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terça-feira, 9 de agosto de 2011

Venda de alimentos para lactentes é monitorada em supermercados.



A Secretaria da Saúde do Estado realiza nesta terça e quarta-feira, 9 e 10 de agosto, visitas educativas a supermercados e unidades de saúde para o monitoramento da Norma Brasileira de \comercialização de Alimentos para Lactentes e Crianças de Primeira Infância, Bicos, Mamadeiras, Chupetas e Protetores de Mamilo (NBCAL). Na terça-feira, a partir das 13h30min, serão visitados os supermercados Carrefour da Avenida Barão de Studart, Frangolândia da Rua Frei Mansueto, Pão de Açúcar Náutico e Bom Preço da Avenida Washington Soares. Na quarta-feira, a partir das 8h30min, as visitas acontecerão no Hospital Nossa Senhora da Conceição, no Conjunto Ceará, e Hospitais Distritais Gonzaga Mota (Gonzaguinhas) de Messejana, José Walter e Barra do Ceará.

As visitas fazem parte do Curso sobre Normas Brasileiras de Comercialização de Alimentos para Lactentes que está capacitando 30 técnicos da Sesa, das vigilâncias sanitárias do Estado e dos municípios de Fortaleza, Maracanaú e Barbalha. A NBCAL e a Lei 11.265, de 2006, formam a legislação brasileira específica para proteger o aleitamento materno. Baseada no Código Internacional de Mercadização de Substitutos do Leite Materno, recomendado pela Organização Mundial de Saúde, a NBCAL é um conjunto de normas que regula a promoção comercial e a rotulagem de alimentos e produtos destinados a recém-nascidos e crianças de até 3 anos de idade, como leites, papinhas, chupetas e mamadeiras. O seu objetivo é assegurar o uso apropriado desses produtos de forma que não haja interferência na prática do aleitamento materno.

O leite materno é um dos principais responsáveis pela redução da mortalidade infantil no Ceará. Indicadores da Sesa revelam que na proporção em que o índice de aleitamento aumenta cai a Taxa de Mortalidade Infantil. Em 1999 o índice de aleitamento no Estado era de 55,6% e em 2009 subiu para 71,1%. Isso significa que de cada 100 crianças com até quatro meses de vida 76 são alimentadas somente do leite materno. Nesse mesmo período, de 99 a 2009, a Taxa de Mortalidade Infantil foi reduzida de 28,7 para 15,3. Ou seja, de cada mil nascidas vivas 15,3 morrem antes de completar um ano de vida.

O aleitamento materno exclusivo até o sexto mês de vida pode evitar, anualmente, 1,3 milhão de mortes de crianças menores de 5 anos no mundo. Os bebês até os seis meses não precisam de chás, sucos ou outros leites, nem mesmo de água. Após essa idade, deverá ser dada alimentação complementar apropriada, mas a amamentação deve continuar até o segundo ano de vida da criança ou mais.

Amamentar os bebês imediatamente após o nascimento pode reduzir consideravelmente a mortalidade neonatal – aquela que acontece até o 28º dia de vida – nos países em desenvolvimento. De acordo com o Unicef, no Brasil, do total de mortes de crianças com menos de 1 ano, 65,6% ocorrem no período neonatal e 49,4% na primeira semana de vida. O aleitamento materno na primeira hora de vida é importante tanto para o bebê quanto para a mães. Auxilia nas contrações uterinas, diminuindo o risco de hemorragia. A amamentação fortalece ainda o vínculo afetivo entre mãe e filho.

O leite materno contém todas as proteínas, açúcares, gorduras e vitaminas que o bebê necessita para ser saudável e protege ainda de doenças como otites, alergias, vômitos, diarréia, pneumonias, bronquiolites e meningites. Melhora ainda o desenvolvimento mental do bebê, da formação da boca e do alinhamento dos dentes, além de ser mais facilmente digerido do que o leite em pó.

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