Páginas

sábado, 10 de setembro de 2011

Leitos da UTI já estão lotados no Hospital Regional do Cariri

O Hospital Regional do Cariri (HRC) atinge a marca de mais de três mil atendimentos no setor de urgência e emergência, desde que foi aberto no dia 22 de agosto. A média é de 250 procedimentos por dia, com uma equipe de 12 médicos que se revezam a cada 8 horas, com quatro especialistas. O setor tem funcionado com os atendimentos por Classificação de Risco, o Protocolo Manchester, introduzido pela primeira vez na região. Os 10 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), direcionados ao pronto atendimento, já funcionam com todos os leitos ocupados. Em quinze dias de funcionamento, o setor de emergência e urgência do HRC já registra alto número de pacientes.

A população ainda vem se adaptando ao novo método, conforme a direção do hospital. Mesmo não tendo um grande impacto em hospitais da Capital, com o Hospital Geral de Fortaleza (HGF) e o Instituto Dr. José Frota (IJF), tem sido grande a demanda regional direcionada ao novo equipamento de saúde no Cariri.

A diretora do Hospital, Demostênia Coelho, define o perfil do paciente do Cariri como aberto, já que tem recebido toas as pessoas, na área de pronto-atendimento, principalmente no que diz respeito ao encaminhamentos que antes eram feitos para a capital, e que agora são atendidos na região.

O diretor do Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar (ISGH), Henrique Javi, responsável pela gestão do HRC, diz que o sistema tem a finalidade de suprir a demanda da Capital, a partir do momento que toda a rede de saúde planejada esteja realmente toda montada no Estado, e que Fortaleza começará a sentir o reflexo disso. O Cariri é a macrorregional mais distante da Capital, e mesmo assim o serviço de saúde da região já cobria muitos atendimentos, por conta dos hospitais de referência já existentes em Barbalha, em Crato, e também em Juazeiro do Norte. "Por essa distância, a própria Capital sente menos essa ação, principalmente de pacientes graves, porque a região continua suprindo essa necessidade", explica ele.

O gestor diz que na medida em que o hospital for se consolidando, vai dar suporte aos atendimentos eletivos, principalmente de traumas. Atualmente, segundo ele, a atenção está muito focada na urgência e emergência, mas na medida em que esses procedimentos forem todos implementados, haverá uma melhoria significativa para o paciente que precisa de uma cirurgia eletiva. Um dos serviços será na área de traumato-ortopedia de alta complexidade, que ainda não foi concretizado. Alguns equipamentos do setor ainda estão sendo montados.

Henrique Javi destaca a forma de atendimento que vem sendo feita com a classificação de risco, com as prioridades de atenção. "Esse é um efeito que acaba percebendo, onde os pacientes mais graves entram e os menos graves aguardam", explica. O hospital atende as microrregionais das cidades de Brejo Santo, Juazeiro do Norte, Crato, Iguatu e Icó.

Outros Estados
Ainda são poucos os atendimentos de outros Estados. De acordo com Demostênia, ocorreu apenas um caso isolado de um paciente que estava em casa de familiares no Juazeiro. O usuário chegou a ser atendido no local, mas diferente da demanda que se esperava do maior número de pacientes de Estados como Paraíba, Piauí e até Pernambuco. "O que tem vindo de fato são os pacientes da nossa referência, incluindo as cinco micros", afirma. Nos finais de semana, a maior parte dos atendimentos tem sido de acidentados de motos.

A diretora afirma que tem solicitado dos prefeitos e secretários que os atendimentos que podem ser feitos nos Municípios não sejam direcionados ao hospital. Henrique Javi avalia que a média de atendimento tem sido muito boa, e esse é um bom começo, depois de duas semanas de funcionamento desses setores. Ontem, familiares aguardavam notícias de pacientes na entrada da emergência do hospital e criticavam o que eles chamavam de descaso, pela falta de informação. Uma delas era a esteticista Ivoneide Maria de Medeiros. Ele afirma que o seu irmão sofreu um acidente em uma cidade próxima, mas os procedimentos demoraram muito para acontecer, para realmente saber a situação do seu irmão.

A usuária Soraia Helena Silvino elogia o atendimento no HRC, já que por duas vezes teve que levar seu irmão ao local, vítima de convulsões. "Não tenho o que dizer, porque houve uma atendimento rápido e agora ele se encontra internado e foi bem tratado", diz.

Outros procedimentos relacionados a casos voltados para a neurocirurgia são encaminhados para o Hospital Santo Antônio, em Barbalha, que é referenciado na região.
Fonte: Diario do Nordeste

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Web Analytics