administrativo do Hospital e Maternidade Madalena Nunes em Tianguá; Alcedir Rigelli – Diretor Geral dos Hospitais do Norte e Nordeste e Marcos Vinicius, diretor administrativo do Hospital de São Lucas do Crateús.

“A ordem nasceu para cuidar dos doentes. O próprio São Camilo passou por uma experiência de doença na vida dele. Ficou internado no Hospital São Tiago, em Roma, também conhecido por Hospital dos Incuráveis. Ele, compadecendo-se das dores dos outros, fundou uma instituição para cuidar dos doentes com dedicação. E essa associação desembocou numa instituição religiosa chamada pela igreja como ordem dos Ministros dos Enfermos, depois chamada de Camilianos, por causa de São Camilo. Há mais de 500 anos que a ordem atua nesta área da saúde, comandamos mais de 50 hospitais em todo o país e Iguatu será a mais nova aquisição” disse o Padre Francisco Gomes.

Para o Secretário Joab Soares a parceria com a instituição camiliana irá apenas reforçar pensamento da gestão atual, “ temos um único pensamento que é levar uma qualidade de atendimento a altura do povo iguatuense e de toda região. E para isto não mediremos esforços, trouxemos os padres carmelitas para isto, através da experiência vitoriosa em várias unidades hospitalares em todo o Brasil, faremos a passagem da administração do HRI para os religiosos que terão todo o nosso apoio neste processo. E vir até a Câmara Municipal de Iguatu apresentar este projeto é uma forma de demonstrar ao povo iguatuense o que iremos fazer até o final do ano” declarou o secretário.

“Atualmente, com mais de 85 anos de presença no Brasil, os camilianos contam com 15 comunidades religiosas, somando dezenas de religiosos, padres e irmãos; são responsáveis por aproximadamente 54 hospitais e outras instituições (próprios ou de terceiros); dirigem algumas faculdades e escolas com prioridade na área da saúde, entre as quais se destaca o Centro Universitário São Camilo, em São Paulo; exercem seu ministério em sete paróquias e em muitas capelanias hospitalares; animam a pastoral da saúde a nível nacional através do “ICAPS – Instituto Camiliano de Pastoral da Saúde”, em conjunto com a CNBB – Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, CRB – Conferência dos Religiosos do Brasil, dioceses e paróquias. Com toda esta experiência e histórico temos a certeza que iremos fazer muito por Iguatu” declarou o Alcedir Rigelli – Diretor Geral dos Hospitais do Norte e Nordeste.

Durante a sessão vários vereadores questionaram os representantes da Ordem Camiliana, “ tenho a certeza que a Prefeitura de Iguatu está tomando decisão certa, é uma instituição com uma vasta experiência, até um hospital no Haiti eles estão construindo, se podem obter um sucesso na administração de hospitais aqui em Iguatu não será diferente” enfatizou o presidente da Câmara Municipal, Ednaldo Lavor.

O projeto do executivo será enviado para os vereadores e se aprovado, a Ordem Carmelita irá iniciar os trabalhos no Hospital Regional de Iguatu no dia 1º de dezembro. A Ordem Camiliana administra no Ceará hospitais públicos nas cidades de Crato, Crateús, Tauá, Itapipoca, Tianguá, Limoeiro do Norte e Fortaleza (Cura D’Ars). Iguatu será a próxima cidade a ter os seus serviços.

Fonte: Iguatu.Net

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Câncer da Laringe

O que é a laringe?
A laringe é um órgão especializado que constitui um esfíncter protetor para a entrada das vias aéreas, sendo também responsável pela produção da voz. Acima, abre-se na parte laríngea da faringe, e abaixo continua com a traqueia. A estrutura da laringe é constituída de cartilagens, que estão ligadas por membranas e ligamentos e são movimentadas por músculos. Inclui as cordas vocais, e é revestida por uma membrana mucosa. A cartilagem na frente da laringe é popularmente conhecida como pomo de Adão.
A laringe tem 3 partes principais:

  • Superior, ou supraglótica
  • Média (glote), que inclui as cordas vocais.
  • Inferior, ou subglótica. Esta parte se conecta com a traqueia.

O câncer da laringe
O câncer de laringe ocorre predominantemente em homens, e, de modo típico, encontra-se relacionado ao uso do tabaco, e também ao consumo do álcool. O carcinoma epidermóide representa cerca de 95% dos tumores malignos da laringe. Sua história natural depende do seu sítio de origem, e isto é explicado pela embriogênese dos diversos segmentos da laringe.

O carcinoma laríngeo apresenta uma disseminação inicialmente intralaríngea e, posteriormente, para os linfonodos (gânglios linfáticos) regionais e para órgãos distantes. A propagação no interior da laringe se faz em superfície através da mucosa e através dos diferentes compartimentos, quando a neoplasia atinge a profundidade. A propagação regional vai depender da capacidade da neoplasia em invadir os planos profundos e da riqueza do leito vascular linfático e sanguíneo subjacentes.

Tratamento
O tratamento do câncer da laringe é preferencialmente cirúrgico. Entretanto, lesões pequenas, pouco infiltrativas que não comprometam a mobilidade da corda vocal, não infiltram cartilagem, não comprometem nem a comissura anterior nem as aritenóides podem ser controladas com a terapia radioterápica exclusiva. A radioterapia também está indicada em associação com a cirurgia nos tumores maiores, visando melhorar os resultados insatisfatórios oferecidos pelo emprego isolado de uma arma terapêutica. Neste caso, geralmente a irradiação é iniciada assim que o processo de cicatrização esteja consolidado, tão logo quanto possível ou no máximo até 40 dias da realização do ato operatório.
Prognóstico
Os cânceres da garganta podem ser curados em 90% dos pacientes, se detectados precocemente. Se o câncer já se espalhou para os tecidos próximos ou linfonodos do pescoço, 50 a 60% dos pacientes podem obter a cura. Porém se o câncer já tiver atingido outras partes do corpo, a possibilidade de cura cai muito, e o tratamento passa a ser direcionado para prolongar e melhorar a qualidade de vida.
Fonte: Saude (UOL)

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Uma em cada dez jovens atendidas pelo SUS em São Paulo tem clamídia, diz pesquisa

Segundo estudo divulgado nesta quinta-feira pela Secretaria Estadual da Saúde do Estado de São Paulo, quase 10% das jovens brasileiras atendidas pelo SUS tem clamídia, uma séria doença sexualmente transmissível. A pesquisa foi feita pelo Centro de Referência e Treinamento em DST/AIDS e sua versão completa foi publicada no Sexually Transmitted Diseases, periódico da Associação Americana de Doenças Sexualmente Transmissíveis.

O estudo analisou 2.071 mulheres de 15 a 24 anos atendidas pelo SUS em 2009. Delas, 9,8% estavam infectadas pela bactéria Chlamydia trachomatis, responsável por provocar a doença. Além disso, 4% das jovens com clamídia também apresentavam gonorreia, outra doença sexualmente transmissível causada por bactéria.

Segundo a pesquisa, a incidência de clamídia está associada a idades menores, já que a maioria da doença acometeu meninas de 15 a 19 anos, e àquelas cuja primeira relação sexual aconteceu antes dos 15 anos. Ter tido mais de um parceiro sexual durante a vida também foi um fator relacionado à presença da infecção.

Para Abner Lobão, ginecologista e obstetra da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), essa porcentagem provavelmente é maior do que se fosse comparada com a incidência de clamídia em toda a população brasileira. "Esse número elevado pode ser explicado pelo fato de se tratar somente das mulheres atendidas pelo SUS, que talvez apresentem menos condições financeiras e informações do que aquelas que utilizam o sistema privado de saúde. Embora provável, pode ser que isso não se aplique na prática, mas não há como saber por falta de dados concretos no Brasil", completa. Lobão ainda lembra que as estatísticas dos Estados Unidos mostram que a incidência de clamídia no país não chega a 5%, ou seja, metade dos números apresentados no estudo.

Doença comum – A clamídia, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), é a doença sexualmente transmissível mais disseminada no mundo. É perigosa pois pode provocar doenças inflamatórias pélvicas, gravidez fora do útero e infertilidade. "Os problemas da doença não se resumem nela mesma, mas também no tipo de prejuízo que causará no futuro. A infertilidade, por exemplo, pode provocar grande impacto na vida de uma pessoa que sempre planejou ter filhos e até no sistema de saúde que terá que lidar com esse tipo de problema", explica o ginecologista Lobão.

Ainda não há uma vacina para prevenir a clamídia, embora um estudo divulgado neste mês tenha dado um importante passo nas pesquisas em volta do assunto. A única maneira de prevenir a infecção é praticar sexo seguro. O tratamento da doença é feito por meio de antibióticos.

A infecção ainda tem outro agravante: seus sintomas podem ser silenciosos e retardar a procura por um médico. O doutor Abner Lobão, porém, afirma que há sinais que merecem atenção e valem uma visita ao médico, como corrimentos vaginais, alterações do ciclo menstrual, dor na região pélvica e mal estar. "Exame regulares uma vez ao ano também ajudam na prevenção e no diagnóstico precoce", aconselha o médico, que lembra que o diagnóstico da clamídia é feito por meio de exames específicos, geralmente com coleta de secreção vaginal.

Saiba mais

CLAMÍDIA
É uma infecção causada pela bactéria Chlamydia trachomatis e pode atingir órgãos genitais masculinos e femininos. É muito comum entre adolescentes e jovens adultos. Se não tratada, pode causar problemas como infertilidade, dor durante as relações sexuais e gravidez nas trompas. É comum não ter sintoma algum ou então apresentar dores ao urinar, corrimento, sangramento fora de época da menstruação e dor nos testículos. Pode ser diagnosticada por médicos em consultas clínicas, exames específicos e coletas se secreções genitais, e tratada com antibióticos. Não existe vacina para prevenir a doença, que pode ser evitada somente com o uso de preservativos.

GONORREIA
A gonorreia é uma doença sexualmente transmissível causada pela bactéria Neisseria gonorrheae, que provoca infecção no revestimento mucoso da uretra, do colo uterino, do reto, da garganta ou da membrana ocular. Apesar de a doença poder se propagar pelo resto do corpo, causando problemas reprodutivos, as lesões costumam ser provocadas no local da infecção.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Vacinas contra gripe são menos eficazes em obesos

A vacina contra a gripe pode ser menos eficaz em pessoas obesas, aponta um novo estudo desenvolvido na University of North Carolina (EUA). O estudo pode explicar um fenômeno visto durante a vacinação contra a gripe suína em 2009. De acordo com pesquisadores, obesos mostraram respostas imunológicas piores às vacinas.

Os cientistas analisaram pessoas que foram vacinadas em 2009 com a vacina contra o vírus comum da gripe para o inverno daquele ano. Os resultados mostraram que pessoas obesas, acima do peso e de peso saudável desenvolveram anticorpos contra a gripe no primeiro mês após a vacinação. Porém, o número de anticorpos caiu mais rapidamente nos pacientes que não tinham um peso saudável.

“Esses resultados sugerem que pessoas acima do peso ou obesas estariam mais propensas do que pessoas de peso saudável a terem gripe após a exposição ao vírus”, explica a pesquisadora Melinda Beck. “Estudos anteriores indicaram a possibilidade de que a obesidade possa prejudicar a habilidade do corpo humano de lutar contra vírus da gripe. Esses novos resultados parecem nos dar uma razão por que pessoas obesas estavam mais suscetíveis à influenza durante a pandemia do H1N1 quando comparados à pessoas de peso saudável”.

Essa diferença pode ser causada porque os níveis de anticorpos da vacina contra influenza diminuem significativamente em pessoas obesas. Além disso, um tipo de células brancas, os leucócitos, é defeituoso em pessoas acima do peso. A pesquisa foi publicada no periódico International Journal of Obesity.
Fonte: UPI

Prevenção da obesidade deve começar em casa

Para garantir bons resultados, a prevenção da obesidade deve começar em casa e ser feita desde criança. Segundo a Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso), essa prática é mais eficaz e ajuda a impedir o desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis, como o diabetes.

"Se a gente começa a educar desde criança é lógico que teremos mais resultados no futuro. Quando uma criança aprende na escola e aprende a gostar do que é saudável, esse quadro muda, mas é preciso também envolver os pais para que o resultado seja melhor em toda a família", argumenta Maria Edna de Melo, representante da Abeso.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a obesidade é um dos maiores problemas de saúde pública no mundo, atingindo cerca de um bilhão de pessoas, e responde como a quinta causa de morte. Uma pessoa pode ser considerada obesa quando o Índice de Massa Corporal é igual ou superior a 30, e com sobrepeso, com índice igual ou superior a 25. Para calcular é preciso dividir o peso (em quilos) pelo dobro da altura (em metros).
Fonte: Prontuário de Notícias

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Consumo de refrigerantes está associado à agressividade

O consumo exagerado de refrigerantes pode estar ligado ao aumento de comportamento agressivo em adolescentes, de acordo com um novo estudo americano.

Pesquisadores da Universidade de Vermont desenvolveram um estudo que avaliou como os refrigerantes podem afetar a agressividade em adolescentes. Os cientistas analisaram questionários respondidos por 1878 jovens de 22 escolas públicas da cidade de Boston. O questionário incluía perguntas sobre quantidade de refrigerante consumido e histórico de violência (agressões contra familiares ou amigos e porte de armas).

De acordo com as suas respostas, os participantes foram divididos em dois grupos: os que tomaram até quatro latas de refrigerante na semana anterior ao estudo (baixo consumo), e os que tomaram cinco ou mais (alto consumo). 30% dos jovens puderam ser classificados na categoria de alto consumo.

Os questionários mostraram que quanto mais refrigerantes os adolescentes ingeriam, maiores eram as chances de eles mostrarem comportamento agressivo em suas respostas. Para aqueles com alto consumo de refrigerantes, as probabilidades de comportamento agressivo eram entre 9% e 15% maiores do que para as pessoas com baixo consumo. Cerca de 23% dos jovens que tomavam até uma lata de refrigerante por semana andavam com armas, enquanto 43% dos jovens que tomavam mais de 14 latas faziam o mesmo.

Os pesquisadores acreditam que é possível que a cafeína e o açúcar presentes nos refrigerantes sejam responsáveis pela alteração de comportamento nos jovens. Porém, existe também a possibilidade de que pessoas violentas tenham preferência pelo consumo de refrigerantes. Mais estudos são necessários para que a relação entre a agressividade e essas bebidas possa ser compreendida. A pesquisa foi publicada no periódico Injury Prevention.
Fonte: Live Science

Aumento de sonolência está relacionado ao peso da pessoa

De acordo com pesquisa realizada na Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (FSP- USP), o consumo de carboidratos por trabalhadores noturnos esta relacionado com seu grau de sonolência. A pesquisa sugere que pessoas com sobrepeso e obesidade são mais propensas a sentirem mais sono na mesma medida em que consomem alimentos ricos em carboidratos.

Para realização da pesquisa, a nutricionista Patrícia Nehme promoveu ma intervenção alimentar em um grupo de 24 funcionários da escala noturna de uma empresa da Baixada Santista, controlando alguns fatores da alimentação desses.

A interferência alimentar ocorreu apenas dentro do ambiente de trabalho e tendo como base a própria alimentação já servida pela empresa, sendo que fatores como a ingestão de café foram limitados para eu não interferissem nos resultados.

Em uma etapa de estudo, a pesquisadora aumentou a quantidade de carboidratos ingeridos, e, em uma segunda, a quantidade de proteínas. No início e no final de cada etapa, foi medida a sonolência do s voluntários.

Da série de observações, Patrícia concluiu que o aumento da sonolência é mediado pelo Índice de Massa Corporal (IMC), ou seja, quanto maior o IMC, maior a influência da alimentação em sua sonolência. Observou-se também que os carboidratos favorecem a sonolência nos obesos.
Fonte: Agência USP

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Seminário discute enfrentamento da Feminização da AIDS entre mulheres em Iguatu

Foto: Luis Vasconcelos

Focado no objetivo de melhorar a rede de assistência e atendimento às mulheres vítimas de doenças sexualmente transmissíveis, a Secretaria de Saúde do Município de Iguatu, está realizando durante todo o dia de hoje (segunda-feira 24/10) o Seminário de Enfrentamento à Feminização da AIDS", com o tema "Sua Atitude faz a Diferença na Luta Contra a AIDS".

O evento é coordenado pela Secretaria de Saúde do Município, por intermedio da Coordenadoria Municipal de Doenças Sexualmente Transmissíveis - DST/AIDS e Hepatites Virais, que tem à frente o médico e secretário de Saúde do município, Dr. Joab Soares de Lima(foto). "A proposta é melhorar acessibilidade das mulheres vítimas das doenças sexualmente transmissíveis aos serviços de saúde, mas para isto é preciso trabalhar uma infraestrutura adequada e qualificada, com profissionais voltados aos serviços especializados, e que tenham a consciência dos problemas enfrentados pelo cidadão iguatuense, principalmente no enfrentamento à proliferação de infecções pelo vírus HIV e de outras doenças sexualmente transmissíveis (DST) relacionadas à mulher.", disse Joab Soares.

Durante o encontro, os participantes vão atuar na elaboração de estratégias de prevenção. Além de discutir diagnóstico e tratamento da infecção pelo HIV e de outras DST. “O objetivo é melhorar a rede de assistência e atendimento às mulheres vítimas de doenças sexualmente transmissíveis, e para isso faz-se necessário o engajamento de todos na causa do enfrentamento à Feminização da Aids em Iguatu" ”, disse a enfermeira e coordenadora do SAE, Edjalma Araújo.

A abertura do evento foi realizada no Cine Teatro Pedro Lima Verde, e contou a presença do vereador e presidente da Câmara, Ednaldo Lavor, que representou o prefeito municipal; do secretário de Saúde, Joab Soares; da coordenadora do SAE, enfermeira Edjalma Araújo; representantes do HRI, PSFs, NASF e ESPI, além de profissionais da saúde e público em geral.
Fonte: Iguatu Noticias

Protozoário causador da doença de Chagas pode gerar remédio para cardíacos, indica pesquisa

O mesmo protozoário que causa a doença de Chagas pode ser também um agente decisivo no combate a outras doenças cardíacas. Uma pesquisa do Instituto do Coração da Universidade de São Paulo (Incor-USP) aponta o Trypanosoma cruzi como o gerador natural do que pode vir a ser um novo remédio contra o acúmulo de colesterol em veias e artérias.

O Trypanosoma cruzi é produtor de uma enzima chamada transialidase. Estudos feitos ao longo de quase dez anos pelo Incor-USP já comprovaram que, em animais, essa enzima faz com que placas de colesterol fixadas nas artérias se desmanchem, reduzindo assim o risco de enfartes.

As pesquisas sobre a enzima são coordenadas pela diretora do Laboratório de Inflamação e Infecção do Incor-USP, Maria de Lourdes Higuchi, que se dedica, desde o início de sua carreira como pesquisadora, a estudar a doença de Chagas.

Ao longo de anos de trabalho, Maria de Lourdes percebeu que os doentes de Chagas tinham uma vantagem em relação a outras pessoas e isso chamou sua atenção. “Nenhum doente tinha histórico de aterosclerose [acúmulo de colesterol nas veias]”, disse ela. “Resolvemos então começar a estudar os motivos disso.”

Nesses estudos, a pesquisadora descobriu que a enzima transialidase, produzida pelo Trypanosoma cruzi, “rouba” das células humanas ácido siálico. Esse ácido ajudam as bactérias a se unir ao colesterol e se prender nas paredes arteriais, formando blocos de gordura. Sem ácido siálico nas células, porém, as placas de gordura se desmancham.

Segundo Maria de Lourdes, a ação da enzima no combate ao acúmulo de colesterol já foi testada e confirmada em coelhos. A pesquisadora, agora, busca recursos para iniciar estudos sobre seus efeitos em pessoas com problemas cardíacos.

“Se tivéssemos uma condição ideal de trabalho e o apoio de uma grande empresa, poderíamos terminar as pesquisas em três ou quatro anos”, contou. “Estamos atrás do financiamento.”

O cardiologista José Antônio Ramires, diretor da Divisão de Cardiologia Clínica do Incor-USP, disse que espera que esse financiamento venha em breve pois o tratamento a partir da transialidase pode ser “uma mudança de paradigma”. “Seria um grande benefício para os pacientes”, afirmou.

De acordo com Ramires, cerca de um terço das mortes registradas no Brasil são causadas por doenças cardíacas. Dessas mortes, metade se deve à aterosclerose.

Estimativas da Organização Mundial de Saúde (OMS) apontam ainda que esses números tendem a aumentar no país. Segundo Ramires, com isso, o Brasil deve ser a nação com maior número de mortes por doenças cardíacas até 2030.
Vinicius Konchinski da Agência Brasil(em São Paulo)

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

CONVITE - SEMINARIO DE ENFRENTAMENTO À FEMINIZAÇÃO DA AIDS

Método canguru alivia sensações de dor em prematuros

É fato que o contato entre mãe e recém-nascido faz bem a ambos. Agora, estudo realizado na Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP) da Universidade de São Paulo (USP), mostra que bebês prematuros podem se beneficiar da chamada posição canguru. Segundo a enfermeira Thaíla Corrêa Castral, esse contato reduz a dor do bebê.

“A posição canguru permite o contato pele a pele. Isso, na prática, significa que o bebê está só de fralda, em uma posição vertical, entre os seios da mãe. Esta fica só de avental, deixando o colo livre para o contato com a criança”, explica Thaíla sobre o funcionamento do método.

Para o estudo, Thaíla observou as expressões faciais e o choro do recém-nascido, e realizou uma análise psicológica do quadro da mãe que permitiram constatar que o estresse materno é capaz de influenciar na regulação da dor e do estresse do próprio bebê, o que, por sua vez, interfere no desenvolvimento da criança.

“Foi uma surpresa perceber que, quanto maior o cortisol da mãe, menor a frequência cardíaca do bebê. Pensamos que seria o contrário: quanto mais estressada estivesse a mãe, mais acelerado ficasse o coração do bebê”, aponta Thaíla.

A pesquisa foi realizada com 42 mães e seus bebês, recrutadas no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (HCFMRP), também da USP. O momento de dor analisado foi o Teste do Pezinho, feito entre três e sete dias depois do parto e repetido após um mês no caso dos prematuros. Todos os bebês foram colocados na posição canguru por 15 minutos antes da realização da coleta de sangue do calcanhar, permaneceram na posição durante o exame e por mais 15 minutos depois de seu término. Esse procedimento era gravado, o que permitia a análise detalha das expressões.

A medição dos níveis de cortisol foi realizada através de amostras de saliva, e refletiam o estado de estresse durante o procedimento doloroso. Isso acontece porque o cortisol demora cerca de vinte minutos para responder ao organismo. Sua variação foi influenciada apenas pelo estresse da mãe.

Segundo a pesquisadora, é importante que mãe e bebê fiquem mais próximos, porque estudos já mostraram os benefícios disso para ambos. Contudo, ela alerta para o fato de que é importante que a mãe com perfil de estresse receba cuidados, pois pode influenciar negativamente na saúde da criança.
Fonte: Agência USP

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Vegetais verdes aumentam a imunidade

Segundo pesquisadores da Universidade de Cambridge, na Inglaterra, os vegetais verdes ajudam a fortalecer o sistema imunológico, pois garantem que as células imunes do intestino e da pele, conhecidas como intra-epiteliais, funcionem corretamente.

O estudo foi realizado com camundongos, que tiveram sua dieta alterada para uma pobre em vegetais. Após duas ou três semanas, as células protetoras haviam diminuído em 70% a 80%.

Os protetores intra-epiteliais linfócitos existem como uma rede debaixo da barreira de células epiteliais que cobrem superfícies do corpo interior e exterior, onde são importantes como uma primeira linha de defesa e no reparo de feridas.

A equipe de pesquisadores descobriu que o número de linfócitos intra-epiteliais depende dos níveis de uma proteína da superfície celular chamada de receptor de hidrocarboneto aromático, que pode ser regulada por ingredientes dietéticos encontrada principalmente em vegetais crucíferos, como brócolis, couve de bruxelas, repolho ou couve-flor.
Fonte: UPI

terça-feira, 18 de outubro de 2011

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Gravidez precoce aumenta risco de cegueira infantil

Mesmo diminuindo, os índices de gravidez na adolescência ainda merecem atenção da saúde pública. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 18,2% das mães brasileiras têm entre 15 e 19 anos. O oftalmologista Leôncio Queiroz Neto explica que a gravidez precoce, ou seja, em menores de 18 anos, é um fator de risco para o parto prematuro.

Para Queiroz Neto, a gravidez nessa faixa estaria esta associada à sobrevida de 80% dos bebês prematuros e esta fazendo a retinopatia da prematuridade crescer no país.

A doença, caracterizada pelo desenvolvimento desordenado dos vasos da retina que pode provocar falhas na circulação, hemorragia e o descolamento da retina, representa a segunda causa de cegueira entre as crianças brasileiras. A estimativa do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) é de que no Brasil ocorrem 30 mil novos casos ao ano. Entre bebês prematuros, 30% são atingidos pela retinopatia e 8% desses ficam cegos.

Segundo o médico, isso acontece porque nos bebês prematuros a retina não se encontra completamente vascularizada e pronta para entrar em contato com o ambiente externo. Crianças com peso inferior a 1,5 quilo ou nascidos antes da 36ª semana de gestação.

Para evitar a perda da visão, ele destaca que deve ser feito um exame de fundo de olho, no máximo, até a sexta semana do nascimento, ou seja, ainda na UTI neonatal. A doença ainda pode causar alterações nos olhos que podem exigir o uso de correção visual e procedimentos cirúrgicos. As principais são: alto grau de vício refrativo (miopia, hipermetropia ou astigmatismo), estrabismo, ambliopia e visão subnormal.
Fonte: Press-release LDC Comunicação

sábado, 15 de outubro de 2011

Suplementos vitamínicos podem aumentar risco de morte

O consumo de suplementos de vitaminas pode oferecer riscos à saúde. Quem dá o alerta são pesquisadores da Universidade de Minnesota (EUA). Cientistas desenvolveram uma pesquisa que mostra que esses suplementos podem ser mais prejudiciais do que benéficos.

Os estudiosos analisaram dados de mais de 38 mil mulheres (em uma média de idade de 62 anos) que participavam de um estudo sobre saúde feminina desde 1986. Foram coletados dados sobre o consumo de vitaminas dessas mulheres dos anos de 1986, 1997 e 2004.

De acordo com a análise feita pelo estudo, as mulheres que consumiam os suplementos de vitaminas tinham chances 2,4% maiores de morrerem no período de 19 anos durante o qual o estudo foi feito, quando comparadas a mulheres que não tomavam suplementos. Os pesquisadores ajustaram seus resultados a fatores como idade da mulher e dieta.

Uma possível explicação para esse fato seria que o uso prolongado de quantidades altas da maioria dos compostos poderia prejudicar o organismo, podendo até mesmo se acumular no corpo.

“O nosso estudo, assim como outros estudos semelhantes, dá muito pouca evidência de que os suplementos alimentares comumente utilizados poderiam ajudar na prevenção de doenças crônicas”, explica o pesquisador Jaakko Mursu. “Nós aconselharíamos as pessoas a reconsiderarem se elas precisam tomar os suplementos, e ao invés disso colocar mais ênfase em uma dieta saúdavel”, completa.

A pesquisa foi publicada no periódico Journal of Internal Medicine.
Fonte: Live Science

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Bom colesterol reduz risco de ataque cardíaco e diabetes

Lipoproteínas de alta densidade, conhecidas como HDL ou “bom colesterol”, podem ajudar na redução do risco de ataque cardíaco e de diabetes, dizem pesquisadores da Kaiser Permanente Center for Health Research, nos Estados Unidos.

A equipe liderada por Gregory Nichols analisarou pacientes com diabetes – que são os mais propensos a desenvolverem doenças cardiovasculares – com fatores de risco a 87%.

O estudo envolveu 30.067 pacientes que se trataram no Kaiser Permanente Center entre 2001 e 2006. Os pacientes tiveram pelo menos duas medições HDL entre seis e 24 meses de intervalo. Os resultados mostraram que 61% deles não apresentaram alterações significativas nos níveis de HDL. Em 22% esses aumentaram em 6,5 miligramas por decilitro de sangue, e em 17% dos pacientes os níveis de HDL diminuíram.

Publicado no The American Journal of Cardiology, o estudo mostrou que nos pacientes em que os níveis de HDL aumentaram 8% o risco de ataques cardíacos e acidentes vasculares cerebrais (AVC) eram menores. Já em pacientes cujos níveis de HDL diminuíram, o risco para esses problemas foi 11% maior. Os pesquisadores acompanharam os pacientes por até oito anos.
Fonte: UPI

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Alzheimer pode ser uma doença transmissível

O Alzheimer pode ser uma doença transmissível? De acordo com um novo estudo, sim. Pesquisadores da Universidade do Texas afirmam que em alguns casos do Mal de Alzheimer, a condição pode ter se desenvolvido a partir de um processo infeccioso, de forma parecida com o desenvolvimento da encefalopatia espongiforme bovina, conhecida como a doença da vaca louca.

Os pesquisadores injetaram tecido de cérebro humano de pacientes sofrendo de Alzheimer em ratos de laboratório. Esses animais acabaram desenvolvendo danos cerebrais semelhantes aos causados pela doença. Com o tempo, esse dano se espalhou por todo o cérebro dos ratos. Os animais que receberam injeções de tecidos saudáveis não apresentaram os mesmos problemas.

“O mecanismo subjacente do Mal de Alzheimer é muito semelhante ao das doenças do príon”, explica o pesquisador Claudio Soto. Os príons são agentes que pode se tornar patogênicos, causando doenças crônicas que levam à degeneração do sistema nervoso central. “(O mecanismo) envolve um proteína normal que se deformou, e é capaz de se espalhar ao transformar proteínas boas em ruins. As proteínas ruins se acumulam no cérebro, formando depósitos de placas que acredita-se que matam neurônios no Alzheimer”, completa o cientista.

Os resultados encontrados na pesquisa ainda são muito preliminares, e os pesquisadores não sabem se o que aconteceu com os ratos aconteceria da mesma forma em humanos. Além disso, a contaminação dos animais aconteceu em um ambiente controlado e em condições artificiais, que provavelmente não aconteceriam na realidade. O próximo passo para os pesquisadores é descobrir se a transmissão poderia ocorrer em situações mais naturais. A pesquisa foi publicada no dia 4 de outubro no periódico Molecular Psychiatry.
Fonte: Live Science

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Seres humanos ainda estão em processo evolutivo

De acordo com uma nova pesquisa, os seres humanos, assim como outros organismos vivendo no planeta Terra, ainda estão em processo de evolução, se transformando para se adaptarem melhor às mudanças ambientais.

Pesquisadores da Universidade de Quebec (Canadá) analisaram dados de 30 famílias que se mudaram para uma ilha perto da cidade entre os anos de 1720 e 1773. Os cientistas recolheram dados guardados por uma igreja local e avaliaram informações sobre mulheres que haviam se casado entre os anos de 1799 e 1940, comparando suas características culturais, econômicas, sociais e vendo também quando elas tinham gerado o primeiro filho.

Os resultados da análise mostraram que durante um período de 140 anos, a idade em que as mulheres tiveram seus primogênitos caiu de 26 para 22 anos. De acordo com os cientistas, esse fato pode ser explicado por variações genéticas na população da ilha, e não por fatores como mudanças no comportamento social dos habitantes.

“Nós pensamos, tradicionalmente, que as mudanças na população humana são principalmente culturais, o que é o porquê de uma hipótese não genética receber prioridade sobre uma hipótese genética ou evolutiva, havendo ou não dados para suportá-la”, afirma o pesquisador Emmanuel Milot. “Nós temos dados que nós analisamos do ponto de vista genético e do não genético, e nós descobrimos que os fatores genéticos são mais fortes”, completa.

Os pesquisadores afirmam que a menor idade da mulher no nascimento do primogênito seria um sinal da ação da seleção natural. A mudança de idade pode incluir diferenças de fertilidade, idade da menarca e até mesmo traços de personalidade hereditários que incentivariam a mulher a engravidar mais cedo.
Períodico:Proceedings of the National Academy of Sciences.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Asma: um desafio para a saúde pública

A asma é uma doença grave que, se não tratada corretamente, leva à redução da qualidade de vida e pode acarretar em morte. Estudo publicado no European Respiratory Journal, a revista cientifica da Sociedade Europeia de Doenças Respiratórias (ERS), questiona os motivos da doença ainda matar tantas pessoas, e levar outras tantas à hospitalização, sendo que existem inúmeras possibilidades de tratamento para ela.

Doenças crônicas, grupo no qual se encaixa a asma, além de provocarem sofrimento para os pacientes, representam um ônus econômico significativo para as sociedades e sistemas de saúde, especialmente em países em desenvolvimento.

No Brasil, a asma é a terceira maior causa de hospitalização pelo Sistema Único de Saúde (SUS), com quase 400 mil internações ao ano. De acordo com o dr. Paulo Camargos, membro do Comitê Executivo da Desafio de Asma GINA (GINA Asthma Challenge) no Brasil, o GINA tem o objetivo de reduzir as internações por asma em 50% nos próximos cinco anos.

Apesar de parecer um objetivo de pouca probabilidade de alcance, o médico explica que ele é baseado em experiências realizadas em alguns municípios brasileiros, cujos resultados dos programas de manejo da asma demonstraram ser possível alcançá-lo no SUS.

Para tal, Camargos prevê a necessidade de planejamento coordenado e implantação de medidas simples, porém eficazes, para reduzir os números da asma. “Já está comprovado que a melhor maneira de conseguir o controle da asma, ao lado da terapia medicamentosa, é a educação. Este, portanto, é o ponto de partida para alcançarmos este objetivo no tempo proposto, no Brasil”, explica dr. Rafael Stelmach, presidente-eleito da GINA Brasil.
Fonte: Press- release, Acontece Comunicação

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Batatas roxas ajudam a controlar pressão arterial

A batata-roxa, por vezes desprezada nos supermercados, pode ser uma arma contra pressão alta. Segundo pesquisadores da Universidade de Scranton, nos Estados Unidos, pessoas que comem duas porções diárias de batata roxa cozida podem ter sua pressão arterial diminuída em até 4% em um mês.

Joe Vinson, um dos autores da pesquisa, explica que a redução da pressão arterial é provavelmente devido à alta concentração de antioxidantes batatas. Os antioxidantes protegem o corpo de "radicais livres", moléculas que podem danificar as células saudáveis.

“Ao ouvir a palavra batata, as pessoas logo a associam a outras, como carboidratos, calorias vazias e ganho de peso. Na realidade, quando não é frita e é preparada sem alimentos gordurosos, como manteiga ou margarina, uma batata tem apenas 110 calorias e dezenas de fitoquímicos saudáveis, além de vitaminas”, diz Vinson.

O estudo envolveu 18 pessoas com sobrepeso e pressão arterial elevada, que foram divididos em dois grupos: um que comeu de seis a oito batatas roxas do tamanho de bolas de golfe cozidas com pele e outro que não comeu as batatas. Os resultados mostraram que, ao fim de quatro semanas, os participantes do grupo que ingeriu a batata roxa tiveram a pressão arterial diminuída em até 4%.

“Esperamos que nossa pesquisa ajude a desmistificar a batata como sendo um alimento que contribui apenas para o ganho de peso e que essa passe a ser vista como um alimento rico em valor nutricional", finaliza o pesquisador.
Fonte: UPI

Ministério da Saúde lança diretrizes para o controle de doenças cardiovasculares

No dia 30 de setembro é comemorado o Dia Mundial do Coração, e médicos utilizam a data para conscientizar a população quanto às diversas condições que podem prejudicar o coração e o bem estar do organismo.

No Brasil, doenças coronárias são a segunda maior causa de mortes, sendo que o infarte tem o maior índice de mortalidade. Esse problema causou a morte de 76.359 brasileiros em 2009. Em 2009, os infartos causaram 6.371 mortes apenas em Minas Gerais.

Devido às estatísticas alarmantes e ao risco que as doenças coronárias oferecem, o Ministério da Saúde lançou em setembro um pacote de medidas que ficará disponível para consula pública até o dia 18 de outubro. O objetivo é que as mortes de infarto no Sistema Único de Saúde (SUS) sejam reduzidas de 15% para 5%. Outras medidas que serão tomadas pelo governo são a melhoria de atendimento nas regiões onde existe uma maior ocorrência de doenças coronárias, criação de novos leitos, oferta gratuita de dois medicamentos, mais verba para a realização de angioplastia primária e a instalação de tele-eletrocardiogramas nas ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

Mesmo com os esforços do Ministério da Saúde, a prevenção continua sendo a melhor forma de combate contra as doenças do coração. É preciso que ocorram mudanças de hábito dentro da casa do brasileiro, que deve evitar o sedentarismo e tentar se manter ativo ao longo do dia, reduzindo o tempo que passa sentado em frente à televisão ou o computador. Outro ponto importante é a alimentação. A pessoa deve reduzir ao máximo a quantidade de gordura ingerida e controlar o peso. Para os fumantes, a prática de exercícios e uma alimentação balanceada não oferecem os mesmos benefícios. Para lutar contra os males do coração, é absolutamente necessário que a pessoa abandone o tabagismo.

Mesmo para quem segue as diretrizes do Ministério da Saúde, o controle médico é imprescindível. As pessoas não devem esperar pelo surgimento de sintomas para procurar um cardiologista. O ideal é que o profissional seja consultado regularmente.
Fonte: Estado de Minas

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Qualidade de vida e saúde bucal na terceira idade

Já é sabido por toda a sociedade que está ocorrendo o aumento da população idosa. Nos últimos 50 anos ocorreu um grande avanço tecnológico e novas descobertas que buscam desesperadamente maneiras de prolongar a vida das pessoas e propiciar uma melhor qualidade de vida.

O crescimento da população idosa no Brasil, tem acarretado um grande impacto, devido à falta de planejamento, de medidas assistenciais, de formação e capacitação do material humano necessário. Somado a esses fatores, grande parte de nossos idosos apresenta, além dos problemas de saúde, problemas sócio-econômicos.

Mas o que tem a ver tudo isto com a saúde bucal ? Tem tudo a ver, pois a saúde bucal depende de vários fatores, como por exemplo de políticas públicas adequadas, de investimentos em programas de saúde direcionados à terceira idade, etc.

E investir na saúde na terceira idade, assim como em outras fases da vida, é de extrema importância, pois a saúde bucal melhora a saúde geral, assim como a estética agradável mantém a auto-estima e o bom desempenho social.

Dentro de políticas sociais, a prevenção deve ser um direito de todos e na terceira idade é fundamental no que se refere a qualidade de vida. E qualidade de vida significa, além de ter uma qualidade de saúde bucal, ter também qualidade de saúde geral, qualidade de vida social, qualidade de relacionamentos, qualidade material, qualidade espiritual, e outras, até chegarmos à qualidade total, como o objetivo maior de toda a sociedade na modernidade.

O principal objetivo da prevenção em todas as áreas ligadas à medicina é melhorar a qualidade de vida e proporcionar um envelhecimento saudável. E envelhecer com saúde, disposição e qualidade de vida, estão envolvidos aspectos não só biológicos, mas também psicológicos, econômicos, sociais. A boca é um dos elementos que merecem atenção no processo de envelhecimento, porque é por meio dela que podemos expressar, através do sorriso, nossos sentimentos de alegria, de sedução. Os dentes irão representar um papel fundamental nesse aspecto. Um idoso que tem bons dentes, que tem uma boa mastigação, tem uma melhor qualidade de vida do que um idoso que apresenta muitas cáries, devido ter uma higienização incorreta, e acaba comprometendo sua saúde como todo.

A promoção, prevenção e recuperação da saúde bucal, devem estar inseridas na rotina de todas as instituições, e em especial naquelas dos indivíduos da terceira idade, uma vez que a condição bucal em última instância influencia diretamente a qualidade de vida, por definir sua capacidade de mastigação, nutrição, fonética e de socialização. E por isto, é importante que o idoso seja orientado em relação a vários aspectos de sua saúde, como por exemplo, saber qual a melhor dieta, saber cuidar dos dentes e gengivas, saber realizar um auto-exame na boca para ver se tem anormalidades, etc. Enfim, realizar a prevenção na terceira idade é fundamental para ter saúde bucal e qualidade de vida em todos os sentidos.
Fonte; Marco Tulio P. Pereira (Cirurgião-dentista)
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