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sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Transplante de fígado: a espera por um doador

Em todo o país cerca de cinco mil pessoas aguardam em uma fila a chance de realizar um transplante de fígado. O ex-jogador Sócrates está para entrar na fila e se juntar aos que aguardam a chance de receber um novo fígado. A ordem é rigorosamente determinada pela gravidade de cada caso. Sócrates sofre de cirrose, provocada pelo abuso do álcool e, segundo a esposa dele, a possibilidade de um transplante de fígado começou a ser considerada.

Aproximadamente 1,5 mil transplantes de fígado são feitos por ano no Brasil e 80% deles tem bom resultado. O procedimento já é rotineiro no Brasil, e furar a fila é praticamente impossível de acordo com o médico Bem-Hur Ferraz Neto, presidente da Associação Brasileira de Transplantes. O passo principal para você se tornar um doador é conversar com a sua família e deixar claro o seu desejo de ser doador. Não é preciso deixar nada por escrito. Para mais informações, o número de atendimento disponível na página do Ministério da saúde é:

A lei de doação de órgãos
Recentemente aprovada no Congresso, a chamada doação presumida entende que toda pessoa que morre tem seus órgãos passíveis de serem retirados para transplante, a menos que o doente tenha declarado em vida que não deseja ser doador. Um aspecto favorável é que todo cidadão pode declarar se quer ser doador de órgãos por ocasião da obtenção da carteira de motorista ou de identidade. Os que não fizerem essa declaração são presumidamente doadores.

A antiga lei de doação de órgãos, de 2003, obrigava a notificação de um paciente com morte encefálica à secretaria de saúde do seu Estado. As providências eram tomadas no sentido de que esse paciente seja eventualmente aproveitado como doador de órgãos. Mas o doador deve manifestar o desejo de doar em vida, ou algum familiar deve concordar em realizar a doação.

Política Nacional de Transplantes de órgãos e tecidos
Segundo o site da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), a Política Nacional de Transplantes de Órgãos e Tecidos tem seu fundamento na Lei nº 9.434/1997 e Lei nº 10.211/2001, garantindo a gratuidade da doação, a beneficência em relação aos receptores e não maleficência em relação aos doadores vivos. Garantias e direitos também são garantidos aos pacientes que necessitam destes procedimentos e regula a rede de assistência, funcionamento de equipes e instituições. A política de transplante está em sintonia com as leis que regem o funcionamento do SUS.

Ceará tem maior número de transplantes de fígado
O estado com maior número de transplantes de fígado por milhão de habitantes é o Ceará. Dados do Registro Brasileiro de Transplantes (RBT), da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO) afirmam que o estado realizou 18,2 transplantes de fígado por milhão de habitantes no primeiro semestre de 2011. São Paulo e Minas Gerais, no mesmo período, tiveram 16,5 e 16 transplantes por milhão de habitantes, respectivamente.

Por Catharina Apolinário do Vida Equilibrio

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